terça-feira, 10 de novembro de 2009

Economia e política

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, avalia que o PIB brasileiro crescerá entre 8% a 10% (anualizado) no terceiro trimestre de 2009. No trimestre anterior o crescimento foi de 7,8%. Esse PIB "chinês", associado a um saldo positivo de um milhão de empregos no mercado de trabalho formal brasileiro, aponta para um quadro de superação da crise no país, o que, obviamente, terá consequências políticas.

Em meio a esse quadro positivo, nesta quarta-feira as centrais sindicais brasileiras realizam sua sexta marcha em Brasília, que tem como tema central a luta pela aprovação da redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Reduzir a jornada significa criar mais empregos e melhorar a qualidade de vida do trabalhador, que terá mais tempo para o estudo, a cultura, o lazer e a conviência familiar.

O novo projeto nacional de desenvolvimento requerido para o país precisa ter como uma âncora essencial o progresso social, com mais e melhores empregos, aumento real dos salários e ampliação dos direitos sociais dos trabalhadores. Essa luta está intimamente ligada aos desdobramentos da sucessão presidencial de 2010.  Eleger governantes que deem continuidade e aprofundem o ciclo progressista inaugurado pelo governo Lula é tarefa central para os trabalhadores.

É muito melhor fazer sindicalismo com economia bombando e governos progressistas.

Serra ou Aécio?

Na Bolsa de Valores dos tucanos, a balança  parece pender para o governador mineiro. A entrevista do presidente nacional do PSDB, Sérgio Guerra, dizendo que Aécio amplia mais do que Serra, parece uma senha segundo a qual os tucanos, frente às dificuldades eleitorais para 2010, começam a dar visibilidade a um plano B. Os jornalões de São Paulo, nos últimos dias, passam a tratar com mais simpatia o governador de Minas. E Serra bebe água de canudinho, com o dilema hamletiano de ser ou não ser candidato.