sábado, 17 de julho de 2010

Código Florestal: debate sem histeria

José Machado é o secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente. Já foi deputado estadual e federal pelo PT, duas vezes prefeito de Piracicaba, interior de São Paulo, e presidente da Agência Nacional das Águas (ANA).

Em entrevista concedida ao "blog do Zé Dirceu", teceu considerações sobre relatório do Código Florestal. Destacamos algumas de suas equilibradas opiniões: 

1. "o governo reconheceu que, da maneira como estava, o Código Florestal não podia ser cumprido por conta da grande quantidade de suas exigências. Na verdade, o Código nunca funcionou. Ninguém o respeitava."

2. "Aí, chega um belo dia, a área ambiental diz: 'agora, vai aplicar'. O Ministério Público vai pra cima dos agricultores e começa a punir, a multar, a obrigar o sujeito a fazer o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).

3. "O deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB/SP), relator do projeto do novo Código Florestal, de uma maneira muito generosa (grifo nosso), fez várias audiências públicas e coletou as muitas insatisfações dos agricultores em todos os cantos deste país. Ele fez um texto procurando, de certa forma, contemplar a todos".

4. Feitas essas considerações importantes, José Machado apontou três pontos críticos na proposta em debate na Câmara:

 a) a liberdade para os estados definirem as áreas de preservação. Nesse item,  Aldo recuou e acatou a proposta, e a matéria fica na esfera federal;

 b) ano de 2008 para anistiar o desmatamento feito em desacordo com o Código - Machado acha que isso só deveria valer para os pequenos proprietários, excluindo-se os grandes;

 c) reservas legais só para propriedades acima de quatro módulos: Machado considera que existem diferentes realidades no país. Vale para estados como São Paulo, mas para o país ele defende a diminuição para um módulo.

O secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente agrega que uma série de medidas na área urbana, proposta por ele, foi acatada, e o tema deve seguir seu curso, agora com o debate entre as bancadas.

A reprodução de parte dessa entrevista tem o objetivo de mostrar que em polêmicas desse tipo é sempre bom usar as propriedades físicas do vagalume, que produz muita luz e pouco calor, o que garante a sua sobrevivência.

Certos setores da sociedade, incapazes de uma análise multilateral do problema, abastardam suas críticas procurando tachar o relatório do deputado Aldo Rebelo como documento de interesse dos "ruralistas".

As questões da proteção do meio ambiente, do desenvolvimento econômico, da soberania nacional e da justiça social precisam encontrar um ponto de equilíbrio. Nesse sentido, a entrevista de José Machado joga um facho de luz na histeria do debate, fugindo da falsa polarização ambientalista x ruralista.

Clique abaixo para ler o conjunto da entrevista: http://www.zedirceu.com.br/index.php?option=com_content&task=blogcategory&id=2&Itemid=3

quinta-feira, 15 de julho de 2010

As contradições de Serra

À medida que a campanha se desenvolve, Serra escancara seu perfil de neo-direitista. Sem programa e sem propostas, seu esporte predileto, agora, é acionar sua metralhadora giratória para atacar o atual governo, o futuro governo Dilma, as centrais sindicais e por aí vai.

Em uma reunião com a UGT, nesta semana, ele tachou os dirigentes das centrais sindicais brasileiras de "profissionais da mentira". Tudo porque ele assumiu a paternidade do seguro-desemprego,do FAT e foi impiedosamente desmascarado.

Em uma reunião esvaziada com intelectuais e artistas no Rio de Janeiro, nesta quarta-feira,  (o portal "O Globo" divulgou que eram aguardadas mais de 300 pessoas e apareceu menos da metade) ele voltou a bater na tecla de que o Brasil se transformou em uma República Sindicalista.

Destemperado, fala que "uma elite sindical alinhada com o governo recebe dinheiro para fazer trabalho político partidário". A ira do tucano é porque a imensa maioria dos sindicalistas brasileiros é contra a sua candidaduta. Tudo pela simples e boa razão de que defender os direitos dos trabalhadores não é, definitivamente, a praia do ex-governador paulista.

Esses discursos raivosos demonstram que o poleiro dos tucanos está parecendo aquele famoso edifício que balança, mas não cai (ainda). Falar em partidarização do Estado é piada, como também é piada o privatista Serra dizer que vai "reestatizar o Estado!?"

Justo ele que, quando prefeito de São Paulo, loteou a administração com ex-prefeitos do interior, escalados para ocupar as sub-prefeituras da Capital e se alinhar com sua facção na luta interna do PSDB.. Uma parte desses sub-prefeitos não conhecia nem a cidade que iriaa "administrar"..

Na base do faço o que eu mando, não faça o que eu faço, esses apadrinhados importados não eram produto de aparelhamento, a escolha deve ter obedecido a estranha lógica meritocrática do tucanato.

No terreno da cultura e das artes,  o candidato peessedebista vociferou contra os patrocínios da Petrobras, achando que, por ser estatal, esses apoios caracterizariam dirigismo cultural, tese que só pode ter sido acalentada nas famosas noites insones do tucano. 

Esse falso campeão da moralidade, quando governador, deitou e rolou com a Sabesp, empresa de saneamento básico paulista.  Usava a empresa para propaganda do seu governo em todo o país. Nesse caso,  tudo era normal, nada a reclamar

Para os amigos tudo, para os inimigos a lei (de talião). Aí já é Dilmais!!!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Contag formaliza apoio à Dilma

contagdilma

Importante ato realizado nesta terça-feira (13), na sede da Contag, em Brasília, dirigido por Alberto Broch, presidente da entidade que reúne 27  federações, 4 mil sindicatos e 20 milhões de trabalhadores e

 

 trabalhadoras rurais, formalizou o apoio da Contag à Dilma Rousseff.

O auditório totalmente lotado praticamente aclamou Dilma. Todos os estados estavam presentes, além do ministro do Desenvolvimento Agrário, parlamentares (entre eles o deputado federal Daniel Almeida, PCdoB/BA), centrtais sindicais (CTB e CUT), etc.

Foi um ato de peso, um grande impulso para a campanha. O movimento sindical e outros movimentos sociais também já estão articulando eventos semelhantes.

domingo, 11 de julho de 2010

SP: PSDB cobra caro o direito de ir e vir

No Estado de São Paulo há 227 praças de pedágios em 5.215 km. Construir pedágios é a principal obra dos tucanos paulistas. Antes deles, só existiam 40.  E o custo paulista para viajar é salgado. Só em 2009, a sangria dos usuários das estradas paulistas atingiu o montante de R$ 4,55 bilhões!

Como miséria pouca é bobagem, além dos automóveis, ônibus e caminhões, o governo do PSDB resolveu cobrar pedágio também das motos. E não é pouca coisa, não. O valor do pedágio paulista é doze vezes maior do que o das estradas federais.

Uma viagem de São Paulo até São José do Rio Preto, em rodovias paulistas, antes do último aumento, ficava em R$ 118,40!  Um percurso bem maior, ida e volta entre São Paulo e Belo Horizonte, na Rodovia Fernão Dias, federal,  o pedágio cobrado é de R$ 17,60, diferença de espantosos 572%!!!