Ao amanhecer deste sábado, uma das mais tradicionais escolas de samba de São Paulo - "que me perdoem as co-irmãs" - entrava no sambódromo para encerrar o primeiro dia de desfiles do Grupo Especial.
"80 anos de arte e euforia. É bom no samba, é bom no couro. Salve o duplo jubileu de carvalho" foi o samba-enredo da escola treze vezes campeã em São Paulo, a consagrada Vai-Vai do Bixiga.
O duplo jubileu de carvalho (oitenta anos) referia-se à coincidência: a fundação da Vai-Vai em 1930 e a celebração da primeira Copa do Mundo, realizada no mesmo ano, no Uruguai, tudo acrescido do fato histórico de uma Copa, pela primeira vez, ser realizada em um país africano.
Os imensos carros alegóricos e as diferentes alas, com quatro mil integrantes, fizeram um balanço histórico e as perspectivas dessas duas magias brasileiras: futebol e samba, com destaque, agora, para as duas próximas Copas, a da África do Sul, este ano, e a do Brasil, em 2014.
Participamos da última ala, a ala da esperança, trajando uma indumentária africana, faixa alusiva à Copa de 2014, bandeiras do Brasil na mão e a esperança de conquistar o título em nossa terra.
O Vereador Jamil Murad (PCdoB), o delegado Protógenes Queiroz, o dirigente da Agência Nacional de Petróleo, Alcides Amazonas e companheira, o presidente do PCdoB paulistano, Wander Geraldo, o Alberto Saraiva (gabinete Jamil) e companheira, o senador Suplicy, o secretário de Esportes da Capital, Walter Feldman, dirigente do hospital Sírio-Libanês e outras personalidades deram o clima ecumênico para essa ala.
Com o dia já claro, a nossa passagem foi entusiasticamente recebida pelas arquibancadas. Pelo noticiário da imprensa, a Vai-Vai, uma vez mais, desponta como favorita. O Brasil também. É só alegria!!!
PS.: para não cometer injustiça, registre-se que uma galera do PCdoB saiu em outra ala da Vai-Vai: o Marquinhos (Comitê Estadual), a Márcia Saraiva (municipal) , a Lia e uma delegação do distrital da Cidade Ademar, além do Julião e outros militantes mais identificados com a escola.
PS2. Se não der Vai-Vai, vamos de Gaviões!
Lembrete: há problemas de edição de fotos neste blog. Algumas postagens de fotos têm saído fora de lugar.
Opiniões, comentários e notas sobre política, sindicalismo, economia, esporte, cultura e temas correlatos.
sábado, 13 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
RONALDO, o craque superação!
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo homenageou o jogador Ronaldo, do Poderoso Timão, com a medalha " Craque Superação".
A atividade foi o ponto alto de um seminário sobre a Copa do mundo. Na foto, vemos, entre outros, o grande Ronaldo, o deputado estadual do PCdoB Pedro Bigardi (à esquerda) e o capitão do tri, Carlos Alberto. É o parlamento paulista se rendendo ao craque superação, ídolo do Corinthians, que este ano festeja o seu centenário.
A atividade foi o ponto alto de um seminário sobre a Copa do mundo. Na foto, vemos, entre outros, o grande Ronaldo, o deputado estadual do PCdoB Pedro Bigardi (à esquerda) e o capitão do tri, Carlos Alberto. É o parlamento paulista se rendendo ao craque superação, ídolo do Corinthians, que este ano festeja o seu centenário.
Nelson Mandela!
Há exatos vinte anos, Nelson Mandela, líder maior da luta anti-apartheid e presidente do Congresso Nacional Africano, deixava a prisão. Sua liberdade foi o marco fundamental da derrota do regime racista da África do Sul.
Nas primeiras eleições democráticas daquele país, Mandela recebeu uma votação consagradora. Eleito presidente, governou a África do Sul de 1994 a 1999.
Hoje com 91 anos, Mandela é, sem dúvida, uma das maiores personalidades da humanidade, enquanto os governantes racistas daquele país forma parar no lixo da história.
Glória eterna a Nelson Mandela!
Nas primeiras eleições democráticas daquele país, Mandela recebeu uma votação consagradora. Eleito presidente, governou a África do Sul de 1994 a 1999.
Hoje com 91 anos, Mandela é, sem dúvida, uma das maiores personalidades da humanidade, enquanto os governantes racistas daquele país forma parar no lixo da história.
Glória eterna a Nelson Mandela!
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
"No clima do escândalo"
A última edição da revista "Retrato do Brasil" coloca o demônio no meio da procissão. O editorial "No clima do escândalo" polemiza com uma opinião difundida mundo afora segundo a qual as mudanças climáticas poderiam colocar em risco a sobrevivência da humanidade.
A revista de Raimundo Rodrigues Pereira analisa o tema de forma multilateral, levantando questionamentos científicos, políticos e econômicos para esse aparente consenso universal a respeito da matéria.
Afirma a revista: "não existe nenhuma evidência de que a biosfera, o ambiente no qual a espécie humana (e, outrora, seus ancestrais, os hominídeos) vive há milhões de anos, vá sofrer qualquer alteração drástica até o final deste século, mesmo se todos os países mantiverem seus padrões atuais de produção e consumo".
A interpretação do editorial em tela é a de que há interesses políticos e econômicos dos países ricos em fazer do mito da mudança climática uma arma adicional contra os países pobres ou em desenvolvimento.
"Hoje, ao contrário de há um século," acrescenta a revista, "cerca de 90% das reservas de petróleo estão com os países em desenvolvimento. O que se observa atualmente no setor de geração de energia é uma grande corrida dos países que estão na vanguarda da economia global - os países ricos e, destacadamente atrás deles, a China - em busca das tecnologias para uso de fontes alternativas ao carvão e ao petróleo".
Claro que a busca por energias limpas e renováveis é importante para combater a poluição e tornar a vida mais saudável. Mas os países mais pobres, como defende a revista, precisam valorizar as suas reservas para alavancar o seu desenvolvimento.
Os países ricos posam, lembra o editorial, "como os campeões da defesa do meio ambiente, com direito a impor taxas e punições diversas aos produtos dos países emergentes que estariam se tornando os principais poluidores do planeta".
"Retrato do Brasil" avalia que essa opinião é política, motivada por razões econômicas, não científica. Os países ricos, os mesmos que devastaram suas áreas verdes, procuram, a pretexto de combater as mudanças climáticas, impor restrições aos países em desenvolvimento.
O embaixador do Brasil na Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevedo, por exemplo, critica os projetos sobre emissão de carbono, em tramitação no Congresso dos Estados Unidos. Segundo ele, esses projetos são "questionáveis" ou até "ilegais" e podem provocar uma guerra comercial.
A revista mostra que, ao fim e ao cabo, a fúria dos terremotos, dos maremotos, das tempestadas, das secas e dos furacões têm suas vítimas preferenciais.
Invariavelmente, quem mais padece são "os mais pobres, os que moram em casas precárias, nas pirambeiras, nas várzeas alagáveis, os que não têm outro lugar para morar, os trabalhadores do campo que sobrevivem de culturas de resistência em terra pouca e ruim, os que já comem pouco num mundo cada vez mais rico".
A luta pelo desenvolvimento precisa estar associada com políticas ambientais equilibradas. Pessoalmente, acho que a opinião da "Retrato do Brasil", neste particular, não colide com a justa tese do desenvolvimento sustentável.
A revista de Raimundo Rodrigues Pereira analisa o tema de forma multilateral, levantando questionamentos científicos, políticos e econômicos para esse aparente consenso universal a respeito da matéria.
Afirma a revista: "não existe nenhuma evidência de que a biosfera, o ambiente no qual a espécie humana (e, outrora, seus ancestrais, os hominídeos) vive há milhões de anos, vá sofrer qualquer alteração drástica até o final deste século, mesmo se todos os países mantiverem seus padrões atuais de produção e consumo".
A interpretação do editorial em tela é a de que há interesses políticos e econômicos dos países ricos em fazer do mito da mudança climática uma arma adicional contra os países pobres ou em desenvolvimento.
"Hoje, ao contrário de há um século," acrescenta a revista, "cerca de 90% das reservas de petróleo estão com os países em desenvolvimento. O que se observa atualmente no setor de geração de energia é uma grande corrida dos países que estão na vanguarda da economia global - os países ricos e, destacadamente atrás deles, a China - em busca das tecnologias para uso de fontes alternativas ao carvão e ao petróleo".
Claro que a busca por energias limpas e renováveis é importante para combater a poluição e tornar a vida mais saudável. Mas os países mais pobres, como defende a revista, precisam valorizar as suas reservas para alavancar o seu desenvolvimento.
Os países ricos posam, lembra o editorial, "como os campeões da defesa do meio ambiente, com direito a impor taxas e punições diversas aos produtos dos países emergentes que estariam se tornando os principais poluidores do planeta".
"Retrato do Brasil" avalia que essa opinião é política, motivada por razões econômicas, não científica. Os países ricos, os mesmos que devastaram suas áreas verdes, procuram, a pretexto de combater as mudanças climáticas, impor restrições aos países em desenvolvimento.
O embaixador do Brasil na Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevedo, por exemplo, critica os projetos sobre emissão de carbono, em tramitação no Congresso dos Estados Unidos. Segundo ele, esses projetos são "questionáveis" ou até "ilegais" e podem provocar uma guerra comercial.
A revista mostra que, ao fim e ao cabo, a fúria dos terremotos, dos maremotos, das tempestadas, das secas e dos furacões têm suas vítimas preferenciais.
Invariavelmente, quem mais padece são "os mais pobres, os que moram em casas precárias, nas pirambeiras, nas várzeas alagáveis, os que não têm outro lugar para morar, os trabalhadores do campo que sobrevivem de culturas de resistência em terra pouca e ruim, os que já comem pouco num mundo cada vez mais rico".
A luta pelo desenvolvimento precisa estar associada com políticas ambientais equilibradas. Pessoalmente, acho que a opinião da "Retrato do Brasil", neste particular, não colide com a justa tese do desenvolvimento sustentável.
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
O samba do tucano doido
Tucanos de alta plumagem não se bicam em São Paulo. A última é a do Serra, fugindo de FHC como o diabo da cruz. Mas o ex-presidente, do alto de suas tamancas, não se conforma em ficar no limbo da política e vira advogado de si próprio.
O presidente de honra do PSDB, ao defender as alegadas virtudes de seu impopular governo, polariza o debate e joga água no moinho da eleição plebiscitária, tudo o que os tucanos, desde sempre, querem evitar.
Para Serra, colocar FHC no proscênio eleitoral é arapuca fatal. Mas, convencer o ex-presidente a sair de cena, quem há-de? A fogueira das vaidades, nestas horas, fala mais alto.
Em outro front, a guerra fraticida dos serristas com a patota do Geraldo Alckmin pega fogo nos bastidores. Por trás dos sorrisos amarelos, há uma virulenta disputa para dividir o butim entre os diversos grupos do tucanato.
Garras afiadas e penas voando emolduram a rinha mais chique de São Paulo. Quem conhece, sabe: o maior pesadelo dos serristas é a hipótese, nada improvável, de o governador paulista levar uma surra nas presidenciais e, de quebra, ver o rival Alckimin governador...
Serra se vê sitiado pelo fogo amigo. Fora de São Paulo, Aécio pode deixá-lo na orfandade. FHC é o corregilionário incômodo. Com Alckmin e sua troupe o problema é outro: eles guardam no fundo d'alma um amargo desejo de vendetta, prato que, como se sabe, se serve frio.
O samba-enredo tucano, na sua versão coreográfica paulista, pode fazer feio no sambódromo eleitoral. Nota zero no quesito harmonia! E não é só: para deleite da patuleia, esse bloco desengonçado pode amargar mais um Carnaval no grupo de acesso.
O presidente de honra do PSDB, ao defender as alegadas virtudes de seu impopular governo, polariza o debate e joga água no moinho da eleição plebiscitária, tudo o que os tucanos, desde sempre, querem evitar.
Para Serra, colocar FHC no proscênio eleitoral é arapuca fatal. Mas, convencer o ex-presidente a sair de cena, quem há-de? A fogueira das vaidades, nestas horas, fala mais alto.
Em outro front, a guerra fraticida dos serristas com a patota do Geraldo Alckmin pega fogo nos bastidores. Por trás dos sorrisos amarelos, há uma virulenta disputa para dividir o butim entre os diversos grupos do tucanato.
Garras afiadas e penas voando emolduram a rinha mais chique de São Paulo. Quem conhece, sabe: o maior pesadelo dos serristas é a hipótese, nada improvável, de o governador paulista levar uma surra nas presidenciais e, de quebra, ver o rival Alckimin governador...
Serra se vê sitiado pelo fogo amigo. Fora de São Paulo, Aécio pode deixá-lo na orfandade. FHC é o corregilionário incômodo. Com Alckmin e sua troupe o problema é outro: eles guardam no fundo d'alma um amargo desejo de vendetta, prato que, como se sabe, se serve frio.
O samba-enredo tucano, na sua versão coreográfica paulista, pode fazer feio no sambódromo eleitoral. Nota zero no quesito harmonia! E não é só: para deleite da patuleia, esse bloco desengonçado pode amargar mais um Carnaval no grupo de acesso.
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