Com a crescente fragilização dos partidos oposicionistas, o conservadorismo político do país se sustenta nos grandes monopólios midiáticos. A mídia vai desde a mentira pura e simples (como no caso das acusações contra o ministro Orlando Silva) até a invenção de factoides ou manipulação grosseira de problemas.
O roteiro da farsa é muito parecido. Denúncia em jornal ou revista, reverberação nos noticiários de rádio e TV e pronto: o acusado é julgado e sumariamente condenado. A defesa, quando há tempo paral tal, é jogada na lata do lixo. Algo parecido com o fascismo, ferindo gravemente a democracia do país.
A verdade é que estamos diante de uma encruzilhada: ou se democratiza os meios de comunicação ou passa a prevalecer o dogma nazista segundo o qual uma mentira repetida várias vezes acaba se transformando em verdade.
A crise artificialmente criada com as acusações falsas contra o programa Segundo Tempo do Ministério do Esporte é o último caso a exemplicar essa ação nefasta do PIG. As desproporções de meios tornam a reação difícil, embora necessária.
A sanha acusatória da direita, que sempre procura esgrimir o argumento da moralidade ou ética na gestão dos negócios públicos acaba entorpecendo a cabeça de muitas pessoas. Enfrentar essa situação é um imperativo da luta pela democracia. Reverter o quadro é difícil, pode demorar, mas a verdade sempre prevalece.