sábado, 11 de abril de 2009

Qual a melhor opção?


Circula a notícia de que o PSB estaria definido pelo lançamento da candidatura de Ciro Gomes nas presidenciais do ano que vem. Argumento: é melhor dois palanques governistas para enfrentar o Serra e não correr o risco de uma eleição plebiscitária em meio a uma grave crise econômica.

É uma opinião. Por ora, pensando cá com os meus botões, talvez seja melhor deixar fluir as diferentes opções e ver, no momento oportuno, o tamanho do rombo causado pela crise, seus impactos no processo eleitoral e o desempenho dos pré-candidatos.

Serra tem duas preocupações: o fator Aécio e a popularidade de Lula (vejam na foto a harmonia em evento do PAC em MG). O governador paulista joga pesado para alcançar uma grande votação em São Paulo, não quer nem pensar em uma dissidência mineira, busca minimizar o tamanho da possível derrota do Nordeste, Norte e talvez Centro-Oeste e conta com a vitória no Sul. Na aritmética tucana, se tudo isso der certo dá para voltar ao governo.

Na nossa banda, os termos do debate são: a popularidade de Lula é transferível? A crise quebrará a blindagem do lulismo? Uma ou duas candidaturas? Não são perguntas fáceis de responder. Temos cerca de um ano para decifrar esses enigmas.

No momento, a prioridade é domar a crise. Já que não é marolinha, que pelo menos não seja tsunami. O PCdoB aponta como saída uma nova repactuação política, diferente da de 2002 e sua "Carta aos Brasileiros", jocosamente apelidada de "Carta aos Banqueiros".

Unir trabalhadores, setores médios e o empresariado produtivo, demarcar com os segmentos rentistas e abrir uma rota mais ousada para a viabilização de um projeto nacional de desenvolvimento, apoiado no trabalho e na produção, são os desafios postos.

Qual a melhor opção?


Circula a notícia de que o PSB estaria definido pelo lançamento da candidatura de Ciro Gomes nas presidenciais do ano que vem. Argumento: é melhor dois palanques governistas para enfrentar o Serra e não correr o risco de uma eleição plebiscitária em meio a uma grave crise econômica.

É uma opinião. Por ora, pensando cá com os meus botões, talvez seja melhor deixar fluir as diferentes opções e ver, no momento oportuno, o tamanho do rombo causado pela crise, seus impactos no processo eleitoral e o desempenho dos pré-candidatos.

Serra tem duas preocupações: o fator Aécio e a popularidade de Lula (vejam na foto a harmonia em evento do PAC em MG). O governador paulista joga pesado para alcançar uma grande votação em São Paulo, não quer nem pensar em uma dissidência mineira, busca minimizar o tamanho da possível derrota do Nordeste, Norte e talvez Centro-Oeste e conta com a vitória no Sul. Na aritmética tucana, se tudo isso der certo dá para voltar ao governo.

Na nossa banda, os termos do debate são: a popularidade de Lula é transferível? A crise quebrará a blindagem do lulismo? Uma ou duas candidaturas? Não são perguntas fáceis de responder. Temos cerca de um ano para decifrar esses enigmas.

No momento, a prioridade é domar a crise. Já que não é marolinha, que pelo menos não seja tsunami. O PCdoB aponta como saída uma nova repactuação política, diferente da de 2002 e sua "Carta aos Brasileiros", jocosamente apelidada de "Carta aos Banqueiros".

Unir trabalhadores, setores médios e o empresariado produtivo, demarcar com os segmentos rentistas e abrir uma rota mais ousada para a viabilização de um projeto nacional de desenvolvimento, apoiado no trabalho e na produção, são os desafios postos.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Diez apuntamientos sobre Buenos Aires







(Fotos, pela ordem: La Bombonera, Casa Rosada, Congresso, Av. 9 de Julio com obelisco ao fundo).



"Mi Buenos Aires querido, cuando yo te vuelva a ver, no habrá más penas ni olvido.
El farolito de la calle en que nací fue el centinela de mis promesas de amor, bajo su inquieta lucecita yo la via mi pebeta luminosa como un sol."

De 30 de março a primeiro de abril eu estive em Buenos Aires. A primeira vez a gente nunca esquece. Fui ao IX Congresso da Central de Trabalhadores da Argentina, a CTA.

Da mesma forma que os paulistas adoramos o Rio de Janeiro, os brasileiros são apaixonados pela Argentina. É a inexorável lei da física (ou química?) segundo a qual os opostos se atraem.

Em mi Buenos Aires querido eu fiz, sem obedecer a cronologia ou a importância, o seguinte:

1. fui visitar a La Bombonera, o terrível estádio do Boca. É, de fato, impressionante. Do lado de fora, lojas, inscrições murais e músicas da torcida inundam o ambiente e faz do local uma verdadeira apoteose. Quem for lá, por favor, não deixe de visitar o estádio mais temido pelos jogadores e pela torcida de nuestro país.
2. De carro, vi também o Luna Park, onde se realizavam memoráveisl lutas de boxe. Do outro lado da cidade, a caminho do aeroporto, vi também o Monumental de Nuñes, estádio do Ríver Plate.
3. Andando pelo centro, fui até a Plaza de Mayo, onde fica a Casa Rosada, sede do governo federal, passei pelo famoso Obelisco na não menos famosa avenida 9 de Julio, avenida com sete faixas em cada mão de direção. Más adelante, fui até a praça onde fica o Congresso Nacional e vi a concentração de populares no velório do ex-presidente Raúl Alfonsin.
4. Almocei duas vezes, custodiado pela CTA, em dois belos restaurantes portenhos. Um deles tinha espetáculo de tango à noite, que o tempo me impediu de ver. Lá, a culinária é de ótima qualidade e o vinho é a bebida da hora.
5. Contratei um táxi e dei uma geral por parte da cidade, percorrendo as margens do Rio da Plata (de onde é possível, nos dias ensolarados, enxergar Montevidéu na outra margem). Passei pela zona portuária e por um amplo trecho restaurado, muito bonito, hoje transformado em restaurantes,bares e lojas. Aliás, o centro pelo menos é cheio de bares, cantinas, restaurantes, cafés. O pessoal pede um café e fica um tempão lendo jornal ou livro, numa boa.
6.Em menor grau, mas lá também há favelas, moradores de rua, pedintes. O trânsito é péssimo e, como aqui, as pessoas quando podem atravessam a rua sem respeitar o sinal de trânsito. Como nossa moeda está valorizada em relação ao peso argentino, achei os preços razoáveis.
7. A parte séria da visita: falei em nome da Federação Sindical Mundial no congresso da CTA, com 350 delegados em um teatro da cidade; pela CTB, eu discursei no ato público em frente ao Ministério do Trabalho e me entrevistei com o Hugo Moyano, secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho da Argentina. Falei também com sindicalistas da Argentina, inclusive da Corrente Classista da CTA, e líderes sindicais do Uruguai, do Paraguai, da Venezuela e de Portugal.
8. Para variar, as duas notícias mais repercutidas pela mídia local falavam em crescimento da violência urbana, principalmente na periferia, e a eclosão da epidemia da dengue. Um dado me surpreendeu: a grande quantidade de bolivianos no ato da CTA. As faces parecidas com as de Evo Morales é facilmente distinguíveis do jeitão europeu da imensa maioria dos argentinos. As fotos básicas do visitante padrão em sua digital de 5 pixels (é assim que escreve?) eu vou tentar postá-las aqui outro dia. As fotos atuais são coladas do "google imagem".
9. A nota dissonante veio de um brasileiro, o cutista e representante da CSA (Central Sindical das Américas), que em duas oportunidades jogou farpas políticas em nosotros.
10.Last but not least, na Argentina o pessoal é muito receptivo e educado, diferentemente de alguns países de povo arrogante do outro lado do Atlântico.

Diez apuntamientos sobre Buenos Aires







(Fotos, pela ordem: La Bombonera, Casa Rosada, Congresso, Av. 9 de Julio com obelisco ao fundo).



"Mi Buenos Aires querido, cuando yo te vuelva a ver, no habrá más penas ni olvido.
El farolito de la calle en que nací fue el centinela de mis promesas de amor, bajo su inquieta lucecita yo la via mi pebeta luminosa como un sol."

De 30 de março a primeiro de abril eu estive em Buenos Aires. A primeira vez a gente nunca esquece. Fui ao IX Congresso da Central de Trabalhadores da Argentina, a CTA.

Da mesma forma que os paulistas adoramos o Rio de Janeiro, os brasileiros são apaixonados pela Argentina. É a inexorável lei da física (ou química?) segundo a qual os opostos se atraem.

Em mi Buenos Aires querido eu fiz, sem obedecer a cronologia ou a importância, o seguinte:

1. fui visitar a La Bombonera, o terrível estádio do Boca. É, de fato, impressionante. Do lado de fora, lojas, inscrições murais e músicas da torcida inundam o ambiente e faz do local uma verdadeira apoteose. Quem for lá, por favor, não deixe de visitar o estádio mais temido pelos jogadores e pela torcida de nuestro país.
2. De carro, vi também o Luna Park, onde se realizavam memoráveisl lutas de boxe. Do outro lado da cidade, a caminho do aeroporto, vi também o Monumental de Nuñes, estádio do Ríver Plate.
3. Andando pelo centro, fui até a Plaza de Mayo, onde fica a Casa Rosada, sede do governo federal, passei pelo famoso Obelisco na não menos famosa avenida 9 de Julio, avenida com sete faixas em cada mão de direção. Más adelante, fui até a praça onde fica o Congresso Nacional e vi a concentração de populares no velório do ex-presidente Raúl Alfonsin.
4. Almocei duas vezes, custodiado pela CTA, em dois belos restaurantes portenhos. Um deles tinha espetáculo de tango à noite, que o tempo me impediu de ver. Lá, a culinária é de ótima qualidade e o vinho é a bebida da hora.
5. Contratei um táxi e dei uma geral por parte da cidade, percorrendo as margens do Rio da Plata (de onde é possível, nos dias ensolarados, enxergar Montevidéu na outra margem). Passei pela zona portuária e por um amplo trecho restaurado, muito bonito, hoje transformado em restaurantes,bares e lojas. Aliás, o centro pelo menos é cheio de bares, cantinas, restaurantes, cafés. O pessoal pede um café e fica um tempão lendo jornal ou livro, numa boa.
6.Em menor grau, mas lá também há favelas, moradores de rua, pedintes. O trânsito é péssimo e, como aqui, as pessoas quando podem atravessam a rua sem respeitar o sinal de trânsito. Como nossa moeda está valorizada em relação ao peso argentino, achei os preços razoáveis.
7. A parte séria da visita: falei em nome da Federação Sindical Mundial no congresso da CTA, com 350 delegados em um teatro da cidade; pela CTB, eu discursei no ato público em frente ao Ministério do Trabalho e me entrevistei com o Hugo Moyano, secretário-geral da Confederação Geral do Trabalho da Argentina. Falei também com sindicalistas da Argentina, inclusive da Corrente Classista da CTA, e líderes sindicais do Uruguai, do Paraguai, da Venezuela e de Portugal.
8. Para variar, as duas notícias mais repercutidas pela mídia local falavam em crescimento da violência urbana, principalmente na periferia, e a eclosão da epidemia da dengue. Um dado me surpreendeu: a grande quantidade de bolivianos no ato da CTA. As faces parecidas com as de Evo Morales é facilmente distinguíveis do jeitão europeu da imensa maioria dos argentinos. As fotos básicas do visitante padrão em sua digital de 5 pixels (é assim que escreve?) eu vou tentar postá-las aqui outro dia. As fotos atuais são coladas do "google imagem".
9. A nota dissonante veio de um brasileiro, o cutista e representante da CSA (Central Sindical das Américas), que em duas oportunidades jogou farpas políticas em nosotros.
10.Last but not least, na Argentina o pessoal é muito receptivo e educado, diferentemente de alguns países de povo arrogante do outro lado do Atlântico.

Marlúcia

A nossa camarada Marlúcia, comunista, militante da Apeoesp, professora da região da Vila Prudente, zona leste da capital paulista, faleceu nesta quinta-feira. Ela lutava há muito tempo contra o câncer. O sepultamento foi realizado nesta sexta-feira.

Infelizmente fiquei sabendo tarde, e não pude estar presente ao velório. A última vez que a vi foi no hospital e pressenti que o problema era muito grave. Perdemos uma amiga, companheira e militante exemplar, aquela que faz trabalho de formiguinha, ajuda muito e aparece pouco.

Marlúcia

A nossa camarada Marlúcia, comunista, militante da Apeoesp, professora da região da Vila Prudente, zona leste da capital paulista, faleceu nesta quinta-feira. Ela lutava há muito tempo contra o câncer. O sepultamento foi realizado nesta sexta-feira.

Infelizmente fiquei sabendo tarde, e não pude estar presente ao velório. A última vez que a vi foi no hospital e pressenti que o problema era muito grave. Perdemos uma amiga, companheira e militante exemplar, aquela que faz trabalho de formiguinha, ajuda muito e aparece pouco.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Pesquisas e Gráficos

Virou moda. Todo mundo, agora, em vez de fazer palestra, saca um pen-drive e exibe uma infinidade de dados, gráficos, pesquisas que, somados, parecem provar tudo. Parece (ai, ai, será que a analogia é machista?) aquela história do biquini - mostra tudo, menos o essencial.

As lentes do otimismo ou pessimismo exibem uma paisagem paradisíaca ou fúnebre, dependendo do jeitão de ver as coisas. Outro dia um técnico do Dieese disse: "se o pib brasileiro crescer entre 1,5% e 2%, será o terceiro maior crescimento mundial, superado apenas pela China e pela Índia".

Viu, só? Em vez de ver pelo lado negativo - a queda do PIB de 6% para 2%, o cara preferiu sacar a medalha de bronze e ver a pátria amada no pódium.

'Tá chegando a hora!


Contra fotos não há argumentos! Essa multidão de loucos, loucos por ti, Corinthians, é a massa alvinegra em busca de uma joia rara: um ingresso para assistir ao primeiro jogo das semi-finais entre o Timão e o São Paulo.
É por essas e outras que eu sou contra a generosidade da diretoria corintiana, que agraciou os adversários com dois mil ingressos. Provavelmente vai sobrar. É uma pena!

Pesquisas e Gráficos

Virou moda. Todo mundo, agora, em vez de fazer palestra, saca um pen-drive e exibe uma infinidade de dados, gráficos, pesquisas que, somados, parecem provar tudo. Parece (ai, ai, será que a analogia é machista?) aquela história do biquini - mostra tudo, menos o essencial.

As lentes do otimismo ou pessimismo exibem uma paisagem paradisíaca ou fúnebre, dependendo do jeitão de ver as coisas. Outro dia um técnico do Dieese disse: "se o pib brasileiro crescer entre 1,5% e 2%, será o terceiro maior crescimento mundial, superado apenas pela China e pela Índia".

Viu, só? Em vez de ver pelo lado negativo - a queda do PIB de 6% para 2%, o cara preferiu sacar a medalha de bronze e ver a pátria amada no pódium.

'Tá chegando a hora!


Contra fotos não há argumentos! Essa multidão de loucos, loucos por ti, Corinthians, é a massa alvinegra em busca de uma joia rara: um ingresso para assistir ao primeiro jogo das semi-finais entre o Timão e o São Paulo.
É por essas e outras que eu sou contra a generosidade da diretoria corintiana, que agraciou os adversários com dois mil ingressos. Provavelmente vai sobrar. É uma pena!

terça-feira, 7 de abril de 2009

As peças se movimentam


Minas Gerais é a bola da vez. Aécio, a "noiva" cortejada por Serra e por Lula. Sem Minas Gerais, fica difícil a parada para o pós-Lula.
Cada dia surge uma notícia nova, a mais das vezes plantada. Os tucanos dizem que volta a vigorar a tese da chapa puro-sangue Serra/Aécio. O petismo ressuscita a tese do Dilmécio (Dilma presidente, Aécio Senador), essa alquimia política só possível nas Gerais.
Aécio parece dar corda para os dois lados, elevando às alturas o seu cacife político. As dúvidas devem durar um certo tempo.

Primeiro de Maio


Depois da vitoriosa jornada de lutas do dia 30 de março, a agenda do movimento sindical brasileiro está voltada para os atos do dia primeiro de maio, continuidade da luta para enfrentar a crise.


Aqui em São Paulo, a CTB selou um acordo com a UGT para fazer o ato conjunto, na esquina do Vale do Anhangabaú com a Avenida São João. A NCST e a CGTB também podem aderir. O ato será realizado das 13 ás 20 horas, com a participação de líderes sindicais, políticos e dos movimentos populares.
O esforço da CTB sempre foi no sentido de buscar, em todo o país, atos unitários. Não logramos êxito em virtude de as maiores centrais sindicais já terem definido atos exclusivos, mas já registramos importantes avanços na luta pela unidade.

As peças se movimentam


Minas Gerais é a bola da vez. Aécio, a "noiva" cortejada por Serra e por Lula. Sem Minas Gerais, fica difícil a parada para o pós-Lula.
Cada dia surge uma notícia nova, a mais das vezes plantada. Os tucanos dizem que volta a vigorar a tese da chapa puro-sangue Serra/Aécio. O petismo ressuscita a tese do Dilmécio (Dilma presidente, Aécio Senador), essa alquimia política só possível nas Gerais.
Aécio parece dar corda para os dois lados, elevando às alturas o seu cacife político. As dúvidas devem durar um certo tempo.

Primeiro de Maio


Depois da vitoriosa jornada de lutas do dia 30 de março, a agenda do movimento sindical brasileiro está voltada para os atos do dia primeiro de maio, continuidade da luta para enfrentar a crise.


Aqui em São Paulo, a CTB selou um acordo com a UGT para fazer o ato conjunto, na esquina do Vale do Anhangabaú com a Avenida São João. A NCST e a CGTB também podem aderir. O ato será realizado das 13 ás 20 horas, com a participação de líderes sindicais, políticos e dos movimentos populares.
O esforço da CTB sempre foi no sentido de buscar, em todo o país, atos unitários. Não logramos êxito em virtude de as maiores centrais sindicais já terem definido atos exclusivos, mas já registramos importantes avanços na luta pela unidade.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Os trabalhadores e a crise


Nesta quarta-feira, as centrais sindicais brasileiras vão se reunir com o presidente Lula para tratar, uma vez mais, da crise. O sindicalismo brasileiro precisa ter uma agenda afirmativa que tenha como centro a luta por uma projeto nacional de desenvolvimento com valorização da força de trabalho.

Enfrentar a crise exige uma articulação de esforços entre o governo, os trabalhadores e o setor produtivo. As propostas devem ter como premissa reverter a desacelaração econômica, preservar empregos, valorizar os salários.

A parte governamental deve contribuir com a ampliação dos créditos e dos investimentos, desoneração fiscal seletiva, exigência de contrapartidas sociais para empresas beneficiárias de recursos públicos.


Além disso, está mais do que na hora de dar uma paulada na taxa de juros e no superávit fiscal e de criar-se mecanismos emergenciais que agilizem a ação do estado na execução de obras e serviços .

Os empresários não podem só ficar só no chororô de menos impostos e mais investimentos. Devem eles próprios também investir, parar com a conversa fiada de flexibilização de direitos trabalhistas, menos salários e demissões.

Para que a crise tenha menor impacto no Brasil, é preciso fortalecer o mercado interno. Emprego e salários jogam água nesse moinho. Uma ampla aliança de forças sociais e políticas comprometidas com o país e o seu desenvolvimento - que não é o caso, por exemplo, dos rentistas - é uma possibilidade real para que o Brasil saia mais rápido da crise.

Os trabalhadores e a crise


Nesta quarta-feira, as centrais sindicais brasileiras vão se reunir com o presidente Lula para tratar, uma vez mais, da crise. O sindicalismo brasileiro precisa ter uma agenda afirmativa que tenha como centro a luta por uma projeto nacional de desenvolvimento com valorização da força de trabalho.

Enfrentar a crise exige uma articulação de esforços entre o governo, os trabalhadores e o setor produtivo. As propostas devem ter como premissa reverter a desacelaração econômica, preservar empregos, valorizar os salários.

A parte governamental deve contribuir com a ampliação dos créditos e dos investimentos, desoneração fiscal seletiva, exigência de contrapartidas sociais para empresas beneficiárias de recursos públicos.


Além disso, está mais do que na hora de dar uma paulada na taxa de juros e no superávit fiscal e de criar-se mecanismos emergenciais que agilizem a ação do estado na execução de obras e serviços .

Os empresários não podem só ficar só no chororô de menos impostos e mais investimentos. Devem eles próprios também investir, parar com a conversa fiada de flexibilização de direitos trabalhistas, menos salários e demissões.

Para que a crise tenha menor impacto no Brasil, é preciso fortalecer o mercado interno. Emprego e salários jogam água nesse moinho. Uma ampla aliança de forças sociais e políticas comprometidas com o país e o seu desenvolvimento - que não é o caso, por exemplo, dos rentistas - é uma possibilidade real para que o Brasil saia mais rápido da crise.