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No fim da década de 50 e início da de 60 do século passado, ainda criança, eu achava o Brasil o máximo no esporte: bi-campeão no futebol e no basquetebol, Éder Jofre campeão mundial peso-galo e a nossa Maria Esther Bueno a rainha das quadras.
Faz 50 anos que ela venceu o famoso torneio de Wimbledon, que ao lado do Open da Austrália, Torneio de Roland-Garros e o US Open formam o chamado Grand Slam do tênis mundial.
Hoje a nossa campeoníssima foi homenageada em Wimblendon. Com justiça: naquela quadra de grama, ela foi tri-campeã e conquistou dois vice-campeonatos.
Naquele tempo eu morava numa rua de chão batido da periférica Vila Brasilândia, zona noroeste da Capital paulista. Na música, lembro-me, por exem
plo, da doce Celly Campello, que cantava; "tomo um banho de lua, fico branca como a neve, o luar é meu amigo, oh lua tão branca..."
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O tempo passa. No futebol, que eu acompanho desde os sete anos, o Santos de Pelé reinava absoluto. O Corinthians conquistou o título de 1954 e só em 1977, vinte e três anos depois, voltaria a ser campeão paulista.
O tabu com o Santos durou de 1957 a 1968. Na inesquecível noite de 6 de março 1968 (procurem no youtube) Paulo Borges e Flávio deram a maior alegria que eu jamais tivera no futebol, ao derrotar o Santos com Pelé e tudo. Nove anos depois, o nosso Basílio pé-de-anjo decretou o fim da longa fila, inaugurando uma nova e gloriosa era para o poderoso Timão!
É a tal catarse, a purificação da alma por uma forte descarga emocional, termo usado, entre outros lugares, no teatro.