sexta-feira, 3 de junho de 2011

5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente

Dia 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi consagrada pela resolução da  Conferência das Nações Unidas de 15 de dezembro de 1972. A definição da data foi produto de uma justa preocupação que, crescentemente, passa a ocupar o topo da agenda mundial - a questão ambiental.

Isso não significa, todavia, que haja um consenso universal sobre a matéria. A verdade é que a temática ambiental também integra a lista de contenciosos entre os países, refletindo interesses contraditórios de cada um deles.

Um exemplo é o desenvolvimento sustentável. A expressão foi cunhada na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco-92, realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992. A Conferência aprovou um conceito amplo, segundo o qual todos os países deveriam conciliar desenvolvimento econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas.

A Eco-92 também apontou os principais responsáveis pelos danos ambientais: os países desenvolvidos. Com isso, estabeleceu-se uma espécie de pacto entre os países:  responsabilidades comuns, mas diferenciadas. Bonito na teoria, na hora da prática é que o bicho pega.

O Protocolo de Kyoto é emblemático. Aprovado em dezembro de 1999, no Japão, estabelece cotas máximas e planos de redução de emissão de gases de efeito estufa para os países ricos. Os EUA, maior poluidor do mundo, jogaram água no chope e se recusaram a assinar o documento.

A ação de ONGs sediadas nos EUA e na Europa também expressa interesses dos países centrais encobertos pelo manto da defesa do meio ambiente. Entidades como o Greenpeace e a WWF, por exemplo, posam de campeãs de defesa ambiental, mas na prática fazem o jogo dos países ricos.

Dois exemplos sintomáticos: a campanha contra a atualização do Código Florestal brasileiro e contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Tanto em um caso como em outro, essas Ongs têm postura perniciosa e contrárias à soberania do país para construir o seu desenvolvimento.

Por isso, ao celebrar-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, é fundamental resgatar o conceito de Desenvolvimento Sustentável. Por esse conceito, devemos compatibilizar a necessidade estratégica de o país desenvolver-se de forma duradoura sem se descuidar do meio ambiente.

Criar falsos antagonismos entre crescimento econômico e meio ambiente é militar contra os interesses maiores da nação e do seu povo. Um país de dimensões continentais como o Brasil, com 190 milhões de habitantes, não pode dar-se ao luxo de abrir mão do desenvolvimento.






quarta-feira, 1 de junho de 2011

Um ano da nova Conclat!

Há um ano o estádio municipal do Pacaembu recebia cerca de 30 mil sindicalistas para a realização de uma nova Conferência Nacional da Classe Trabalhadora (Conclat).
A manhã fria e chuvosa do 1º de junho de 2010 não foi suficiente para arrefecer o entusiasmo dos sindicalistas de todo o país. A plenária do Pacaembu tinha o objetivbo de aprovar uma Agenda da Classe Trabalhadora para servir de base para o posicionamento das centrais sindicais nas eleições e depois dela.

A agenda aprovada é uma espécie de carta-programa do sindicalismo brasileiro para um largo período histórico. Servirá de base para a unidade e âncora para a mobilização dos trabalhadores brasileiros, como atestou os massivos atos de 1º de maio realizados em todo o país.

Por uma série de circunstâncias positivas, o Brasil vive o terceiro governo progressista e conseguiu, mesmo com todas as dificuldades, uma grande façanha: unificar o sindicalismo brasileiro. A luta pelo desenvolvimento com valorização do trabalho funciona como amálgama dessa unidade.

Ao celebrar o primeiro aniversário da nova Conclat, é importante destacar que o protagonismo dos trabalhadores se apoia nesses dois pilares: unidade e mobilização. O documento aprovado em 1º de junho do ano passado aponta para esse caminho.

Viva a unidade e a luta dos trabalhadores brasileiros!

Viva o primeiro aniversário da Conclat!

domingo, 29 de maio de 2011

Reunião de Lula com as centrais sindicais

Na última sexta-feira,dia 27/5, no Instituto da Cidadania, o ex-presidente Lula e o ex-ministro Luiz Dulci receberam as centrais sindicais para tratar da reforma política. O prestígio de Lula continua muito alto. Dois exemplos: todos os presidentes das centrais compareceram e uma multidão de jornalistas cobria o evento.

A imprensa já divulgou que a reunião produziu uma proposta importante. A proposta de realização de uma grande plenária, com os partidos políticos e os movimentos sociais, para impulsionar a campanha por uma reforma política que garanta mais democracia, mais força aos partidos e menor custo para as eleições.

Quando Lula se reúne com sindicalistas, é óbvio, sempre entra a agenda sindical. A Cut, por exemplo, passou pelo constrangimento de ver o presidente se posicionar a respeito do imposto sindical; "quem não precisa do imposto, devolve, quem precisa fica com ele, do jeito que está na lei",disse Lula.

Era exatamente tudo o que a CUT não queria ouvir. E ouviu! Como diz o ditado, foi buscar lã e saiu tosquiada. Outra bola fora da CUT, demonstração de uma terrível inabilidade política, foi pedir a cabeça do ministro do Trabalho quando, na verdade, é a cabeça de outro ministro que está no cadafalso.

De bom foi a anuência do Lula em discutir com as centrais a luta pela redução da jornada, fim do fator previdenciário, regulamentação das terceirizações e outras matérias de interesse dos trabalhadores. Luiz Dulci ficou com a tarefa de agendar essa reunião de propósitos especifícos.

Na reunião Lula demonstrou preocupação com os problemas atuais enfrentados pelo governo. Segundo ele, é a sempiterna ação midiática para desestabilizar governos com os quais não tem afinidade. Disse que torce para o êxito do governo Dilma, que será êxito dele próprio.

Não disse uma palavra sobre a votação do Código Florestal, mas antes da reunião, no Instituto, havia um certo "clima" no ar decorrente de uma noticiada trombada entre a Casa Civil e a bancada do PMDB. No choque, as avarias maiores não ficaram no partido de Michel Temer, como todo mundo sabe.