sábado, 19 de setembro de 2009

Chalita fora doPSDB?

Eis a mensagem extraída do twitter,neste sábado, 13:30 horas, do vereador mais votado de São Paulo, Gabriel Chalita. Ele namora o PSB e pode sair candidato a senador por esse partido, engrossando, de quebra, o palanque de Dilma. É nole?

@Frodobal Oi amigo, estive com o gov Eduardo Campos que é o pres. do PSB. Gostei muito dele... estou pensando ainda. A decisão é difícil



about 5 hours ago from web in reply to Frodobal

Bicadas dos tucanos paulistas

O ex-governador paulista Geraldo Alckmin é uma espécie de pai político do vereador mais votado de São Paulo, Gabriel Chalita. Na gestão Alckmin, Chalita foi secretário de Educação e todo o mundo político de São Paulo sabe que os dois são unha e carne. 

Como não se tem notícia de que esse relacionamento tenha sofrido qualquer estremecimento, são  surpreedentes e emblemáticas duas possbilidades no futuro imediato de Chalita: 1) sair do PSDB e ir para o PSB, partido pelo qual sairia candidato ao Senado; 2)  integrar o palanque de Dilma em São Paulo.

Eu entrei  no twitter do Chalita e senti que essas hipóteses são plausíveis. Se as intenções se transformarem em gestos,  Serra terá sido atingido por um "hook".  Os punhos são de Chalita. Os braços políticos podem ser de Alckmin.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

II Congresso da CTB

ctbzinhaDe 24 a 26 de setembro próximos, cerca de 1.500 sindicalistas realizam em São Paulo o II Congresso da CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. Uma nutrida delegação internacional acompanhará o evento.

A CTB, com menos de dois anos de existência, chega de mãos cheias ao seu II Congresso. Realizou encontros nos 26 estados e no Distrito Federal. Nesses encontros, foram aprovadas as resoluções, eleitas as novas direções estaduais e escolhidos os delegados para a plénária final do Congresso.

A vitoriosa trajetória da CTB confirmou o acerto dos segmentos sindicais que se empenharam, há dois anos, no processo de sua construção. A central hoje fincou sua bandeira em todos os estados. A unidade interna e a forte coesão são os pilares fundamentais dos assinalados êxitos obtidos.

A CTB tem participado das lutas dos trabalhadores em todas as frentes e tem voz ativa nos diversos fóruns onde o movimento sindical brasileiro é chamado a se pronunciar. Na arena internacional também é profícuo o trabalho realizado. Filiada à Federação Sindical Mundial desde sua fundação, a CTB protagoniza, entre outros êxitos, a realização dos Encontros Nossa América, agora em sua segunda edição. Esses Encontros têm a marca da unidade e da amplitude e já é uma referência para o sindicalismo classista em nosso Continente.

Nesse segundo Congresso a CTB vai passar em revista suas lutas e suas tarefas organizativas. Avançará para a estruturação maior nos estados e nas categorias, para dar maior consistência e capilaridade à Central e reforçar sua capacidade mobilizadora.

Renovará a espinha dorsal de sua atuação - a luta por um projeto nacional de desenvolvimento com valorização do trabalho, geração de emprego e distribuição de renda. Nesse rumo, continuará a insistir com as demais centrais pela realização de uma nova conferência da classe trabalhadora, fórum capaz de elevar a um patamar superior a luta do sindicalismo nacional.

Manterá a luta pela redução da jornada de trabalho sem redução de trabalho,  contra as demissões imotivadas, pela defesa dos direitos previdenciários. No plano mais geral, insistirá na defesa de juros e spreads bancários mais baixos e pelo controle mais eficaz do sistema financeiro e do fluxo de capitais.

A luta pelo fortalecimento da Contag,  em defesa da reforma agrária e por uma política agrícola que priorize a agricultura familair também integra as prioridades da CTB. Em busca da unidade popular,  ampliará suas relações com os movimentos sociais.

A CTB tem representatividade no sindicalismo urbano e rural, no setor público e privado, incorporar homens e mulheres lutadoras de todas as regiões do país. Defensora de um sindicalismo classista, unitário, plural e de luta, jogará insubstituível papel nas lutas que se avizinham.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

A dura vida dos brasileiros no Japão

Francisco Freitas é um cearense de 50 anos que chegou em São Paulo aos 13. Operário vidreiro e militante do PCdoB, desde fevereiro de 2000 está no Japão. Atualmente é vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, Maquinários e de Informática do Japão.

Bati um longo papo com ele a respeito do cotidiano dos brasileiros naquele país. Vou tentar resumir as informações e opiniões do Freitas a respeito da saga dos 312.582 brasileiros (dados oficiais de dezembro de 2008) que vivem e trabalham no Japão. Antes, é preciso dizer que 46 mil voltaram ao Brasil, só este ano, devido à crise econômica.
Chama-se dekassegui as pessoas que “saem para trabalhar” no Japão, sejam eles estrangeiros ou do interior do próprio país. O relato aqui, portanto, refere-se aos dekassegui brasileiros, seus descendentes e familiares.

Os descendentes de japoneses de primeira geração são conhecidos como “issei”. Os da segunda geração “nissei”, da terceira “sansei” e, por último, os da quarta-geração, não reconhecidos pelo governo japonês, são chamados “yonsei”.

Esses dekassegui brasileiros concentram-se principalmente em Aichi (79.156 pessoas), Hamamatsu (51.441), Mie (21.688) e Guma (17.522). A grande maioria só fala português, não aprende o japonês porque no local de trabalho, nas escolas, nas igrejas, no comércio e nas atividades culturais e de lazer todos se comunicam em português.

Pela televisão paga ou pela Internet, eles assistem programas das Redes Globo e Record ou da IPC, televisão regional da comunidade brasileira. Tudo do Brasil é disponibilizado no Japão.

Lá tem escolas, shopping centers, padaria, açougue, lojas de departamentos, sorveteria, restaurantes e bares de propriedade de brasileiros e que vendem mercadorias e oferecem serviços tudo “made in Brazil”.

É possível se encontrar com facilidade desde as roupas da moda, exibidas pelas novelas, até a cachaça Ypioca, guaraná Antarctica, cerveja, além do famoso arroz com feijão, biscoitos, doces e por aí vai. A vida noturna vai até onze horas ou meia-noite, diferentemente daqui.

Os brasileiros formam a terceira colônia no Japão (chineses e coreanos são as principais) e são originários principalmente dos estados de São Paulo e do Paraná. Por isso, no futebol, só há três torcidas organizadas (Corinthians, São Paulo e Palmeiras). Eles assistem jogos em grupo, marcam campeonatos de futebol de campo ou futsal, formas de liberar a vida estressantes que levam no Japão.

Como aqui, lá também se multiplicam templos de todas as religiões, desde a católica até a Igreja Universal e outras denominações evangélicas e pentecostais.

Também há escolas de samba e um carnaval organizado por brasileiros em Tóquio, músicas de todos os tipos e frequentes visitas de artistas brasileiros por lá. Zico é idolatrado, tem até uma estátua dele em uma cidade.

Os japoneses são cortezes, a polícia é civilizada, mas o combate às drogas é implacável, não perdoa nem o usuário eventual. Recentemente, uma cantora foi e continua presa por estar portando cinco gramas de maconha.

Mas nem tudo são flores. Na verdade, quase tudo não são flores. Dessa grande comunidade, quase 54 mil são crianças, adolescentes e jovens, privados de uma boa educação. As escolas dirigidas por brasileiros são precárias, não há grade curricular e o nível dos professores, todos brasileiros, é baixo. O MEC homoloogou algumas escolas, mas o problema persiste. Teme-se que toda uma geração esteja apartada de conhecimentos básicos para a vida e atividade profissional.

Além da má educação, a saúde também é um problema. A minoria que tem seguro-saúde paga 30% pelas consultas, exames ou cirurgias (o governo complementa com 70%). Mas os preços são proibitivos e até os 30% arrancam o couro do cidadão. Pior: a maioria só tem acesso se pagar tudo, não existe um sistema único e universal de saúde público.

A tragédia maior é o mercado de trabalho. Os dekassegui brasileiros trabalham, em sua maioria, em montadoras e indústrias eletrônicas, com mão-de-obra intermediada por empreiteiras. O salário-hora básico é doze dólares, baixo para o alto custo de vida. Só ganham quando trabalham!

Embora a jornada de trabalho seja de oito horas diárias, cinco dias por semana acrescidos de dois sábados de trabalho por mês, a maioria dos brasileiros trabalha de doze a catorze horas diárias. As horas extras são necessárias para compor o orçamento.

Além disso, esses trabalhadores moram em apartamentos ou alojamentos dos patrões, pagando aluguéis proibitivos, agravados pelas altas taxas de água, luz e telefone.

Os imigrantes são considerados trabalhadores de segunda categoria, submetidos a um trabalho extenuante e rígida disciplina de trabalho, com menos direitos do que os trabalhadores japoneses. Enquanto estes gozam de férias e folgas remuneradas, os brasileiros, não.

Com a recessão no Japão, tudo piorou. Houve demissões em massa e alguns ficaram sem trabalho e sem teto, chegando até a morar debaixo de viadutos.

O governo japonês chegou a propor uma “ajuda” aos desempregados. Três mil dólares para cada trabalhador e dois mil para cada membro da família, com a condição de nunca mais voltar ao Japão.

Com os protestos, pressão internacional e até a intervenção do presidente Lula e do Itamaraty, houve uma pequena flexibilização. Quem sair do Japão recebe a ajuda e pode voltar depois de três anos. Cerca de dez mil brasileiros solicitaram o benefício, metade dos quais foi atendida.

Como é regra nos países capitalistas, na hora de alavancar a economia os imigrantes foram recebidos de braços abertos. Praticamente todos os brasileiros estão legalizados, com visto. Com a crise, veio o pé na bunda.

Há que se registrar a solidariedade dos sindicatos japoneses e outras organizações que procuram colaborar com os trabalhadores estrangeiros. Mas a situação não é fácil. A mulher trabalhadora imigrante, por exemplo, quando fica grávida, geralmente é demitida sumariamente.

Vivendo para trabalhar e não trabalhando para viver, embora de espírito alegre mesmo na adversidade, é dura a vida dos brasileiros no Japão. O pior é que não conseguem acumular recursos para viabilizar um retorno em melhores condições ao Brasil.

Muitos sonham em voltar. Este sonho não é tão forte porque a violência urbana no Brasil, praticamente inexistente no Japão, tem um impacto muito grande nos corações e mentes desses brasileiros. E as possibilidades de ter emprego aqui sempre são uma hipótese, nunca uma certeza.

A dura vida dos brasileiros no Japão

Francisco Freitas é um cearense de 50 anos que chegou em São Paulo aos 13. Operário vidreiro e militante do PCdoB, desde fevereiro de 2000 está no Japão. Atualmente é vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, Maquinários e de Informática do Japão.

Bati um longo papo com ele a respeito do cotidiano dos brasileiros naquele país. Vou tentar resumir as informações e opiniões do Freitas a respeito da saga dos 312.582 brasileiros (dados oficiais de dezembro de 2008) que vivem e trabalham no Japão. Antes, é preciso dizer que 46 mil voltaram ao Brasil, só este ano,  devido à crise econômica.

Chama-se dekassegui as pessoas que "saem para trabalhar" no Japão, sejam elas estrangeiras ou do interior do próprio país. O relato aqui, portanto, refere-se aos dekassegui brasileiros, seus descendentes e familiares.

Os descendentes de japoneses de primeira geração são conhecidos como "issei". Os da segunda geração "nissei",  da terceira "sansei" e, por último, os da quarta geração, não reconhecidos pelo governo japonês, são chamados "yonsei".

Esses dekassegui brasileiros concentram-se principalmente em Aichi (79.156 pessoas), Hamamatsu (51.441), Mie (21.688) e Guma (17.522). A grande maioria só fala português, não aprende o japonês porque no local de trabalho, nas escolas, nas igrejas, no comércio e nas atividades culturais e de lazer todos se comunicam em português.

Pela televisão paga ou pela Internet, eles assistem programas das Redes Globo e Record ou da IPC, televisão regional da comunidade brasileira. Tudo do Brasil é disponibilizado no Japão.

Lá tem escolas, shopping centers, padarias, açougues, lojas de departamentos, sorveterias, restaurantes e bares de propriedade de brasileiros e que vendem mercadorias e oferecem serviços tudo "made in Brazil".

É possível se encontrar com facilidade desde as roupas da moda, exibidas pelas novelas, até a cachaça Ypioca, guaraná Antarctica, cerveja, além do famoso arroz com feijão, biscoitos, doces e por aí vai. A vida noturna vai até onze horas ou meia-noite, diferentemente daqui.

Os brasileiros formam a terceira colônia no Japão (chineses e coreanos são as principais) e são originários principalmente dos estados de São Paulo e do Paraná. Por isso, no futebol, só há três torcidas organizadas (Corinthians, São Paulo e Palmeiras). Eles assistem jogos em grupo, marcam campeonatos de futebol de campo ou futsal, formas de liberar a vida estressante que levam no Japão.

Como aqui, lá também se multiplicam  templos de todas as religiões, desde a católica até a Igreja Universal e outras denominações evangélicas e pentecostais.

Também há escolas de samba e um carnaval organizado por brasileiros em Tóquio, músicas de todos os tipos e frequentes visitas de artistas brasileiros por lá. Zico é idolatrado, tem até uma estátua dele em uma cidade.

Os japoneses são cortezes, a polícia é civilizada, mas o combate às drogas é implacável, não perdoa nem o usuário eventual. Recentemente, uma cantora foi e continua presa por estar portando cinco gramas de maconha.

Mas nem tudo são flores. Na verdade, quase tudo não são flores. Dessa grande comunidade, quase 54 mil são crianças, adolescentes e jovens, privados de uma boa educação. As escolas dirigidas por brasileiros são precárias, não há grade curricular e o nível dos professores, todos brasileiros, é baixo. O MEC homoloogou algumas escolas, mas o problema persiste. Teme-se que toda uma geração esteja apartada de conhecimentos básicos para a vida e atividade profissional.

Além da má educação, a saúde também é um problema. A minoria que tem seguro-saúde paga 30% pelas consultas, exames ou cirurgias (o governo complementa com 70%). Mas os preços são proibitivos e até os 30% arrancam o couro do cidadão. Pior: a maioria só tem acesso se pagar tudo, não existe um sistema único e universal de saúde público.

A tragédia maior é o mercado de trabalho. Os dekassegui brasileiros trabalham, em sua maioria, em montadoras e indústrias eletrônicas, com mão-de-obra intermediada por empreiteiras. O salário-hora básico é doze dólares, baixo para o alto custo de vida. Só ganham quando trabalham!

Embora a jornada de trabalho seja de oito horas diárias, cinco dias por semana acrescidos de dois sábados de trabalho por mês, a maioria dos brasileiros trabalha de doze a catorze horas diárias. As horas extras são necessárias para compor o orçamento.

Além disso, esses trabalhadores moram em apartamentos ou alojamentos dos patrões, pagando aluguéis proibitivos, agravados pelas altas taxas de água, luz e telefone.

Os imigrantes são considerados trabalhadores de segunda categoria, submetidos a um trabalho extenuante e rígida disciplina de trabalho, com menos direitos do que os trabalhadores japoneses. Enquanto estes gozam de férias e folgas remuneradas, os brasileiros, não.

Com a recessão no Japão, tudo piorou. Houve demissões em massa e alguns ficaram sem trabalho e sem teto, chegando até a morar debaixo de viadutos.

O governo japonês chegou a propor uma "ajuda" aos desempregados. Três mil dólares para cada trabalhador e dois mil para cada membro da família, com a condição de nunca mais voltar ao Japão.

Com os protestos, pressão internacional e até a intervenção do presidente Lula e do Itamaraty, houve uma pequena flexibilização. Quem sair do Japão recebe a ajuda e pode voltar depois de três anos. Cerca de dez mil brasileiros solicitaram o benefício, metade dos quais foi atendida.

Como é regra nos países capitalistas, na hora de alavancar a economia os imigrantes são recebidos de braços abertos. Praticamente todos os brasileiros estão legalizados, com visto. Com a crise, veio o pé na bunda.

Há que se registrar a solidariedade dos sindicatos japoneses e outras organizações que procuram colaborar com os trabalhadores estrangeiros. Mas a situação não é fácil. A mulher trabalhadora imigrante, por exemplo, quando fica grávida, geralmente é demitida sumariamente.

Vivendo para trabalhar e não trabalhando para viver, embora de espírito alegre mesmo na adversidade, é dura a vida dos brasileiros no Japão. O pior é que não conseguem acumular recursos para viabilizar um retorno em melhores condições ao Brasil.

Muitos sonham em voltar. Este sonho não é tão forte porque a violência urbana no Brasil, praticamente inexistente no Japão, tem um impacto muito grande nos corações e mentes desses brasileiros. E as possibilidades de ter emprego aqui sempre são uma hipótese, nunca uma certeza.

domingo, 13 de setembro de 2009

O bicho vai pegar (II)

Seguridade social compreende três áreas: saúde, previdência e assistêncial social. Esses serviços públicos devem primar pela universalidade e pela diversidade da base de financiamento. Isso é o que fala a Constituição. Nos termos constitucionais, não como se falar em déficit da previdência, até porque esse tema precisa ser visto como uma solidariedade social e um pacto entre as gerações e não mero número pautado em cálculos atuariais e equilíbrio econômico-financeiro.

O sistema único de saúde e uma ampla rede de proteção social são essenciais para dar um mínimo de dignidade à população. A previdência é, ou deveria ser, um prêmio para se ter uma velhice protegida depois de anos de labuta.

Ocorre que a previdência pública brasileira tem sofrico muitos ataques, a maior parte deles perpetrada pelo governo Fernando Henrique Cardoso. Além da mudança do tempo de serviço por tempo de contribuição e outras medidas regressivas, a era FHC deixou um triste legado na área. O pior deles é o fator previdenciário.

O fator previdenciário introduz nova fórmula de cálculo para a aposentadoria. Seus efeitos mais sentidos são o rebaixamento dos proventos e pensões e o prolongamento do tempo de trabalho para manter os valores reais da aposentadoria. Os mais prejudicados são os pobres e os trabalhadores menos escolarizados, que ingressam no mercado de trabalho mais cedo e tem uma vida laboral intermitente, além de ficarem doentes com maior frequência.

Por isso, uma grande bandeira do movimento sindical brasileiro é o fim do fator previdenciário. Nas negociações com o governo, chegou-se a uma proposta que não liquida com o regressivo fator previdenciário. A alternativa denominada de fator 95/85 não resolve o problema.

O impasse está instalado. As maiores centrais sindicais recuaram e aceitaram a proposta do governo. A votação vai para a Câmara. Os senadores, espertos, aprovaram por unanimidade o fim do fator e deixaram aos deputados federais a palavra final sobre a matéria.

Não está fácil encontrar uma solução negociada e positiva, mas a posição da CTB, da Nova Central e da Confederação dos Aposentados pode reabrir a discussão e descortinar um horizonte de avanço para esse debate.

Vinte e seis milhões de benefciários do regime geral de previdência social e outros milhões que vislumbram a aposentadoria no futuro acompanham com vivo interesse essa polêmica.

Timão vem aí!

Palmeiras e Internacional pipocaram neste domingo. Coringão prepara as baterias para a arrancada final. Com Ronaldo e outros titulares de volta, Defederico e Marcelo Matos contratados, a tríplice coroa não está de todo perdida.