O Rio Tietê é uma espécie de ralo de São Paulo. Com baixa declividade, assoreado e com ocupação desregrada de suas margens, o Tietê recebe, direta ou indiretamente, as águas de praticamente todos os rios e córregos da cidade.
Por causa disso, o ex-governador paulista, Geraldo Alckmin, disse que a maior obra de sua gestão seria o "Projeto Tietê". Este custoso empreendimento, prometia a propaganda, acabaria definitivamente com as enchentes na marginal do Tietê.
Foi propaganda enganosa. Logo após a inauguração, São Paulo sofreu uma das maiores enchentes e o epicentro, para variar, foi a famosa marginal. Rapidamente foram retiradas as vistosas placas "enchentes nunca mais!".
Apesar de não ter acabado com as enchentes, a obra teve alguns aspectos defensáveis: rebaixou a calha e, com isso, aumentou a declividade e a velocidade do rio, fatores importantes para evitar transbordamentos.
A construção de taludes para evitar erosão das margens também foi positiva, assim como a plantação de centenas de árvores ao longo da Marginal serviu para melhorar o visual da área.
Mas com os tucanos no governo dá sempre para piorar um pouco mais. Não satisfeito, o governador Serra e seu parceiro, o prefeito Kassab, resolveram desfazer tudo e promover mais um ataque ao Tietê.
Com muito alarido publicitário, os tucanos promovem uma nova e desastrada intervenção no local. Derrubam árvores e aumentam a impermeabilização do solo para construir mais uma faixa de tráfego no local.
Condenada por dez entre dez especialistas em macrodrenagem urbana, a obra já apresenta seus primeiros resultados: agravamento das enchentes e degradação urbanística. E os congestionamentos só vão mudar de lugar.
De olho nas eleições e vendo São Paulo passar o verão debaixo d'água, o governador José Serra tira o seu da reta, desaparece e passa todo o abacaxi para o subserviente prefeito paulistano.
Chega a ser vexatória a situação do alcaide. A cada nova enchente, ele aparece na televisão para dizer que as autoridades não têm culpa de nada. A responsabilidade é exclusiva de São Pedro e do excesso de chuvas.
Com isso, claro, sua popularidade naufraga e o governador Serra perde mais uma âncora de sua combalida obsessão pela presidência. E quem paga o pato são os moradores da cidade, que contabilizam grandes prejuízos materiais, doenças e perdas de vidas humanas.
Opiniões, comentários e notas sobre política, sindicalismo, economia, esporte, cultura e temas correlatos.
sábado, 23 de janeiro de 2010
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
1º de junho: Conferência Nacional da Classe Trabalhadora
Seis centrais sindicais aprovaram, nesta quinta-feira, 21, a realização da Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. O evento será realizado no dia 1º de junho, em São Paulo, com a meta de reunir cerca de dez mil sindicalistas.
O roteiro, aprovado por consenso, prevê a realização de encontros preparatórios em todos os estados e, na plenária final, elaboração de proposta de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho e distribuição de renda.
Segundo Wagner Gomes (foto), presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), os sindicalistas presentes à Conferência definirão o apoio à candidatura presidencial cujo perfil se enquadre com as resoluções a serem aprovadas.
Uma grande notícia!
O roteiro, aprovado por consenso, prevê a realização de encontros preparatórios em todos os estados e, na plenária final, elaboração de proposta de um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho e distribuição de renda.
Segundo Wagner Gomes (foto), presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), os sindicalistas presentes à Conferência definirão o apoio à candidatura presidencial cujo perfil se enquadre com as resoluções a serem aprovadas.
Uma grande notícia!
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
A direita mostra os dentes
1. Ao que tudo indica, os EUA aproveitam as dramáticas consequências do terremoto (*) para ocupar militarmente o Haiti e liderar o processo de 'reconstrução" do país. Desta vez, a ação seria coberta pelo manto da ajuda humanitária, mas os objetivos são sempre os mesmos: subjugar o país e torná-lo satélite de seus interesses imperialistas.
2.A vitória da coligação direitista no Chile foi discretamente comemorada pelos seus iguais brasileiros. O jornal Folha de São Paulo disse que o resultado comprova a maturidade da democracia chilena e que a alternância de partidos no poder é salutar. Tudo a ver com a campanha presidencial brasileira, onde o jornal apoia descaradamente o candidato tucano e quer, por analogia, insinuar que a popularidade de Lula é individual e instransferível.
3.Em Honduras o golpe alcançou seus objetivos. Conservadores defenestraram Manuel Zelaya (golpe já faz sete meses!), realizaram uma eleição fajuta e agora o presidente "eleito", Porfírio Lobo, diz que vai governar com um Conselho Assessor formado de ex-presidentes, incluindo na lista o próprio Zelaya, ainda confinado na embaixada brasileira, e o golpista Roberto Micheletti, governo de facto do país.
Malandragem pura para legitimar a espúria eleição.
(*) No texto inicial, por engano, escrevi furação, mas me alertaram...
2.A vitória da coligação direitista no Chile foi discretamente comemorada pelos seus iguais brasileiros. O jornal Folha de São Paulo disse que o resultado comprova a maturidade da democracia chilena e que a alternância de partidos no poder é salutar. Tudo a ver com a campanha presidencial brasileira, onde o jornal apoia descaradamente o candidato tucano e quer, por analogia, insinuar que a popularidade de Lula é individual e instransferível.
3.Em Honduras o golpe alcançou seus objetivos. Conservadores defenestraram Manuel Zelaya (golpe já faz sete meses!), realizaram uma eleição fajuta e agora o presidente "eleito", Porfírio Lobo, diz que vai governar com um Conselho Assessor formado de ex-presidentes, incluindo na lista o próprio Zelaya, ainda confinado na embaixada brasileira, e o golpista Roberto Micheletti, governo de facto do país.
Malandragem pura para legitimar a espúria eleição.
(*) No texto inicial, por engano, escrevi furação, mas me alertaram...
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