O PIB zero do terceiro trimestre deste ano jogou água no chope da economia brasileira. Os juros altos, a restrição ao crédito e o contigenciamento orçamentário, produto da política macroeconômica conservadora, estão na raiz da estagnação da economia.
A maioria dos analistas concorda que o governo acordou tarde para a necessidade de tomar medidas mais incisivas para enfrentar a crise internacional. Os juros só começaram a diminuir, e pouco, na sexta reunião do Copom do governo Dilma.
As ações contracionistas se fazem sentir agora. A economia patina e o otimismo para 2012 diminui bastante. Para os trabalhadores, pouco crescimento econômico significa menos salários, menos empregos, menos créditos, menos consumo.
O movimento sindical deve lutar pela agenda trabalhista em tramitação no Congresso e priorizar a luta por alterações profundas na política macroeconômica. Redução radical dos juros, política cambial para favorecer nossa economia, mais investimentos e menos superávits primários.
Ou se supera esse gargalo ou o Brasil continua refém da oligarquia financeira. Em uma palavra: ou faz isso ou volta a trilhar o caminho pendular de sobe e desce da economia - o chamado voo de galinha. Eis aí um bom nó para o governo desatar!