domingo, 11 de abril de 2010

PCdoB, Dilma, Samba, é dilmais!

Belo e emocionante o ato de apoio do PCdoB à pré-candidata Dilma Roussef. Para fugir do formato tradicional desse tipo de evento, tudo foi regado à música.

Os sambistas Martinho da Vila, Leci Brandão e Netinho de Paula recepcionaram a nossa Dilma cantando a antológica "Aquarela Brasileira", samba de Silas de Oliveira.

Outro momento emocionante do ato ficou por conta de Jorge Mautner e seu violino, cantando composição de sua autoria A Bandeira do Meu Partido. A letra fala por si só:

"A bandeira do meu partido

é vermelha de um sonho antigo

cor da hora que se levanta

levanta agora, levanta aurora!

Leva a esperança, minha bandeira

tu és criança a vida inteira

toda vermelha, sem uma listra

minha bandeira que é socialista.

Estandarte puro, da nova era

que todo mundo espera, espera

coração lindo, no céu flutuando

te amo sorrindo, te amo cantando!

Mas a bandeira do meu Partido

Vem entrelaçada com outra bandeira

a mais bela, a primeira

verde-amarela, a bandeira brasileira".

dilma do b

Psol, um partido dividido e sem norte

Uma melancólica e esvaziada 3ª Conferência Eleitoral, realizada neste sábado no Rio de Janeiro,  expõe as fraturas do Psol e nubla os horizontes da legenda. A presidenta do partido, Heloísa Helena, chama de manobra golpista (vinda de São Paulo) o fórum partidário que elegeu Plínio de Arruda o candidato a presidente da legenda.

Os números são esquisitos. Dos 162 delegados eleitos para a Conferência, só 89 apareceram e votaram na candidatura de Plínio. Apesar disso, o contestado candidato presidencial disse contar, pasmem,  com o apoio de 15 das 17 tendências internas do Psol!!!

Martiniano, apoiado por Heloísa, e o ex-deputado Babá, os outros dois concorrentes,  se retiraram da disputa. Setores do partido prometem convocar congresso extraordinário para por ordem na casa. Alguns insinuam apoiar o PV, que tucanou no Rio de Janeiro.

A base real que põe em erupção esse partido é uma interpretação equivocada da realidade política do país. Ao marchar na oposição sectária ao governo Lula, o Psol se isola do campo democrático e popular, aprofunda suas divisões internas e lança incertezas sobre o seu futuro.