Em 2009 o governador José Serra faturou a medalha de ouro nas olimpíadas dos gastos publicitários. E na guerra propagandística do tucanato, a primeira vítima, para não variar, foi a verdade.
Alguns exemplos. A milionária obra de ampliação da Marginal do Rio Tietê, na capital paulista, foi apresentada como importante obra urbanística e ambiental, contrariando a opinião de todos os especialistas.
A verdade, porém, trafega em outra direção. Tal obra é uma tragédia em matéria de macrodrenagem urbana. Com ela, há novo aumento da área impermeabilizada em torno do rio e o consequente agravamento dos riscos de novas e maiores enchentes.
Antes, os tucanos exibiam outdoors por toda a Marginal Tietê com a frase "enchentes nunca mais". Como a propaganda deu com os burros n'água, Serra abandona as veleidades antienchentes e promete, agora, acabar com os congestionamentos.
Uma vez mais se agride a verdade e a inteligência das pessoas. Toda pessoa que conhece São Paulo sabe que é uma impossibilidade física enfrentar o problema dos congestionamentos com a simples ampliação da Marginal.
O máximo que se pode conseguir é mudar o congestionamento de lugar, além de encher as burras de futuros financiadores de campanha. Mas a obra tem objetivos (eleitoreiros) de curto prazo, o povo que se exploda.
Outra propaganda enganosa é a que tenta tirar de São Paulo o título de campeão brasileiro de pedágios. As principais rodovias do Estado, sob concessão privada, se transformaram em verdadeiras máquinas de sugar dinheiro dos usuários.
A multiplicação das praças de pedágio e o valor abusivo cobrado tornam o direito de ir e vir letra-morta no Estado. O custo dos pedágios supera os dispêndios com combustível e prejudica, direta ou indiretamente, toda a população.
Mas essa sangria com o bolso do contribuinte não aparece na propaganda oficial. A melhora nas estradas paulistas, paga a peso de ouro, tem como contrapartida a irritação crescente na população.
Não por acaso, multiplicam-se em São Paulo movimentos (com a participação de empresários, usuários e sociedade em geral) reclamando uma drástica diminuição no valor e no número de praças de pedágio.
Insensível, o governador quer fazer piquenique na sombra dos outros. O concessionário privado faz a obra, o povo paga a conta e o governo se vangloria. Mas o gogó dos tucanos na propaganda tem pernas curtas...
Opiniões, comentários e notas sobre política, sindicalismo, economia, esporte, cultura e temas correlatos.
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Cinema no Brasil
O Brasil tem 2.278 salas de exibição de filmes (*). 800 (35%) ficam em SP, 306 (13%) no RJ, 206 em MG (9%), 142 no RS (7%),134 no PR (6%), 88 no DF (4%), 82 em SC (4%), 73 em GO (3%), 72 na BA (3%), 60 em PE (3%) e 300 nos outros estados (13%),
Dos 5.564 municípios brasileiros, 5.156 não têm sala de cinema. Em 2008, o Brasil registrou 89.960.164 espectadores. De 1970 a 2008, os dez filmes brasileiros mais vistos foram:
1. Dona Flor e seus Dois Maridos (Bruno Barreto) - 10.735.524 espectadores;
2. A Dama do Lotação (Neville de Almeida) - 6.509.134;
3. O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (J.B. Tanko) - 5.786.266;
4. Lúcio Flávio, Passageiro da Agonia (Hector Babenco) - 5.401.325;
5. Os Dois Filhos de Francisco (Breno Silveira) - 5.319.677;
6. Os Saltimbancos Trapalhões (J.B. Tanko) - 5.218.478;
7. Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (Adriano Stuart) - 5.089.970;
8. Os Trapalhões na Serra Pelada (J.B. Tanko) - 5.043.350;
9. O Cinderelo Trapalhão (Adriano Stuart) - 5.028.893;
10. O Casamento dos Trapalhões (José Alvarenga Jr.) - 4.779.027.
Como se vê, o rei de público do cinema brasileiro é o famoso comediante Renato Aragão, dono de seis das dez maiores bilheterias de 1970 a 2008.
A grande maioria dos brasileiros, porém, assiste a filmes estrangeiros. Na 43a. semana de 2009, para ficar em um único exemplo, estavam em exibição no Brasil 119 filmes, e os nacionais eram apenas 25.
(*) Todos os dados disponíveis no sítio da Ancine.
Dos 5.564 municípios brasileiros, 5.156 não têm sala de cinema. Em 2008, o Brasil registrou 89.960.164 espectadores. De 1970 a 2008, os dez filmes brasileiros mais vistos foram:
1. Dona Flor e seus Dois Maridos (Bruno Barreto) - 10.735.524 espectadores;
2. A Dama do Lotação (Neville de Almeida) - 6.509.134;
3. O Trapalhão nas Minas do Rei Salomão (J.B. Tanko) - 5.786.266;
4. Lúcio Flávio, Passageiro da Agonia (Hector Babenco) - 5.401.325;
5. Os Dois Filhos de Francisco (Breno Silveira) - 5.319.677;
6. Os Saltimbancos Trapalhões (J.B. Tanko) - 5.218.478;
7. Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (Adriano Stuart) - 5.089.970;
8. Os Trapalhões na Serra Pelada (J.B. Tanko) - 5.043.350;
9. O Cinderelo Trapalhão (Adriano Stuart) - 5.028.893;
10. O Casamento dos Trapalhões (José Alvarenga Jr.) - 4.779.027.
Como se vê, o rei de público do cinema brasileiro é o famoso comediante Renato Aragão, dono de seis das dez maiores bilheterias de 1970 a 2008.
A grande maioria dos brasileiros, porém, assiste a filmes estrangeiros. Na 43a. semana de 2009, para ficar em um único exemplo, estavam em exibição no Brasil 119 filmes, e os nacionais eram apenas 25.
(*) Todos os dados disponíveis no sítio da Ancine.
domingo, 27 de dezembro de 2009
2010: a economia vai bombar!
Os jornalões paulistas de hoje não conseguem esconder. Os investimentos públicos e privados devem aumentar bastante em 2010, dando base real às previsões de que o PIB/2010 supere a casa dos 5%.
Programas como Minha Casa, Minha Vida, pré-sal, Copa do Mundo, Olimpíada e principalmente as boas perspectivas da economia brasileira explicam esse boom.
Paulo Godoy, presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), diz que os investimentos no Brasil passarão dos atuais R$ 100 bilhões para R$ 160 bilhões.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, é mais otimista. Para ele, já em 2010 o Brasil pode alcançar uma taxa de investimento de 20% do PIB, essencial para garantir crescimento robusto da economia.
Os investimentos são a principal variável para se obter um crescimento consistente da economia. Com isso, depois das turbulências de 2009, o Brasil pode iniciar um novo e sustentado ciclo de crescimento.
Os investimentos ampliados somam-se ao aumento da massa salarial, aos programas de transferência de renda e as facilidades no crédito, gerando vigor adicional ao mercado interno brasileiro.
Com as dificuldades do comércio internacional, reside no mercado interno as principais possibilidades de energização da economia. E o mercado interno, registre-se, é elemento chave para o humor das pessoas.
Dois exemplos: as vendas de shopping cresceram 7% neste Natal e o número de pessoas que fizeram pelo menos uma viagem nos últimos dois anos aumentou 83% em comparação com 2007, segundo o Ministério do Turismo. É a nova "classe média" comprando e viajando como nunca.
O ponto fora da curva desse processo são os ganhos exorbitantes do setor financeiro. Segundo estudo da Fiesp, as empresas e os consumidores brasileiros pagaram aos bancos R$ 261 bilhões de spread bancário.
Se os bancos brasileiros seguissem o padrão internacional, estes custos seriam de R$ R$ 71,5 bilhões. A sangria do spread limita os investimentos e diminui a produtividade no país, acrescenta a Fiesp.
Apesar desse desequilíbrio, a economia vai bombar em 2010. Popularidade do presidente continua em alta e economia positiva, as eleições devem realizar-se como céu de brigadeiro para aqueles que querem continuar e aprofundar o ciclo progressista inaugurado por Lula. Que os anjos digam amém!
Programas como Minha Casa, Minha Vida, pré-sal, Copa do Mundo, Olimpíada e principalmente as boas perspectivas da economia brasileira explicam esse boom.
Paulo Godoy, presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), diz que os investimentos no Brasil passarão dos atuais R$ 100 bilhões para R$ 160 bilhões.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, é mais otimista. Para ele, já em 2010 o Brasil pode alcançar uma taxa de investimento de 20% do PIB, essencial para garantir crescimento robusto da economia.
Os investimentos são a principal variável para se obter um crescimento consistente da economia. Com isso, depois das turbulências de 2009, o Brasil pode iniciar um novo e sustentado ciclo de crescimento.
Os investimentos ampliados somam-se ao aumento da massa salarial, aos programas de transferência de renda e as facilidades no crédito, gerando vigor adicional ao mercado interno brasileiro.
Com as dificuldades do comércio internacional, reside no mercado interno as principais possibilidades de energização da economia. E o mercado interno, registre-se, é elemento chave para o humor das pessoas.
Dois exemplos: as vendas de shopping cresceram 7% neste Natal e o número de pessoas que fizeram pelo menos uma viagem nos últimos dois anos aumentou 83% em comparação com 2007, segundo o Ministério do Turismo. É a nova "classe média" comprando e viajando como nunca.
O ponto fora da curva desse processo são os ganhos exorbitantes do setor financeiro. Segundo estudo da Fiesp, as empresas e os consumidores brasileiros pagaram aos bancos R$ 261 bilhões de spread bancário.
Se os bancos brasileiros seguissem o padrão internacional, estes custos seriam de R$ R$ 71,5 bilhões. A sangria do spread limita os investimentos e diminui a produtividade no país, acrescenta a Fiesp.
Apesar desse desequilíbrio, a economia vai bombar em 2010. Popularidade do presidente continua em alta e economia positiva, as eleições devem realizar-se como céu de brigadeiro para aqueles que querem continuar e aprofundar o ciclo progressista inaugurado por Lula. Que os anjos digam amém!
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