sábado, 4 de julho de 2009

Maria Esther Bueno



No fim da década de 50 e início da de 60 do século passado, ainda criança, eu achava o Brasil o máximo no esporte: bi-campeão no futebol e no basquetebol, Éder Jofre campeão mundial peso-galo e a nossa Maria Esther Bueno a rainha das quadras.


Faz 50 anos que ela venceu o famoso torneio de Wimbledon, que ao lado do Open da Austrália, Torneio de Roland-Garros e o US Open formam o chamado Grand Slam do tênis mundial.


Hoje a nossa campeoníssima foi homenageada em Wimblendon. Com justiça: naquela quadra de grama, ela foi tri-campeã e conquistou dois vice-campeonatos.


Naquele tempo eu morava numa rua de chão batido da periférica Vila Brasilândia, zona noroeste da Capital paulista. Na música, lembro-me, por exemplo, da doce Celly Campello, que cantava; "tomo um banho de lua, fico branca como a neve, o luar é meu amigo, oh lua tão branca..."


O tempo passa. No futebol, que eu acompanho desde os sete anos, o Santos de Pelé reinava absoluto. O Corinthians conquistou o título de 1954 e só em 1977, vinte e três anos depois, voltaria a ser campeão paulista.
O tabu com o Santos durou de 1957 a 1968. Na inesquecível noite de 6 de março 1968 (procurem no youtube) Paulo Borges e Flávio deram a maior alegria que eu jamais tivera no futebol, ao derrotar o Santos com Pelé e tudo. Nove anos depois, o nosso Basílio pé-de-anjo decretou o fim da longa fila, inaugurando uma nova e gloriosa era para o poderoso Timão!
É a tal catarse, a purificação da alma por uma forte descarga emocional, termo usado, entre outros lugares, no teatro.

Falar e escrever

"Não dê pernas longas para ideias curtas". Foi mais ou menos isso que um personagem de Dom Casmurro, a obra-prima de Machado de Assis, disse. Fez uma louvação à síntese, à concisão. Quem fala, deve se apiedar dos tímpanos alheios. Quem escreve, não pode abusar da paciência de quem lê.

Ter começo, meio e fim, falar na ordem direta, ser claro, objetivo, evitar firulas inúteis no meio-de-campo, ir direto ao ponto, direto ao gol. O enrolando lero é, na fala e na escrita, o equivalente no futebol que passa a bola só para o lado, segura em demasia a bola e o jogo, faz passeios eternos na chamada intermediária e nunca chega ao gol adversário.

Por onde começar?

A agenda do 12º Congresso do PCdoB tem material para ninguém botar defeito. Há a resolução política internacional, a nacional, documento sobre a crise, sobre a nova política de quadros e sobre o novo projeto de programa.

Falar de tudo isso em poucos minutos, nas bases e nos distritais, exigirá de cada um de nós um esforço de síntese muito grande.

O bicho vai pegar!

Zelaya, o presidente deposto de Honduras, volta neste domingo ao país. Os golpistas não recuam, o deposto também. Está instalado o impasse. Quem será que banca os golpistas, além dos conservadores nacionais? Deve ter gente graúde respaldando a turma do golpe...

Maria Esther Bueno



No fim da década de 50 e início da de 60 do século passado, ainda criança, eu achava o Brasil o máximo no esporte: bi-campeão no futebol e no basquetebol, Éder Jofre campeão mundial peso-galo e a nossa Maria Esther Bueno a rainha das quadras.


Faz 50 anos que ela venceu o famoso torneio de Wimbledon, que ao lado do Open da Austrália, Torneio de Roland-Garros e o US Open formam o chamado Grand Slam do tênis mundial.


Hoje a nossa campeoníssima foi homenageada em Wimblendon. Com justiça: naquela quadra de grama, ela foi tri-campeã e conquistou dois vice-campeonatos.


Naquele tempo eu morava numa rua de chão batido da periférica Vila Brasilândia, zona noroeste da Capital paulista. Na música, lembro-me, por exemplo, da doce Celly Campello, que cantava; "tomo um banho de lua, fico branca como a neve, o luar é meu amigo, oh lua tão branca..."


O tempo passa. No futebol, que eu acompanho desde os sete anos, o Santos de Pelé reinava absoluto. O Corinthians conquistou o título de 1954 e só em 1977, vinte e três anos depois, voltaria a ser campeão paulista.
O tabu com o Santos durou de 1957 a 1968. Na inesquecível noite de 6 de março 1968 (procurem no youtube) Paulo Borges e Flávio deram a maior alegria que eu jamais tivera no futebol, ao derrotar o Santos com Pelé e tudo. Nove anos depois, o nosso Basílio pé-de-anjo decretou o fim da longa fila, inaugurando uma nova e gloriosa era para o poderoso Timão!
É a tal catarse, a purificação da alma por uma forte descarga emocional, termo usado, entre outros lugares, no teatro.

Falar e escrever

"Não dê pernas longas para ideias curtas". Foi mais ou menos isso que um personagem de Dom Casmurro, a obra-prima de Machado de Assis, disse. Fez uma louvação à síntese, à concisão. Quem fala, deve se apiedar dos tímpanos alheios. Quem escreve, não pode abusar da paciência de quem lê.

Ter começo, meio e fim, falar na ordem direta, ser claro, objetivo, evitar firulas inúteis no meio-de-campo, ir direto ao ponto, direto ao gol. O enrolando lero é, na fala e na escrita, o equivalente no futebol que passa a bola só para o lado, segura em demasia a bola e o jogo, faz passeios eternos na chamada intermediária e nunca chega ao gol adversário.

Por onde começar?

A agenda do 12º Congresso do PCdoB tem material para ninguém botar defeito. Há a resolução política internacional, a nacional, documento sobre a crise, sobre a nova política de quadros e sobre o novo projeto de programa.

Falar de tudo isso em poucos minutos, nas bases e nos distritais, exigirá de cada um de nós um esforço de síntese muito grande.

O bicho vai pegar!

Zelaya, o presidente deposto de Honduras, volta neste domingo ao país. Os golpistas não recuam, o deposto também. Está instalado o impasse. Quem será que banca os golpistas, além dos conservadores nacionais? Deve ter gente graúde respaldando a turma do golpe...

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A política como ela é

1. Apesar dos arroubos e rubores ético-udenistas, a melhor solução para o Senado é a continuidade da atual Mesa Diretora, com Sarney à frente. Dinamitar o status quo é parte da estratégica conservadora, que pretende criar uma muralha intransponível entre o PMDB e a base de apoio ao governo Lula, todos de olhos em 2010. É isso. O resto é marola, conversa pra boi dormir.

2. As pesquisas indicam que, hoje, Alckmin é o favorito para o governo paulista. O prefeito Kassab, sem o concorrente tucano, também sai na frente. E Serra pode optar pelo seu atual chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes, ou, remotamente, nele próprio, caso desista da presidencial, hipótese que pode ser batizada de plano Z. Esse é o retrato de hoje, mas o filme sucessório pode ter fatos novos e, com eles, surpresas. Tudo o que é sólido pode se desmanchar no ar.

3. A bancada estadual do PT firma compromisso com a pré-candidatura do prefeito de Osasco, Emídio de Souza, liderança política com densidade política e eleitoral aquém das necessidades da batalha que se avizinha. Em vez de trabalhar para construir um palanque forte - para a presidência e para o governo paulista - a lógica petista parece privilegiar a reeleição dos atuais deputados, colocando, uma vez mais, a emenda acima do soneto. Na hora do pega pra capar, talvez a lucidez e o obom-senso prevaleçam...

4. O aparente consenso internacional contra o golpe em Honduras não está sendo suficiente para fazer recuar os golpistas. Eles queriam, e parece que já conseguiram, impedir a reeleição de Zelaya, o presidente deposto. Se ele voltar sem punir os golpistas e sem alterar as regras do jogo eleitoral, a oposição terá comemorado uma vitória. A não ser que haja alguma liderança de peso capaz de dar curso a um programa mudancista para os hondurenhos. A eleição está prevista para novembro, mas pode ser antecipada, como medida de negociação para debelar a crise.

A política como ela é

1. Apesar dos arroubos e rubores ético-udenistas, a melhor solução para o Senado é a continuidade da atual Mesa Diretora, com Sarney à frente. Dinamitar o status quo é parte da estratégica conservadora, que pretende criar uma muralha intransponível entre o PMDB e a base de apoio ao governo Lula, todos de olhos em 2010. É isso. O resto é marola, conversa pra boi dormir.

2. As pesquisas indicam que, hoje, Alckmin é o favorito para o governo paulista. O prefeito Kassab, sem o concorrente tucano, também sai na frente. E Serra pode optar pelo seu atual chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes, ou, remotamente, nele próprio, caso desista da presidencial, hipótese que pode ser batizada de plano Z. Esse é o retrato de hoje, mas o filme sucessório pode ter fatos novos e, com eles, surpresas. Tudo o que é sólido pode se desmanchar no ar.

3. A bancada estadual do PT firma compromisso com a pré-candidatura do prefeito de Osasco, Emídio de Souza, liderança política com densidade política e eleitoral aquém das necessidades da batalha que se avizinha. Em vez de trabalhar para construir um palanque forte - para a presidência e para o governo paulista - a lógica petista parece privilegiar a reeleição dos atuais deputados, colocando, uma vez mais, a emenda acima do soneto. Na hora do pega pra capar, talvez a lucidez e o obom-senso prevaleçam...

4. O aparente consenso internacional contra o golpe em Honduras não está sendo suficiente para fazer recuar os golpistas. Eles queriam, e parece que já conseguiram, impedir a reeleição de Zelaya, o presidente deposto. Se ele voltar sem punir os golpistas e sem alterar as regras do jogo eleitoral, a oposição terá comemorado uma vitória. A não ser que haja alguma liderança de peso capaz de dar curso a um programa mudancista para os hondurenhos. A eleição está prevista para novembro, mas pode ser antecipada, como medida de negociação para debelar a crise.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Estava escrito nas estrelas


Eu já sabia!

Estava escrito nas estrelas


Eu já sabia!

Trilegal, bah, tchê.


O inferno vermelho virou a piada do século. Em 30 minutos calamos todos os colorados. Trilegal. O time deles não vale uma pila furada...

Trilegal, bah, tchê.


O inferno vermelho virou a piada do século. Em 30 minutos calamos todos os colorados. Trilegal. O time deles não vale uma pila furada...

Timão!


Arrasador!!! Foi um baile, mais, muito mais fácil do que se imaginava. Um show de bola no primeiro tempo, para cumprir diversas tarefas:
mostrar que o Timão não se intimida com ameaças grotescas, dar um troco nas sucessivas acusações de favorecimento e, de quebra, relembrar que entregar jogo, como o inter fez, um dia chegaria o troco. Chegou!
Foi bom demais, Timão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Agora, o Brasileirão e a tríplice coroa...

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Timão!


Arrasador!!! Foi um baile, mais, muito mais fácil do que se imaginava. Um show de bola no primeiro tempo, para cumprir diversas tarefas:
mostrar que o Timão não se intimida com ameaças grotescas, dar um troco nas sucessivas acusações de favorecimento e, de quebra, relembrar que entregar jogo, como o inter fez, um dia chegaria o troco. Chegou!
Foi bom demais, Timão!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Agora, o Brasileirão e a tríplice coroa...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Golpistas!

Com cinismo, os golpistas assaltam o poder e "juram" respeitar o que eles acabaram de ignorar - a Constituição do país. Mesmo isolados internacionalmente - não consta nenhuma declaração internacional em defesa do golpe de estado - a parcela mais reacionária da elite hondurenha dá curso ao golpe, nomeando novo presidente e novos ministros (vide foto).

Os EUA, que tem 600 soldados estacionados na Base Aérea de Soto Cano, em Honduras, também não mostraram disposição de respaldar a aventura golpista que derrubou o presidente hondurenho.


A resistência interna (foto abaixo) e o isolamento internacional derrotarão os golpistas? Não se sabe. O presidente Manuel Zelaya deve se pronunciar na Assembleia Geral da ONU e a conjugação de todos esses fatores parece indicar que a direita golpista será obrigada a recuar. Até onde?
O calendário eleitoral de Honduras previa eleições para o próximo dia 29 de novembro, daqui a exatos cinco meses. Com o golpe, a institucionalidade foi quebrada e tudo pode se alterar.

A direita hondurenha, saída das catacumbas, vocifera o reacionário discurso de defesa da "democracia" contra os projetos de inspiração chavista que o presidente Zelaya encarnava.

Os próximos dias serão decisivos para a vida democrática de Honduras...

Golpistas!

Com cinismo, os golpistas assaltam o poder e "juram" respeitar o que eles acabaram de ignorar - a Constituição do país. Mesmo isolados internacionalmente - não consta nenhuma declaração internacional em defesa do golpe de estado - a parcela mais reacionária da elite hondurenha dá curso ao golpe, nomeando novo presidente e novos ministros (vide foto).

Os EUA, que tem 600 soldados estacionados na Base Aérea de Soto Cano, em Honduras, também não mostraram disposição de respaldar a aventura golpista que derrubou o presidente hondurenho.


A resistência interna (foto abaixo) e o isolamento internacional derrotarão os golpistas? Não se sabe. O presidente Manuel Zelaya deve se pronunciar na Assembleia Geral da ONU e a conjugação de todos esses fatores parece indicar que a direita golpista será obrigada a recuar. Até onde?
O calendário eleitoral de Honduras previa eleições para o próximo dia 29 de novembro, daqui a exatos cinco meses. Com o golpe, a institucionalidade foi quebrada e tudo pode se alterar.

A direita hondurenha, saída das catacumbas, vocifera o reacionário discurso de defesa da "democracia" contra os projetos de inspiração chavista que o presidente Zelaya encarnava.

Os próximos dias serão decisivos para a vida democrática de Honduras...

domingo, 28 de junho de 2009

Golpe em Honduras


Honduras reedita uma experiência que se pretendia extinta na América Latina. Com 7,6 milhões de habitantes, esse país da América Central enfrenta grave crise entre o presidente Jose Manuel Zelaya Rosales (na foto, com Lula) e as Forças Armadas e outras instituições do aparato estatal.
Às vésperas do referendo, neste domingo, o presidente foi preso em casa e levado de pijama para Costa Rica. O golpe militar está em curso e as perspectivas são sombrias para os hondurenhos.

Golpe em Honduras


Honduras reedita uma experiência que se pretendia extinta na América Latina. Com 7,6 milhões de habitantes, esse país da América Central enfrenta grave crise entre o presidente Jose Manuel Zelaya Rosales (na foto, com Lula) e as Forças Armadas e outras instituições do aparato estatal.
Às vésperas do referendo, neste domingo, o presidente foi preso em casa e levado de pijama para Costa Rica. O golpe militar está em curso e as perspectivas são sombrias para os hondurenhos.