sábado, 18 de abril de 2009

Azar


O Timão é mesmo azarado. Perdeu a oportunidade de ser campeão paulista em pleno Parque Antártica, recreio predileto de times de várias partes do mundo.
Morremos de inveja, para citar um único e emblemático exemplo, do Asa de Arapiraca, Alagoas, que eliminou o "Verdão" (?), nesse mesmo estádio do vexame de hoje, da Copa Brasil. Esse prazer está temporariamente sonegado ao Coringão, já que o Palmeiras morreu antes de chegar na praia.
Na foto, os palmeirenses perdem o jogo e a cabeça. Novas derrotas estão por vir. Uma coisa, si embargo, deve ser reconhecida: o Santos jogou como campeão. O Palmeiras não viu a cor da bola diante de sua torcida.

Azar


O Timão é mesmo azarado. Perdeu a oportunidade de ser campeão paulista em pleno Parque Antártica, recreio predileto de times de várias partes do mundo.
Morremos de inveja, para citar um único e emblemático exemplo, do Asa de Arapiraca, Alagoas, que eliminou o "Verdão" (?), nesse mesmo estádio do vexame de hoje, da Copa Brasil. Esse prazer está temporariamente sonegado ao Coringão, já que o Palmeiras morreu antes de chegar na praia.
Na foto, os palmeirenses perdem o jogo e a cabeça. Novas derrotas estão por vir. Uma coisa, si embargo, deve ser reconhecida: o Santos jogou como campeão. O Palmeiras não viu a cor da bola diante de sua torcida.

End embargo against Cuba

"All of us would like to see a proper a reintegration of Cuba into institution of the western hemisphere". Assim falou o primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, Patrick Manning (foto abaixo), na abertura oficial da 5a. Cúpula das Américas.

O anfitrião da Cúpula, esse negão bem nutrido, sorridente e que, segundo a minha filha, tem certassemelhanças comigo, acrescentou que este era o sentimento de todos os países presentes ao encontro. A resposta de Obama foi dizer que esperava um novo começo das relações dos EUA com Cuba.


Observação: para variar, o Chávez rouba a cena. Depois do aperto de mão em Obama, imediatamente reproduzido no sítio oficial do governo venezuelano, Chávez presenteia o presidente dos EUA com a mais famosa obra, creio eu, do escritor uruguaio Eduardo Galeano - As Veias Abertas da América Latina.
O líder bolivariano também propõe que a próxima Cúpula seja em Havana. O nosso presidente Lula acredita que Cuba será reintegrada ao Fórum.

End embargo against Cuba

"All of us would like to see a proper a reintegration of Cuba into institution of the western hemisphere". Assim falou o primeiro-ministro de Trinidad e Tobago, Patrick Manning (foto abaixo), na abertura oficial da 5a. Cúpula das Américas.

O anfitrião da Cúpula, esse negão bem nutrido, sorridente e que, segundo a minha filha, tem certassemelhanças comigo, acrescentou que este era o sentimento de todos os países presentes ao encontro. A resposta de Obama foi dizer que esperava um novo começo das relações dos EUA com Cuba.


Observação: para variar, o Chávez rouba a cena. Depois do aperto de mão em Obama, imediatamente reproduzido no sítio oficial do governo venezuelano, Chávez presenteia o presidente dos EUA com a mais famosa obra, creio eu, do escritor uruguaio Eduardo Galeano - As Veias Abertas da América Latina.
O líder bolivariano também propõe que a próxima Cúpula seja em Havana. O nosso presidente Lula acredita que Cuba será reintegrada ao Fórum.

CTB avança


O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou relatório, com dados de dezembro de 2008, apontando que a CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - avançou uma posição e agora é a quarta central sindical brasileira com maior número de trabalhadores sindicalizados.


Segundo o MTE, a CTB oficializou o registro de 252 sindicatos com 296.339 sócios e 929.888 trabalhadores na base. Com esses números, a CTB supera a NCST (Nova Central), que tem 264.652 sócios e a CGTB, com 243.096. Esses números de dezembro jáf oram superados. Em meados de abril a CTB já contabilizava 275 sindicatos reconhecidos pelo MTE, 23 a mais do registrado pelo relatório ministerial.
A Cut, com 1.780.079 sindicalizados, é a maior central do país, seguida pela Força Sindical (633.938) e UGT (347.681). Em números totais de trabalhadores representados, há um "empate técnico" entre a CUT e a Força. A primeira tem 4.525.096 e a FS 4.400.887.
Ventos novos no sindicalismo
Mas essa não é a única nem a principal notícia para a CTB. O fato mais relevante foi a vitoriosa articulação de seis federações estaduais de trabalhadores rurais vinculadas à CTB (RS, SC, PR, MG, BA, SE) e lideranças independentes que constituíram maioria no congresso da Contag.
Essa nova maioria aprovou a saída da Contag da CUT e elegeu uma nova direção encabeçada por Alberto Bloch (foto acima), dirigente da Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul, entidade filiada à CTB.
Essa vitória deu um novo status político à CTB e abre caminho para a ampliação de entidades filiadas. Mais de 500 sindicatos já se filiaram à CTB, mas devido a problemas burocráticos cerca de metade dessas filiações ainda não foi reconhecida pelo MTE. Além disso, diversos sindicatos urbanos e centenas de sindicatos de trabalhadores rurais podem engrossar o rol de entidades da CTB.
Em meio a esse crescimento a CTB prepara os Encontros estaduais que antecedem o seu II Congresso Nacional, a ser realizado entre os dias 24 e 26 de setembro, em São Paulo. Com unidade e amplitude a CTB vai se tornando importante protagonista do sindicalismo brasileiro.
Essas vitórias são um indicativo de que é fundamental que a composição plural da CTB seja consolidada e aprofundada não só na direção central como nas CTBs estaduais. Particularmente os sindicalistas originários da Corrente Sindical Classista precisam fazer um imenso esforço para incorporar todos os segmentos que compõem a CTB, superando arestas, divergências ou problemas localizados.
A luta pela unidade das centrais, hoje materializada no Fórum das Centrais, e outras iniciativas que a CTB desenvolve no sentido de dialogar com todas as correntes do sindicalismo nacional, também é um imperativo de primeira ordem.

ALBA

A Sétima Cúpula Presidencial da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) foi realizada no dia 16 de abril, em Cunamá, capital do estado venezuelano de Chucre. Bolívia, Cuba, Dominicana, Honduras, Nicarágua e Venezuela participaram do evento que teve como centro a análise da crise do capitalismo e a condenação do bloqueio à Cuba.
Notícias sobre essa Cúpula podem ser obtidas no sítio do jornal cubano Gramna (www.gramna.cu).

Quinta Cúpula das Américas



Trinta e quatro chefes de Estado e governos (foto acima), com a discriminatória ausência de Raúl Castro, líder cubano, se reúnem em Trinidad e Tobago de 17 a 19 de abril. É a maior reunião do hemisfério*,falam os analistas. A Cúpula das Américas é uma reunião promovida pela Organização dos Estados Americanos (OEA), organização que, em 1962, vetou a participação de Cuba nesse evento.

A Cúpula das Américas foi criada em 1994, por iniciativa do presidente dos EUA Bill Clinton, com o objetivo, entre outros, de viabilizar a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Essa estratégia do imperialismo estadunidense foi derrotada na IV Cúpula, realizada em Mar del Plata, nos dias 4 e 5 de maio de 2005.
A quarta "Cumbre", para usar o termo em espanhol, engavetou a proposta da Alca e, entre outras resoluções, elegeu o chileno José Miguel Insulza como secretário-geral por cinco anos. Secundariamente, também foram aprovados temas relativos ao trabalho decente, ao combate ao trabalho infantil e proteção aos imigrantes. Não por acaso, essa também é uma agenda incorporada por centrais sindicais internacionais e nacionais.

Voltemos à Quinta Cúpula. A agenda oficial tratará da prosperidade humana, segurança energética e sustentabilidade ambiental. Mas o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, diz que uma agenda não escrita terá como tema o fim do veto à participação de Cuba.

A socialista e ausente ilha cubana será o foco, o que é sinal dos tempos. Antes de análises apressadas, é necessário compreender os movimentos da "nova diplomacia" de Barack Obama.

Ao contrário de Bush, o líder da maior potência mundial acena com aproximação para a América Latina e mudanças de posturas diante de Cuba e até de países como a República Bolivariana da Venezuela. As mudanças podem ser pequenas, cosméticas, mais de forma do que de conteúdo, mas na análise concreta dos fatos políticos esses câmbios precisam ser interpretados sob óticas novas, caso contrário só vamos ficar repetindo clichês.

Se em 2005 a Cúpula das Américas enterrou aquilo que foi a razão de seu surgimento -a construção da Alca, a Quinta reunião pode abrir caminho para o fim do bloqueio imperialista a Cuba. É uma hipótese.

Essas possibilidades não são ditadas pela mudança do caráter e do papel do Big Brother do Norte. O declínio progressivo dos EUA leva o stablishment do império a rever suas estratégias. A crise econômica e o isolamento político e diplomático enterram o unilateralismo americano e alteram a posição das as peças do tabuleiro mundial.

Da mesma forma que Obama precisa rever a posição diante da República Islâmica do Irã, deixando de lado a tese do "Eixo do Mal"da Era Bush, do lado de cá do Atlântico há manejos da diplomacia estadunidense no sentido de enfrentar a maré mudancista latino-americana.

A posição moderada de Lula é um trunfo de que se serve Obama em seu jogo estratégico para se recompor na região. "Esse é o cara" não foi uma afirmação aleatória. Cumprimentar Chávez (foto) também não. Flexibilizar com Cuba também pode fazer parte desse grande jogo.

Na minha modesta opinião, esses são os grandes temas da agenda internacional da nossa região.

Nessas horas, limitar-se a repetir palavras de ordem pode soar como bravatas inúteis. Se o inimigo muda a tática e a estratégia, independentemente de nossa vontade temos de adotar contrapartidas compatíveis com o novo momento.

Do contrário, podemos contrariar o Macaco Simão, segundo o qual quem fica parado é poste.


*Hemisfério - Esse termo designa a divisão imaginária da terra pela metade. Essa metade pode ser dividida pelo Equador (aí temos o hemisfério norte, o dos ricos, e o hemisfério sul, o dos pobres), ou pelo Meridiano (aí temos o hemisfério ocidental e oriental). Na Cúpula das Américas trata-se de uma reunião do hemisfério ocidental. Faço esse esclarecimento por que eu próprio fiquei em dúvida sobre o duplo significado da palavra hemisfério. O "google" me salvou.

CTB avança


O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou relatório, com dados de dezembro de 2008, apontando que a CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - avançou uma posição e agora é a quarta central sindical brasileira com maior número de trabalhadores sindicalizados.


Segundo o MTE, a CTB oficializou o registro de 252 sindicatos com 296.339 sócios e 929.888 trabalhadores na base. Com esses números, a CTB supera a NCST (Nova Central), que tem 264.652 sócios e a CGTB, com 243.096. Esses números de dezembro jáf oram superados. Em meados de abril a CTB já contabilizava 275 sindicatos reconhecidos pelo MTE, 23 a mais do registrado pelo relatório ministerial.
A Cut, com 1.780.079 sindicalizados, é a maior central do país, seguida pela Força Sindical (633.938) e UGT (347.681). Em números totais de trabalhadores representados, há um "empate técnico" entre a CUT e a Força. A primeira tem 4.525.096 e a FS 4.400.887.
Ventos novos no sindicalismo
Mas essa não é a única nem a principal notícia para a CTB. O fato mais relevante foi a vitoriosa articulação de seis federações estaduais de trabalhadores rurais vinculadas à CTB (RS, SC, PR, MG, BA, SE) e lideranças independentes que constituíram maioria no congresso da Contag.
Essa nova maioria aprovou a saída da Contag da CUT e elegeu uma nova direção encabeçada por Alberto Bloch (foto acima), dirigente da Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul, entidade filiada à CTB.
Essa vitória deu um novo status político à CTB e abre caminho para a ampliação de entidades filiadas. Mais de 500 sindicatos já se filiaram à CTB, mas devido a problemas burocráticos cerca de metade dessas filiações ainda não foi reconhecida pelo MTE. Além disso, diversos sindicatos urbanos e centenas de sindicatos de trabalhadores rurais podem engrossar o rol de entidades da CTB.
Em meio a esse crescimento a CTB prepara os Encontros estaduais que antecedem o seu II Congresso Nacional, a ser realizado entre os dias 24 e 26 de setembro, em São Paulo. Com unidade e amplitude a CTB vai se tornando importante protagonista do sindicalismo brasileiro.
Essas vitórias são um indicativo de que é fundamental que a composição plural da CTB seja consolidada e aprofundada não só na direção central como nas CTBs estaduais. Particularmente os sindicalistas originários da Corrente Sindical Classista precisam fazer um imenso esforço para incorporar todos os segmentos que compõem a CTB, superando arestas, divergências ou problemas localizados.
A luta pela unidade das centrais, hoje materializada no Fórum das Centrais, e outras iniciativas que a CTB desenvolve no sentido de dialogar com todas as correntes do sindicalismo nacional, também é um imperativo de primeira ordem.

ALBA

A Sétima Cúpula Presidencial da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) foi realizada no dia 16 de abril, em Cunamá, capital do estado venezuelano de Chucre. Bolívia, Cuba, Dominicana, Honduras, Nicarágua e Venezuela participaram do evento que teve como centro a análise da crise do capitalismo e a condenação do bloqueio à Cuba.
Notícias sobre essa Cúpula podem ser obtidas no sítio do jornal cubano Gramna (www.gramna.cu).

Quinta Cúpula das Américas



Trinta e quatro chefes de Estado e governos (foto acima), com a discriminatória ausência de Raúl Castro, líder cubano, se reúnem em Trinidad e Tobago de 17 a 19 de abril. É a maior reunião do hemisfério*,falam os analistas. A Cúpula das Américas é uma reunião promovida pela Organização dos Estados Americanos (OEA), organização que, em 1962, vetou a participação de Cuba nesse evento.

A Cúpula das Américas foi criada em 1994, por iniciativa do presidente dos EUA Bill Clinton, com o objetivo, entre outros, de viabilizar a Área de Livre Comércio das Américas (ALCA). Essa estratégia do imperialismo estadunidense foi derrotada na IV Cúpula, realizada em Mar del Plata, nos dias 4 e 5 de maio de 2005.
A quarta "Cumbre", para usar o termo em espanhol, engavetou a proposta da Alca e, entre outras resoluções, elegeu o chileno José Miguel Insulza como secretário-geral por cinco anos. Secundariamente, também foram aprovados temas relativos ao trabalho decente, ao combate ao trabalho infantil e proteção aos imigrantes. Não por acaso, essa também é uma agenda incorporada por centrais sindicais internacionais e nacionais.

Voltemos à Quinta Cúpula. A agenda oficial tratará da prosperidade humana, segurança energética e sustentabilidade ambiental. Mas o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, diz que uma agenda não escrita terá como tema o fim do veto à participação de Cuba.

A socialista e ausente ilha cubana será o foco, o que é sinal dos tempos. Antes de análises apressadas, é necessário compreender os movimentos da "nova diplomacia" de Barack Obama.

Ao contrário de Bush, o líder da maior potência mundial acena com aproximação para a América Latina e mudanças de posturas diante de Cuba e até de países como a República Bolivariana da Venezuela. As mudanças podem ser pequenas, cosméticas, mais de forma do que de conteúdo, mas na análise concreta dos fatos políticos esses câmbios precisam ser interpretados sob óticas novas, caso contrário só vamos ficar repetindo clichês.

Se em 2005 a Cúpula das Américas enterrou aquilo que foi a razão de seu surgimento -a construção da Alca, a Quinta reunião pode abrir caminho para o fim do bloqueio imperialista a Cuba. É uma hipótese.

Essas possibilidades não são ditadas pela mudança do caráter e do papel do Big Brother do Norte. O declínio progressivo dos EUA leva o stablishment do império a rever suas estratégias. A crise econômica e o isolamento político e diplomático enterram o unilateralismo americano e alteram a posição das as peças do tabuleiro mundial.

Da mesma forma que Obama precisa rever a posição diante da República Islâmica do Irã, deixando de lado a tese do "Eixo do Mal"da Era Bush, do lado de cá do Atlântico há manejos da diplomacia estadunidense no sentido de enfrentar a maré mudancista latino-americana.

A posição moderada de Lula é um trunfo de que se serve Obama em seu jogo estratégico para se recompor na região. "Esse é o cara" não foi uma afirmação aleatória. Cumprimentar Chávez (foto) também não. Flexibilizar com Cuba também pode fazer parte desse grande jogo.

Na minha modesta opinião, esses são os grandes temas da agenda internacional da nossa região.

Nessas horas, limitar-se a repetir palavras de ordem pode soar como bravatas inúteis. Se o inimigo muda a tática e a estratégia, independentemente de nossa vontade temos de adotar contrapartidas compatíveis com o novo momento.

Do contrário, podemos contrariar o Macaco Simão, segundo o qual quem fica parado é poste.


*Hemisfério - Esse termo designa a divisão imaginária da terra pela metade. Essa metade pode ser dividida pelo Equador (aí temos o hemisfério norte, o dos ricos, e o hemisfério sul, o dos pobres), ou pelo Meridiano (aí temos o hemisfério ocidental e oriental). Na Cúpula das Américas trata-se de uma reunião do hemisfério ocidental. Faço esse esclarecimento por que eu próprio fiquei em dúvida sobre o duplo significado da palavra hemisfério. O "google" me salvou.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Economia política

Deve ser da lavra de um economista a frase lapidar de que "a economia é uma coisa séria demais para ficar nas mãos dos economistas". Apoio a ideia, desde que o nosso chefe ao lado seja poupado desse enquadramento.

É uma verdadeira barafunda diária de artigos, análises, teses, tratados, todos procurando decifrar a esfinge: a atual crise do capitalismo. O único consenso é de que a crise é a pior dos últimos 80 anos, vale dizer, vai sangrar mais do que a famosa crise de 1930.

Fora isso, é chute pra todos os lados. Uns dizem que é o colapso do capitalismo, outros, pegos no contrapé, reconhecem, agora, a gravidade da crise, mas não apostam nela como a hecatombe final.

Eu não sou intelectual, portanto não sou obrigado pelo ofício a consumir meu precioso tempo lendo tudo o que se fala a respeito. Prefiro reter o que me parece essencial da análise do PCdoB. E o essencial é que a crise é braba, é maior nos países centrais do capitalismo (EUA, Europa, Japão), mas se propaga, diferentemente da de 1930, por todo o globo; ninguém sabe qual vai ser a duração e a profundidade da dita-cuja, muito menos que mundo emergirá no pós-crise. O que se prevê é que alguma coisa, no mínimo, muda. Multilateralismo, novas arquiteturas regulatórias das finanças, maior protagonismo dos estados nacionais, realinhamento de forças políticas e econômicas e por aí vai...

Não se sabe as consequências políticas da (teste de múltipla escolha) desaceleração, recessão ou depressão econômica. Onde as forças progressistas estão à frente (como na América Latina) haverá regressão conservadora? Onde a direita pontifica (leste europeu) os progressistas ganharão fôlego?

Está tudo muito cambiante, o cenário parece aquela definição do mineiro, segundo o qual a política é como nuvem: você olha, a vê de um jeito, passa um tempo, a formação das nuvens muda...

Uma vez o nosso mestre (JA) puxou a nossa orelha, dizendo que padecíamos de insuficiência teórica, uma relativa incapacidade analítica para interpretar os novos fenômenos do capitalismo em declínio histórico e a emergência do socialismo com todas suas singularidades nacionais. Em poucas palavras; nada de modelo único, transição do capitalismo ao socialismo como etapa relativamente prolongada, caminho próprio de cada país.

De minha parte, lendo um pouco, ouvindo, matutando, fico com a impressão de que os teóricos chineses são os únicos que esboçam interpretações mais avançadas e contemporâneas, na base de libertar as mentes, procurar a verdade nos fatos, deslindar novos caminhos... O socialismo do século XXI, bolivariano, também trilha caminho original, não vanguardeado pelos comunistas.

Vamos ler mais os chineses, com todo respeito para os intelectuais do Ocidente, de todos os matizes. Eles, pelo menos, parecem enxergar para além do horizonte visível do senso comum. E estudar com maior afinco as experiências ditas bolivarianas, sem cair no esquematismo de copiar fórmulas, modelos, caminhos, processos ... O Brasil é singular na economia, na população, no território, na formação histórica, cultural, política ... Cabe a nós forjar a base teórica e trilhar o caminho prático da transição, acumulando na luta política, social e de ideias...

Enquanto isso, vamos ler o Blog do Luciano Siqueira, esse amigo nosso. Ele diz que se a crise for marolinha, haverá dois candidatos fortes, um(a) da situação e outro da oposição, mas se pintar um tsunami pode surgir mais de uma opção para os dois lados em disputa.

Provavelmente ele especula (no bom sentido da palavra) com o Ciro como palanque alternativo para o governismo e, aí é que eu não decodifiquei, um outro nome para o lado da oposição, além do Serra. Quem? Não sei, acho difícil o Aécio e sem ele não vejo ninguém com calibre para disputa dessa magnitude.

Economia política

Deve ser da lavra de um economista a frase lapidar de que "a economia é uma coisa séria demais para ficar nas mãos dos economistas". Apoio a ideia, desde que o nosso chefe ao lado seja poupado desse enquadramento.

É uma verdadeira barafunda diária de artigos, análises, teses, tratados, todos procurando decifrar a esfinge: a atual crise do capitalismo. O único consenso é de que a crise é a pior dos últimos 80 anos, vale dizer, vai sangrar mais do que a famosa crise de 1930.

Fora isso, é chute pra todos os lados. Uns dizem que é o colapso do capitalismo, outros, pegos no contrapé, reconhecem, agora, a gravidade da crise, mas não apostam nela como a hecatombe final.

Eu não sou intelectual, portanto não sou obrigado pelo ofício a consumir meu precioso tempo lendo tudo o que se fala a respeito. Prefiro reter o que me parece essencial da análise do PCdoB. E o essencial é que a crise é braba, é maior nos países centrais do capitalismo (EUA, Europa, Japão), mas se propaga, diferentemente da de 1930, por todo o globo; ninguém sabe qual vai ser a duração e a profundidade da dita-cuja, muito menos que mundo emergirá no pós-crise. O que se prevê é que alguma coisa, no mínimo, muda. Multilateralismo, novas arquiteturas regulatórias das finanças, maior protagonismo dos estados nacionais, realinhamento de forças políticas e econômicas e por aí vai...

Não se sabe as consequências políticas da (teste de múltipla escolha) desaceleração, recessão ou depressão econômica. Onde as forças progressistas estão à frente (como na América Latina) haverá regressão conservadora? Onde a direita pontifica (leste europeu) os progressistas ganharão fôlego?

Está tudo muito cambiante, o cenário parece aquela definição do mineiro, segundo o qual a política é como nuvem: você olha, a vê de um jeito, passa um tempo, a formação das nuvens muda...

Uma vez o nosso mestre (JA) puxou a nossa orelha, dizendo que padecíamos de insuficiência teórica, uma relativa incapacidade analítica para interpretar os novos fenômenos do capitalismo em declínio histórico e a emergência do socialismo com todas suas singularidades nacionais. Em poucas palavras; nada de modelo único, transição do capitalismo ao socialismo como etapa relativamente prolongada, caminho próprio de cada país.

De minha parte, lendo um pouco, ouvindo, matutando, fico com a impressão de que os teóricos chineses são os únicos que esboçam interpretações mais avançadas e contemporâneas, na base de libertar as mentes, procurar a verdade nos fatos, deslindar novos caminhos... O socialismo do século XXI, bolivariano, também trilha caminho original, não vanguardeado pelos comunistas.

Vamos ler mais os chineses, com todo respeito para os intelectuais do Ocidente, de todos os matizes. Eles, pelo menos, parecem enxergar para além do horizonte visível do senso comum. E estudar com maior afinco as experiências ditas bolivarianas, sem cair no esquematismo de copiar fórmulas, modelos, caminhos, processos ... O Brasil é singular na economia, na população, no território, na formação histórica, cultural, política ... Cabe a nós forjar a base teórica e trilhar o caminho prático da transição, acumulando na luta política, social e de ideias...

Enquanto isso, vamos ler o Blog do Luciano Siqueira, esse amigo nosso. Ele diz que se a crise for marolinha, haverá dois candidatos fortes, um(a) da situação e outro da oposição, mas se pintar um tsunami pode surgir mais de uma opção para os dois lados em disputa.

Provavelmente ele especula (no bom sentido da palavra) com o Ciro como palanque alternativo para o governismo e, aí é que eu não decodifiquei, um outro nome para o lado da oposição, além do Serra. Quem? Não sei, acho difícil o Aécio e sem ele não vejo ninguém com calibre para disputa dessa magnitude.

domingo, 12 de abril de 2009

48 minutos

Eu já sabia!

48 minutos

Eu já sabia!

Cubanas

Em 1994, quando eu fui a Cuba, fiquei intrigado pelo uso constante (pelos cubanos) de duas locuções: "sin embargo" (para nosotros todavia, contudo, porém) e "por supuesto" (certamente, logicamente).

Por supuesto que a minha impressão deve ter origem nos meus parcos conhecimentos da língua de Cervantes, sin embargo a surpresa vigora até hoje.

Paulistão

O jogo do Santos contra o Palmeiras foi bem disputado. Venceu o Santos, que suou mais a camisa, e teve méritos para reverter a vantagem. Daqui a pouco, no Pacaembu, o Timão pega o São Paulo. Talvez o Tricolor tenha um time mais bem estruturado, leva a vantagem inicial do empate, mas há duas observações importantes: o fator Ronaldo e o fato de o São Paulo ser o mais ilustre freguês do Corinthians.

Pelas minhas novas contas, o campeão paulista será o vencedor do confronto de hoje no Pacaembu.

Notícias tristes

Neste domingo de Páscoa, morrem dois deputados. Um paulista, João Hermann, do PDT, ex-prefeito de Piracicaba, provavelmente afogado em sua casa de campo. Outro do PT de Pernambuco, Carlos Wilson, derrubado pelo câncer.

O Hermann, mais de uma vez, sondou o PCdoB para a hipótese de disputar pela legenda comunista um novo mandato de deputado federal. O Luciano Siqueira, vereador do PCdoB de Recife, diz que o Carlos Wilson era amigo do partido. O paulista com 63 anos e o pernambucano com 59 anos deixam precocemente o palco da vida e da política.

Cubanas

Em 1994, quando eu fui a Cuba, fiquei intrigado pelo uso constante (pelos cubanos) de duas locuções: "sin embargo" (para nosotros todavia, contudo, porém) e "por supuesto" (certamente, logicamente).

Por supuesto que a minha impressão deve ter origem nos meus parcos conhecimentos da língua de Cervantes, sin embargo a surpresa vigora até hoje.

Paulistão

O jogo do Santos contra o Palmeiras foi bem disputado. Venceu o Santos, que suou mais a camisa, e teve méritos para reverter a vantagem. Daqui a pouco, no Pacaembu, o Timão pega o São Paulo. Talvez o Tricolor tenha um time mais bem estruturado, leva a vantagem inicial do empate, mas há duas observações importantes: o fator Ronaldo e o fato de o São Paulo ser o mais ilustre freguês do Corinthians.

Pelas minhas novas contas, o campeão paulista será o vencedor do confronto de hoje no Pacaembu.

Notícias tristes

Neste domingo de Páscoa, morrem dois deputados. Um paulista, João Hermann, do PDT, ex-prefeito de Piracicaba, provavelmente afogado em sua casa de campo. Outro do PT de Pernambuco, Carlos Wilson, derrubado pelo câncer.

O Hermann, mais de uma vez, sondou o PCdoB para a hipótese de disputar pela legenda comunista um novo mandato de deputado federal. O Luciano Siqueira, vereador do PCdoB de Recife, diz que o Carlos Wilson era amigo do partido. O paulista com 63 anos e o pernambucano com 59 anos deixam precocemente o palco da vida e da política.