sábado, 20 de novembro de 2010

7º Congresso do Sintaema

O Sintaema - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo realiza seu 7º Congresso. O evento, em Atibaia, começou nesta quinta-feira, dia 18 e se estenderá até domingo, dia 21.

A entidade representa cerca de 23 mil trabalhadores do setor de saneamento ambiental vinculados à Sabesp, Cetesb, Saned, Fundação Florestal , Foz do Brasil (Mauá) e mais seis empresas pequenas. Treze mil trabalhadores da categoria são sindicalizados.

Participam do Congresso 259 delegados, a maioria dos quais identificados com a CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. A diretoria também é composta por sindicalistas da CUT e da Intersindical. A oposição se faz presente por intermédio da Conlutas.

Sem polêmicas maiores, o Congresso se realiza em um clima tranquilo. As maiores movimentações das forças políticas se voltam, como já era de esperar, para os preparativos das eleições do Sintaema, que deve ocorrer no final do ano que vem.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A oposição em transe

PSDB, DEM e PPS vivem crise de tensão pós-eleitoral. Com bancadas bastante reduzidas no Congresso Nacional e amargando a terceira derrota consecutiva nas eleições presidenciais, os caciques dessas legendas procuram interpretar a nova situação e esboçam mudanças para garantir a sobrevivência futura.

Do alto do poleiro, os tucanos, por exemplo,  procuram no seu alfarrábio palavras bonitas para mascarar os seus próprios impasses. Uns falam em "refundar", outros em "reinventar" a legenda, pérolas literárias que, em bom português, podem ser traduzidas como a dramática busca para reconquistar a maioria perdida.

O DEM, para não variar, também curte suas crises existenciais. O labirinto dos antigos pefelês tem pelos menos três atalhos: uns querem se juntar ao PSDB, outros ao PMDB e um terceiro grupo, mais açodado, já tira o time de campo e avisa: "o último que sair, apague a luz".

O PPS, partido-satélite da oposição conservadora, curte o seu inferno astral sem lenço e sem documento. Sem musculatura para bater de frente com o novo governo, ensaia uma oposição mais "light", enquanto alguns de seus líderes não vêem a hora de ir para o colo do PSDB.

Se a oposição conservadora vai mal das pernas, a chamada "oposição de esquerda" também não vive os seus melhores dias. PSTU e PCB mantém o viés de baixa em suas votações e o PSOL patina. Seu candidato presidencial teve votação pífia e sua representação parlamentar se mantém estagnada.

A base real que explica as dificuldades das correntes de oposição no Brasil é o fato puro e simples de que todas elas trafegam na contra-mão. O país vive um período singular de sua História. Desenvolvimento, democracia, soberania e justiça social são os pilares que sustentam esse novo ciclo.

Não é de se admirar, portanto, que a ampla maioria do eleitorado faça ouvidos moucos aos discursos da oposição. Seja ela de direita ou de "esquerda".