Segunda-feira passada, Haroldo Lima, o diretor-geral da ANP - Agência Nacional de Petróleo - proferiu uma palestra sobre o petróleo. Falou da história do petróleo no Brasil e no mundo, sua importância estratégica, etc. e tal.
Para Haroldo, a Petrobrás é uma empresa estratégica para um projeto nacional de desenvolvimento soberano. O principal problema, segundo ele, é que 2/3 das ações da empresa hoje são de propriedade de capital privado, a maior parte estrangeira.
Para ele, uma iniciativa importante seria usar recursos da exploração do pré-sal para aumentar a participação da União na composição acionária da Petrobrás. Para, pelo menos, 60%, defende Haroldo.
Sobre a polêmica dos leilões, o diretor-geral da ANP diz que o modelo brasileiro é o mais adotado no mundo. A Petrobrás tem se fortalecido por essa via e o controle estatal sobre a exploração não está em risco. A abertura para a disputa em áreas de risco, sempre segundo ele, é uma opção economicamente mais vantajosa, já que o petróleo só tem valor se for retirado, e os leilões acabam ampliando o número de perfurações.
É uma posição que tem recebido muitas críticas. O jornal Hora do Povo critica bastante o dirigente da ANP e algumas organizações e personalidades políticas ligadas ao setor também. É uma controvérsia que não foi devidamente equacionada.
Quem atua nos movimentos sociais, por exemplo, adotou a posição contrária aos leilões. Hoje mesmo, em ato realizado na Av. Paulista, em frente à sede da petrobrás, veio à tona o bordão "leilão é privatização". O portal da CTB destacou o bordão, e a matéria foi reproduzida no Vermelho.
Considero necessário um posicionamento mais amplo sobre o assunto, já que a imensa maioria das pessoas não domina o assunto e pode cair nesta ou naquela posição sem se ancorar em argumentos sólidos.
Opiniões, comentários e notas sobre política, sindicalismo, economia, esporte, cultura e temas correlatos.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Petróleo
Segunda-feira passada, Haroldo Lima, o diretor-geral da ANP - Agência Nacional de Petróleo - proferiu uma palestra sobre o petróleo. Falou da história do petróleo no Brasil e no mundo, sua importância estratégica, etc. e tal.
Para Haroldo, a Petrobrás é uma empresa estratégica para um projeto nacional de desenvolvimento soberano. O principal problema, segundo ele, é que 2/3 das ações da empresa hoje são de propriedade de capital privado, a maior parte estrangeira.
Para ele, uma iniciativa importante seria usar recursos da exploração do pré-sal para aumentar a participação da União na composição acionária da Petrobrás. Para, pelo menos, 60%, defende Haroldo.
Sobre a polêmica dos leilões, o diretor-geral da ANP diz que o modelo brasileiro é o mais adotado no mundo. A Petrobrás tem se fortalecido por essa via e o controle estatal sobre a exploração não está em risco. A abertura para a disputa em áreas de risco, sempre segundo ele, é uma opção economicamente mais vantajosa, já que o petróleo só tem valor se for retirado, e os leilões acabam ampliando o número de perfurações.
É uma posição que tem recebido muitas críticas. O jornal Hora do Povo critica bastante o dirigente da ANP e algumas organizações e personalidades políticas ligadas ao setor também. É uma controvérsia que não foi devidamente equacionada.
Quem atua nos movimentos sociais, por exemplo, adotou a posição contrária aos leilões. Hoje mesmo, em ato realizado na Av. Paulista, em frente à sede da petrobrás, veio à tona o bordão "leilão é privatização". O portal da CTB destacou o bordão, e a matéria foi reproduzida no Vermelho.
Considero necessário um posicionamento mais amplo sobre o assunto, já que a imensa maioria das pessoas não domina o assunto e pode cair nesta ou naquela posição sem se ancorar em argumentos sólidos.
Para Haroldo, a Petrobrás é uma empresa estratégica para um projeto nacional de desenvolvimento soberano. O principal problema, segundo ele, é que 2/3 das ações da empresa hoje são de propriedade de capital privado, a maior parte estrangeira.
Para ele, uma iniciativa importante seria usar recursos da exploração do pré-sal para aumentar a participação da União na composição acionária da Petrobrás. Para, pelo menos, 60%, defende Haroldo.
Sobre a polêmica dos leilões, o diretor-geral da ANP diz que o modelo brasileiro é o mais adotado no mundo. A Petrobrás tem se fortalecido por essa via e o controle estatal sobre a exploração não está em risco. A abertura para a disputa em áreas de risco, sempre segundo ele, é uma opção economicamente mais vantajosa, já que o petróleo só tem valor se for retirado, e os leilões acabam ampliando o número de perfurações.
É uma posição que tem recebido muitas críticas. O jornal Hora do Povo critica bastante o dirigente da ANP e algumas organizações e personalidades políticas ligadas ao setor também. É uma controvérsia que não foi devidamente equacionada.
Quem atua nos movimentos sociais, por exemplo, adotou a posição contrária aos leilões. Hoje mesmo, em ato realizado na Av. Paulista, em frente à sede da petrobrás, veio à tona o bordão "leilão é privatização". O portal da CTB destacou o bordão, e a matéria foi reproduzida no Vermelho.
Considero necessário um posicionamento mais amplo sobre o assunto, já que a imensa maioria das pessoas não domina o assunto e pode cair nesta ou naquela posição sem se ancorar em argumentos sólidos.
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Um ponto fora da curva
A nota da bancada estadual do PT paulista, demandando um candidato do partido para a sucessão estadual, é precipitada erevela, uma vez mais, uma das marcas do DNA do partido: o exclusivismo.
Depois de uma série de derrotas no Estado, o PT deveria, por dever de ofício, alargar o leque de opções, buscar hipóteses alternativas para enfrentar os favoritos tucanos nas eleições para o governo paulista de 2010.
Pessoa com visão mais estratégica, o Zé Dirceu tem uma opinião mais consistente sobre a matéria, trabalhando com o nome de Ciro Gomes como uma opção razoável.
Depois de uma série de derrotas no Estado, o PT deveria, por dever de ofício, alargar o leque de opções, buscar hipóteses alternativas para enfrentar os favoritos tucanos nas eleições para o governo paulista de 2010.
Pessoa com visão mais estratégica, o Zé Dirceu tem uma opinião mais consistente sobre a matéria, trabalhando com o nome de Ciro Gomes como uma opção razoável.
CTB
Seminário de formação de dois dias e mais um dia para a última reunião. Foi o querolou na CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
O clima está para lá de bom, alto astral, uma sensação compartilhada por todos que o projeto CTB deu certo, a central está mais enraízada, bastante unida e com clareza dos seus objetivos. E também dos seus problemas.
Pelo andar da carruagem, o II Congresso da CTB, a realizar-se nos dias 24, 25 e 26 de setembro, no Anhembi, em São Paulo, vai ser uma celebração.
O clima está para lá de bom, alto astral, uma sensação compartilhada por todos que o projeto CTB deu certo, a central está mais enraízada, bastante unida e com clareza dos seus objetivos. E também dos seus problemas.
Pelo andar da carruagem, o II Congresso da CTB, a realizar-se nos dias 24, 25 e 26 de setembro, no Anhembi, em São Paulo, vai ser uma celebração.
Um ponto fora da curva
A nota da bancada estadual do PT paulista, demandando um candidato do partido para a sucessão estadual, é precipitada erevela, uma vez mais, uma das marcas do DNA do partido: o exclusivismo.
Depois de uma série de derrotas no Estado, o PT deveria, por dever de ofício, alargar o leque de opções, buscar hipóteses alternativas para enfrentar os favoritos tucanos nas eleições para o governo paulista de 2010.
Pessoa com visão mais estratégica, o Zé Dirceu tem uma opinião mais consistente sobre a matéria, trabalhando com o nome de Ciro Gomes como uma opção razoável.
Depois de uma série de derrotas no Estado, o PT deveria, por dever de ofício, alargar o leque de opções, buscar hipóteses alternativas para enfrentar os favoritos tucanos nas eleições para o governo paulista de 2010.
Pessoa com visão mais estratégica, o Zé Dirceu tem uma opinião mais consistente sobre a matéria, trabalhando com o nome de Ciro Gomes como uma opção razoável.
CTB
Seminário de formação de dois dias e mais um dia para a última reunião. Foi o querolou na CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil.
O clima está para lá de bom, alto astral, uma sensação compartilhada por todos que o projeto CTB deu certo, a central está mais enraízada, bastante unida e com clareza dos seus objetivos. E também dos seus problemas.
Pelo andar da carruagem, o II Congresso da CTB, a realizar-se nos dias 24, 25 e 26 de setembro, no Anhembi, em São Paulo, vai ser uma celebração.
O clima está para lá de bom, alto astral, uma sensação compartilhada por todos que o projeto CTB deu certo, a central está mais enraízada, bastante unida e com clareza dos seus objetivos. E também dos seus problemas.
Pelo andar da carruagem, o II Congresso da CTB, a realizar-se nos dias 24, 25 e 26 de setembro, no Anhembi, em São Paulo, vai ser uma celebração.
Corinthians x Inter
Um jogo disputado e dramático. Corinthians e Internacional mostraram que são, hoje, duas das melhores equipe dos Brasil. A vitória do Corinthians foi muito afirmativa, dá uma boa vantagem, mas o jogo de volta promete mais emoções.
O Poderoso Timão pode matar o Inter em um contra-ataque mortal. É o que prevejo! Anotem e me cobrem depois.
O Poderoso Timão pode matar o Inter em um contra-ataque mortal. É o que prevejo! Anotem e me cobrem depois.
Problema complicado
Um dos problemas mais complicados é a relação conflituosa entre governantes do campo democrático e sindicatos de servidores públicos. Não existe solução simples para essa controvérsia.
A experiência tem mostrado que só a presença, nos dois lados do balcão, de cabeças maduras, equilibradas e sagazes pode mitigar as contradições e tornar as divergências, no mínimo, civilizadas.
O governante é eleito com o voto e o apoio militante dos sindicalistas. Governando, o eleito se defronta com dificuldades para atender as demandas dos seus abnegados apoiadores do período eleitoral. Outros, passam a tratar o movimento como oposição e, por essa via, transformam a relação amistosa em conflito aberto.
Os sindicalistas, por outro lado, imaginam que, com um governo democrático, terão mais espaço para reivindicar e mais conquistas a comemorar. Essa percepção é, em muitas oportunidades, aproveitada por setores conservadores e apáticos do sindicalismo para exacerbar os pedidos e provocar o impasse.
O primeiro governo Lula provocou uma baixa no PT: pode-se dizer que o PSOL surgiu a partir do debate sobre a reforma da previdência promovida pelo governo. Em São Paulo, a prefeitura dirigida por Luiza Erundina e o Sindicato dos Condutores, dirigido na época por petistas, acirraram as disputas.
No governo de Marta Suplicy (2000/2004) em São Paulo, o presidente do Sinpeem (professores municipais) e um ex-vereador do PCdoB, rompeu com a prefeita e o partido por divergências no uso orçamentário das verbas da Educação.
A lista de problemas é enorme. A de soluções, pequena. Por isso me preocupa o esgarçamento das relações entre a Prefeitura de Aracaju e os sindicatos de servidores filiados à CTB. A corda está esticada demais.
Se os problemas não forem equacionados e tratados com grandeza política, o estrago será geral. Não entro no mérito das responsabilidades, apenas registro o que é possível se registrar. Cada qual sabe de suas responsabilidades, proporcionais ao tamanho e ao peso de sua liderança.
A experiência tem mostrado que só a presença, nos dois lados do balcão, de cabeças maduras, equilibradas e sagazes pode mitigar as contradições e tornar as divergências, no mínimo, civilizadas.
O governante é eleito com o voto e o apoio militante dos sindicalistas. Governando, o eleito se defronta com dificuldades para atender as demandas dos seus abnegados apoiadores do período eleitoral. Outros, passam a tratar o movimento como oposição e, por essa via, transformam a relação amistosa em conflito aberto.
Os sindicalistas, por outro lado, imaginam que, com um governo democrático, terão mais espaço para reivindicar e mais conquistas a comemorar. Essa percepção é, em muitas oportunidades, aproveitada por setores conservadores e apáticos do sindicalismo para exacerbar os pedidos e provocar o impasse.
O primeiro governo Lula provocou uma baixa no PT: pode-se dizer que o PSOL surgiu a partir do debate sobre a reforma da previdência promovida pelo governo. Em São Paulo, a prefeitura dirigida por Luiza Erundina e o Sindicato dos Condutores, dirigido na época por petistas, acirraram as disputas.
No governo de Marta Suplicy (2000/2004) em São Paulo, o presidente do Sinpeem (professores municipais) e um ex-vereador do PCdoB, rompeu com a prefeita e o partido por divergências no uso orçamentário das verbas da Educação.
A lista de problemas é enorme. A de soluções, pequena. Por isso me preocupa o esgarçamento das relações entre a Prefeitura de Aracaju e os sindicatos de servidores filiados à CTB. A corda está esticada demais.
Se os problemas não forem equacionados e tratados com grandeza política, o estrago será geral. Não entro no mérito das responsabilidades, apenas registro o que é possível se registrar. Cada qual sabe de suas responsabilidades, proporcionais ao tamanho e ao peso de sua liderança.
Corinthians x Inter
Um jogo disputado e dramático. Corinthians e Internacional mostraram que são, hoje, duas das melhores equipe dos Brasil. A vitória do Corinthians foi muito afirmativa, dá uma boa vantagem, mas o jogo de volta promete mais emoções.
O Poderoso Timão pode matar o Inter em um contra-ataque mortal. É o que prevejo! Anotem e me cobrem depois.
O Poderoso Timão pode matar o Inter em um contra-ataque mortal. É o que prevejo! Anotem e me cobrem depois.
Problema complicado
Um dos problemas mais complicados é a relação conflituosa entre governantes do campo democrático e sindicatos de servidores públicos. Não existe solução simples para essa controvérsia.
A experiência tem mostrado que só a presença, nos dois lados do balcão, de cabeças maduras, equilibradas e sagazes pode mitigar as contradições e tornar as divergências, no mínimo, civilizadas.
O governante é eleito com o voto e o apoio militante dos sindicalistas. Governando, o eleito se defronta com dificuldades para atender as demandas dos seus abnegados apoiadores do período eleitoral. Outros, passam a tratar o movimento como oposição e, por essa via, transformam a relação amistosa em conflito aberto.
Os sindicalistas, por outro lado, imaginam que, com um governo democrático, terão mais espaço para reivindicar e mais conquistas a comemorar. Essa percepção é, em muitas oportunidades, aproveitada por setores conservadores e apáticos do sindicalismo para exacerbar os pedidos e provocar o impasse.
O primeiro governo Lula provocou uma baixa no PT: pode-se dizer que o PSOL surgiu a partir do debate sobre a reforma da previdência promovida pelo governo. Em São Paulo, a prefeitura dirigida por Luiza Erundina e o Sindicato dos Condutores, dirigido na época por petistas, acirraram as disputas.
No governo de Marta Suplicy (2000/2004) em São Paulo, o presidente do Sinpeem (professores municipais) e um ex-vereador do PCdoB, rompeu com a prefeita e o partido por divergências no uso orçamentário das verbas da Educação.
A lista de problemas é enorme. A de soluções, pequena. Por isso me preocupa o esgarçamento das relações entre a Prefeitura de Aracaju e os sindicatos de servidores filiados à CTB. A corda está esticada demais.
Se os problemas não forem equacionados e tratados com grandeza política, o estrago será geral. Não entro no mérito das responsabilidades, apenas registro o que é possível se registrar. Cada qual sabe de suas responsabilidades, proporcionais ao tamanho e ao peso de sua liderança.
A experiência tem mostrado que só a presença, nos dois lados do balcão, de cabeças maduras, equilibradas e sagazes pode mitigar as contradições e tornar as divergências, no mínimo, civilizadas.
O governante é eleito com o voto e o apoio militante dos sindicalistas. Governando, o eleito se defronta com dificuldades para atender as demandas dos seus abnegados apoiadores do período eleitoral. Outros, passam a tratar o movimento como oposição e, por essa via, transformam a relação amistosa em conflito aberto.
Os sindicalistas, por outro lado, imaginam que, com um governo democrático, terão mais espaço para reivindicar e mais conquistas a comemorar. Essa percepção é, em muitas oportunidades, aproveitada por setores conservadores e apáticos do sindicalismo para exacerbar os pedidos e provocar o impasse.
O primeiro governo Lula provocou uma baixa no PT: pode-se dizer que o PSOL surgiu a partir do debate sobre a reforma da previdência promovida pelo governo. Em São Paulo, a prefeitura dirigida por Luiza Erundina e o Sindicato dos Condutores, dirigido na época por petistas, acirraram as disputas.
No governo de Marta Suplicy (2000/2004) em São Paulo, o presidente do Sinpeem (professores municipais) e um ex-vereador do PCdoB, rompeu com a prefeita e o partido por divergências no uso orçamentário das verbas da Educação.
A lista de problemas é enorme. A de soluções, pequena. Por isso me preocupa o esgarçamento das relações entre a Prefeitura de Aracaju e os sindicatos de servidores filiados à CTB. A corda está esticada demais.
Se os problemas não forem equacionados e tratados com grandeza política, o estrago será geral. Não entro no mérito das responsabilidades, apenas registro o que é possível se registrar. Cada qual sabe de suas responsabilidades, proporcionais ao tamanho e ao peso de sua liderança.
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