sexta-feira, 15 de maio de 2009

Análise histórica

Há um pensamento atrasado, embalado com falsas cores brilhantes, que faz uma análise derrotista da História do Brasil. A quintessência dessa vertente interpretativa do Brasil é achar que nossa história é uma coleção de derrotas e fracassos, uma eterna manobra das elites dominantes contra um povo explorado e oprimido.



Para dar ares de cientificidade a essa visão conspirativa e ahistórica do país, afirma-se que o Brasil é o país da conciliação e que aqui nestas plagas a palavra ruptura foi riscada do dicionário. Os exemplos pululam: Independência com monarquia e imperador português, Abolição sem reforma agrária e integração social dos negros, República dirigida pelas elites latifundiárias e por aí vai.



Esse raciocínio linear, mesmo dizendo o contrário, apaga o papel do povo na história. Parece um "deja vu", eternos conciliábulos das elites para forjar um país à sua imagem e semelhança.



Digo tudo isso para contestar uma opinião segundo a qual a Abolição da Escravatura foi uma armação escravocrata e a data deveria ser riscada das grandes efemérides nacionais. Uma leitura mais atenta mostrará que o 13 de maio foi o ápice do movimento abolicionista, movimento que incorpora a luta dos sujeitos da escravidão - os escravos - e também uma plêiade de lutadores que, por distintas razões e distintos meios, somaram sua voz e sua luta para dar um fim a esse iníquo modo de produção.



Da forma como enxergo a questão, não vejo contradição entre incorporar o 13 de maio a datas marcantes de nossa história como o 7 de setembro, o 15 de novembro e o 20 de novembro de celebração de Zumbi dos Palmares.



São datas e feitos complementares, todos eles dando um sentido positivo e progressista ao país, da mesma forma como o fim do regime militar, contrariando boa parte das expectativas, se viabilizou em pleno Colégio Eleitoral e o primeiro presidente da República pós-ditadura, por ironia da história, foi nada mais nada menos do que o ex-presidente do PDS, partido de sustentação da ditadura, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, mais conhecido como José Sarney.



Rendo, portanto, aqui e agora, meu reconhecimento de que a lei abaixo, de nº 3.353, de 13 de maio de 1888, que declara extinta a escravidão no Brasil, não pode ser considerada uma farsa.



"A PRINCESA IMPERIAL Regente em Nome de Sua Majestade o Imperador o Senhor D. Pedro II, Faz saber a todos os súditos do IMPÉRIO que a Assembléia Geral Decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:
Art. 1º - É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário.



Manda portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém.
O Secretário de Estado dos Negócios d'Agricultura, Comércio e Obras Públicas e Interino dos Negócios Estrangeiros Bacharel Rodrigo Augusto da Silva do Conselho de Sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar e correr.
Dado no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de Maio de 1888 - 67º da Independência e do Império.
Carta de Lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o Decreto da Assembléia Geral, que Houve por bem sancionar declarando extinta a escravidão no Brasil, como nela se declara.
Para Vossa Alteza Imperial ver."

O generoso sangue do grande herói do povo, Zumbi dos Palmares, fertilizou o chão desse imenso país. É dele e de tantos outros lutadores o mérito histórico de enfrentar, resisitir e finalmente superar a escravidão. São elos de uma mesma corrente libertadora que algum dia também porá abaixo a escravidão moderna do trabalho assalariado.

Capoeira


No último dia 13 de maio, aniversário da Abolição da Escravatura, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou projeto de lei nº 809/2003, de nossa autoria, que autoriza o Poder Executivo a instituir a prática de aulas de capoeira, em caráter opcional, nas unidades da rede pública estadual, como atividade curricular de integração sócio-cultural e desportiva.
É tradição da Assembleia aprovar projetos que coincidem com datas históricas. Neste caso em particular, aaprovação foi possível graças ao empenho do novo deputado estadual do PCdoB naquela Casa, nosso companheiro Pedro Bigardi.

Análise histórica

Há um pensamento atrasado, embalado com falsas cores brilhantes, que faz uma análise derrotista da História do Brasil. A quintessência dessa vertente interpretativa do Brasil é achar que nossa história é uma coleção de derrotas e fracassos, uma eterna manobra das elites dominantes contra um povo explorado e oprimido.



Para dar ares de cientificidade a essa visão conspirativa e ahistórica do país, afirma-se que o Brasil é o país da conciliação e que aqui nestas plagas a palavra ruptura foi riscada do dicionário. Os exemplos pululam: Independência com monarquia e imperador português, Abolição sem reforma agrária e integração social dos negros, República dirigida pelas elites latifundiárias e por aí vai.



Esse raciocínio linear, mesmo dizendo o contrário, apaga o papel do povo na história. Parece um "deja vu", eternos conciliábulos das elites para forjar um país à sua imagem e semelhança.



Digo tudo isso para contestar uma opinião segundo a qual a Abolição da Escravatura foi uma armação escravocrata e a data deveria ser riscada das grandes efemérides nacionais. Uma leitura mais atenta mostrará que o 13 de maio foi o ápice do movimento abolicionista, movimento que incorpora a luta dos sujeitos da escravidão - os escravos - e também uma plêiade de lutadores que, por distintas razões e distintos meios, somaram sua voz e sua luta para dar um fim a esse iníquo modo de produção.



Da forma como enxergo a questão, não vejo contradição entre incorporar o 13 de maio a datas marcantes de nossa história como o 7 de setembro, o 15 de novembro e o 20 de novembro de celebração de Zumbi dos Palmares.



São datas e feitos complementares, todos eles dando um sentido positivo e progressista ao país, da mesma forma como o fim do regime militar, contrariando boa parte das expectativas, se viabilizou em pleno Colégio Eleitoral e o primeiro presidente da República pós-ditadura, por ironia da história, foi nada mais nada menos do que o ex-presidente do PDS, partido de sustentação da ditadura, o Sr. José Ribamar Ferreira de Araújo Costa, mais conhecido como José Sarney.



Rendo, portanto, aqui e agora, meu reconhecimento de que a lei abaixo, de nº 3.353, de 13 de maio de 1888, que declara extinta a escravidão no Brasil, não pode ser considerada uma farsa.



"A PRINCESA IMPERIAL Regente em Nome de Sua Majestade o Imperador o Senhor D. Pedro II, Faz saber a todos os súditos do IMPÉRIO que a Assembléia Geral Decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:
Art. 1º - É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário.



Manda portanto a todas as autoridades a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém.
O Secretário de Estado dos Negócios d'Agricultura, Comércio e Obras Públicas e Interino dos Negócios Estrangeiros Bacharel Rodrigo Augusto da Silva do Conselho de Sua Majestade o Imperador, o faça imprimir, publicar e correr.
Dado no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de Maio de 1888 - 67º da Independência e do Império.
Carta de Lei, pela qual Vossa Alteza Imperial manda executar o Decreto da Assembléia Geral, que Houve por bem sancionar declarando extinta a escravidão no Brasil, como nela se declara.
Para Vossa Alteza Imperial ver."

O generoso sangue do grande herói do povo, Zumbi dos Palmares, fertilizou o chão desse imenso país. É dele e de tantos outros lutadores o mérito histórico de enfrentar, resisitir e finalmente superar a escravidão. São elos de uma mesma corrente libertadora que algum dia também porá abaixo a escravidão moderna do trabalho assalariado.

Capoeira


No último dia 13 de maio, aniversário da Abolição da Escravatura, a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou projeto de lei nº 809/2003, de nossa autoria, que autoriza o Poder Executivo a instituir a prática de aulas de capoeira, em caráter opcional, nas unidades da rede pública estadual, como atividade curricular de integração sócio-cultural e desportiva.
É tradição da Assembleia aprovar projetos que coincidem com datas históricas. Neste caso em particular, aaprovação foi possível graças ao empenho do novo deputado estadual do PCdoB naquela Casa, nosso companheiro Pedro Bigardi.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Sucessão paulista II

Ao contrário de outros estados, o PSDB e seus aliados conquistaram uma forte hegemonia política em São Paulo. Esse é um problema de grandes proporções. Como o estado detém 20% do eleitorado nacional e é reduto da oposição conservadora, a tragédia paulista contamina politicamente o país.

O PSDB governa São Paulo desde janeiro de 1995, com a eleição de Mário Covas. Morto no segundo mandato, Covas passou o trono para Geraldo Alckmin e este para o atual governador José Serra. Já são 14 anos e cinco meses de reinado tucano!

Além do apoio da maioria dos partidos políticos (na Assembleia paulista só o PCdoB, PT e PSOL são de oposição), os tucanos tem forte apoio na mídia, no grande empresariado, na academia, no Judiciário e no Ministério Público. É um superpoder!

A base dessa articulação política são os poderosos interesses econômicos aqui concentrados. A fonte da popularidade do governo Lula - PAC, bolsa-família, prouni, luz para todos, valorização do salário mínimo - tem impacto menor em São Paulo. O que prevalece no imaginário social é a guerra midiática apoiada no denuncismo, na chacota e na desmorolização do governo Lula e do PT.

Diariamente o noticiário fala em corrupção, incompetência administrativa, gastança, relações externas desastrosas, alianças espúrias, campanhas eleitorais permanentes e por aí vai. Vale o água mole em pedra dura tanto bate até que fura...

A própria oposição não consegue articular um programa alternativo consistente, um discurso coeso e ações unitárias. Partidos como o PSOL e o PSTU batem com igual intensidade no governo Serra e no governo Lula, semeando confusão entre setores mais avançados. O PT paulista tem uma coleção dos seus principais quadros bombardeados por escândalos reais ou inventados e sempre amplificados.

Agora mesmo, na discussão dos nomes da oposição para disputar o governo do Estado, todas as chamadas estrelas de primeira grandeza do petismo estão chamuscadas. O PMDB quercista se bandeou para a seara tucana. O PSB, o PDT e o PCdoB não tem nomes de envergadura para enfrentar Alckimin, Aloysio Nunes ou quem quer que seja o candidado do condomínio conservador.

Guiados por FHC, os tucanos paulistas multiplicam seus esforços para compor com Aécio e o poderoso colégio eleitoral mineiro. Como abutres, também buscam se nutrir dos efeitos deletérios da crise. Desemprego, piora nas condições sociais e todas as mazelas são usados e abusados para debitar na conta do Lula e, assim, tentar corroer sua popularidade e sua capacidade de transferir prestígio para a sucessão.

Esse cenário pessimista pode ser revertido. Uma repactuação política do governo, ancorada nas forças do trabalho e da produção, aglutinada em uma ampla frente nucleada pela esquerda, com um programa claro de continuidade e aprofundamento do ciclo progressista pode desperar as energias do povo e das forças democráticas para conquistar êxito eleitoral.

Uma situação nacionalmente favorável injetará ânimo novo em São Paulo e poderá contrabalançar a atual correlação de forças desfavorável. Temos que reconhecer que o caminho em São Paulo é mais longo, tortuoso e difícil do que em outros estados, mas aqui sempre há um histórico positivo de grandes jornadas de lutas.

Mais do que nunca, devemos resgatar o celébre ensinamento de Marx, em uma de suas antológicas passagens no Manifesto do Partido Comunista, quando esse gênio da raça cravou a frase imortal segundo a qual "tudo o que é sólido se desmancha no ar".

A consciência dos brasileiros de São Paulo não pode ficar adormecida diante das forças da privatização, do conservadorismo político, das práticas recorrentes contra os trabalhadores e o povo mais sofrido.

A abundante obra publicitária do governo, reverberada por uma mídia dócil e comprometida com os tucanos, não poderá enganar a todos todo o tempo.

Sucessão paulista II

Ao contrário de outros estados, o PSDB e seus aliados conquistaram uma forte hegemonia política em São Paulo. Esse é um problema de grandes proporções. Como o estado detém 20% do eleitorado nacional e é reduto da oposição conservadora, a tragédia paulista contamina politicamente o país.

O PSDB governa São Paulo desde janeiro de 1995, com a eleição de Mário Covas. Morto no segundo mandato, Covas passou o trono para Geraldo Alckmin e este para o atual governador José Serra. Já são 14 anos e cinco meses de reinado tucano!

Além do apoio da maioria dos partidos políticos (na Assembleia paulista só o PCdoB, PT e PSOL são de oposição), os tucanos tem forte apoio na mídia, no grande empresariado, na academia, no Judiciário e no Ministério Público. É um superpoder!

A base dessa articulação política são os poderosos interesses econômicos aqui concentrados. A fonte da popularidade do governo Lula - PAC, bolsa-família, prouni, luz para todos, valorização do salário mínimo - tem impacto menor em São Paulo. O que prevalece no imaginário social é a guerra midiática apoiada no denuncismo, na chacota e na desmorolização do governo Lula e do PT.

Diariamente o noticiário fala em corrupção, incompetência administrativa, gastança, relações externas desastrosas, alianças espúrias, campanhas eleitorais permanentes e por aí vai. Vale o água mole em pedra dura tanto bate até que fura...

A própria oposição não consegue articular um programa alternativo consistente, um discurso coeso e ações unitárias. Partidos como o PSOL e o PSTU batem com igual intensidade no governo Serra e no governo Lula, semeando confusão entre setores mais avançados. O PT paulista tem uma coleção dos seus principais quadros bombardeados por escândalos reais ou inventados e sempre amplificados.

Agora mesmo, na discussão dos nomes da oposição para disputar o governo do Estado, todas as chamadas estrelas de primeira grandeza do petismo estão chamuscadas. O PMDB quercista se bandeou para a seara tucana. O PSB, o PDT e o PCdoB não tem nomes de envergadura para enfrentar Alckimin, Aloysio Nunes ou quem quer que seja o candidado do condomínio conservador.

Guiados por FHC, os tucanos paulistas multiplicam seus esforços para compor com Aécio e o poderoso colégio eleitoral mineiro. Como abutres, também buscam se nutrir dos efeitos deletérios da crise. Desemprego, piora nas condições sociais e todas as mazelas são usados e abusados para debitar na conta do Lula e, assim, tentar corroer sua popularidade e sua capacidade de transferir prestígio para a sucessão.

Esse cenário pessimista pode ser revertido. Uma repactuação política do governo, ancorada nas forças do trabalho e da produção, aglutinada em uma ampla frente nucleada pela esquerda, com um programa claro de continuidade e aprofundamento do ciclo progressista pode desperar as energias do povo e das forças democráticas para conquistar êxito eleitoral.

Uma situação nacionalmente favorável injetará ânimo novo em São Paulo e poderá contrabalançar a atual correlação de forças desfavorável. Temos que reconhecer que o caminho em São Paulo é mais longo, tortuoso e difícil do que em outros estados, mas aqui sempre há um histórico positivo de grandes jornadas de lutas.

Mais do que nunca, devemos resgatar o celébre ensinamento de Marx, em uma de suas antológicas passagens no Manifesto do Partido Comunista, quando esse gênio da raça cravou a frase imortal segundo a qual "tudo o que é sólido se desmancha no ar".

A consciência dos brasileiros de São Paulo não pode ficar adormecida diante das forças da privatização, do conservadorismo político, das práticas recorrentes contra os trabalhadores e o povo mais sofrido.

A abundante obra publicitária do governo, reverberada por uma mídia dócil e comprometida com os tucanos, não poderá enganar a todos todo o tempo.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Yeda


O portal http://www.vermelho.org.br/ publica uma opinião sobre as razões que levaram a revista Veja a jogar mais um torpedo no governo Yeda, do Rio Grande do Sul (artigo de Cristovão Feil, "Diário Gauche"). Eu sempre ponho as barbas de molho quando o denuncismo da mídia direitista atinge um dos seus.
Por isso achei bastante lógica a argumentação do referido articulista, para quem Veja quer mesmo é livrar os tucanos de um palanque desmoralizado com Yeda presente. Imagine Serra ou Aécio de mãos dadas com dona Yeda (como na foto da campanha passada)- um prato cheio para seus adversários.
As elites tratam seus "representantes" políticos como laranja. Bons enquanto ajudam, bagaços quando já não servem. A essa altura do campeonato eles procuram alternativas e querem que a Yeda se exploda.
Quem está rindo à toa é o Fogaça. As circunstâncias políticas conspiram a seu favor. A direção nacional do PT flertou com apoio a ele, e até os tucanos, com Yeda fora do páreo, podem ir de mala e cuia para o colo do peemdebista.
Há um vazio político no Rio Grande. A natureza e a política tem horror ao vácuo...

Yeda


O portal http://www.vermelho.org.br/ publica uma opinião sobre as razões que levaram a revista Veja a jogar mais um torpedo no governo Yeda, do Rio Grande do Sul (artigo de Cristovão Feil, "Diário Gauche"). Eu sempre ponho as barbas de molho quando o denuncismo da mídia direitista atinge um dos seus.
Por isso achei bastante lógica a argumentação do referido articulista, para quem Veja quer mesmo é livrar os tucanos de um palanque desmoralizado com Yeda presente. Imagine Serra ou Aécio de mãos dadas com dona Yeda (como na foto da campanha passada)- um prato cheio para seus adversários.
As elites tratam seus "representantes" políticos como laranja. Bons enquanto ajudam, bagaços quando já não servem. A essa altura do campeonato eles procuram alternativas e querem que a Yeda se exploda.
Quem está rindo à toa é o Fogaça. As circunstâncias políticas conspiram a seu favor. A direção nacional do PT flertou com apoio a ele, e até os tucanos, com Yeda fora do páreo, podem ir de mala e cuia para o colo do peemdebista.
Há um vazio político no Rio Grande. A natureza e a política tem horror ao vácuo...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Recordar é viver!


Foi fantástico! No dia 5 de dezembro de 1976, há mais de 32 anos, a torcida do Corinthians protagonizou o mais ousado deslocamento humano da história do futebol brasileiro (talvez até mundial!).
Setenta mil corintianos encurralaram a torcida do Fluminense em pleno Maracanã, na semi-final do Brasileirão/76.
Para coroar a festa, o Timão arrancou um empate do poderoso Flu de então e, nos penâltis, cravou 4 a 1, classificando-se, para delírio da Fiel. Foi a primeira e única vez em que um time fora do Rio tomou conta do Maracanã. Quem quiser rever é só procurar no http://blogs.abril.com.br/corinthians/2008/12/invasao-corinthiana.html. É uma festa carregada de emoções!!! A foto acima, pasmem! é da poderosa torcida do Timão no dia da invasão.

Recordar é viver!


Foi fantástico! No dia 5 de dezembro de 1976, há mais de 32 anos, a torcida do Corinthians protagonizou o mais ousado deslocamento humano da história do futebol brasileiro (talvez até mundial!).
Setenta mil corintianos encurralaram a torcida do Fluminense em pleno Maracanã, na semi-final do Brasileirão/76.
Para coroar a festa, o Timão arrancou um empate do poderoso Flu de então e, nos penâltis, cravou 4 a 1, classificando-se, para delírio da Fiel. Foi a primeira e única vez em que um time fora do Rio tomou conta do Maracanã. Quem quiser rever é só procurar no http://blogs.abril.com.br/corinthians/2008/12/invasao-corinthiana.html. É uma festa carregada de emoções!!! A foto acima, pasmem! é da poderosa torcida do Timão no dia da invasão.

domingo, 10 de maio de 2009

H1N1


Uma mutação genética, especulam os especialistas, deve ter gerado o influenza A subtipo H1N1, a tal gripe suína. Eu mesmo acabei uma gripe agora. Durou dez dias, um saco! Tosse, espirros, calafrios, vontade de não fazer nada. Sorte que foi uma gripe corintiana, campeã invicta, e não uma gripe suína. Eu, hein!

Massacre ao parlamento

A nova (nova?) campanha midiática tem o objetivo de jogar merda no ventilador do parlamento e dos seus ocupantes. Para isso, adotam o lema das delegacias (transformar lagartixa em jacaré) quando o indigitado não cai nas boas graças da autoridade de plantão.

A mídia verbera contra o caixa dois mas não aceita financiamento público de campanha. Execra o troca-troca partidário e a falta de organicidade dos partidos, mas põe o mundo abaixo quando se fala em votação em lista partidária.

É pura hipocricia. Essa campanha toda acaba irrigando a horta da direita. A base social da esquerda é muito mais crítica e sensível à essa campanha de desmoralização do parlamento. A base social da direita é palatável, aceita o vale-tudo, mesmo docemente constrangida.

Toda essa marola pode estar associada a uma tentativa de, preventivamente, demonizar possível aliança ampla em prol da continuidade política em 2010. É um saco de gatos os acordos políticos heterogêneos, na opinião esquemática dos publicistas midiáticos.

Vislumbrando uma situação em que o palanque de Serra ou de Aécio seja bem menos nutrido do que aquele do campo lulista, procura-se nublar o panorama e semear confusão. Eu, por exemplo, nunca vi ninguém criticar o amplo leque de apoio ao governo Serra na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Aqui, vários partidos que apoiam Lula em plano federal estão muito bem, obrigado, com o governador Serra. É o caso, por exemplo, de partidos como o PSB, PDT, sem falar no PMDB, PTB, PV. Oposição só o PT, PCdoB e PSOL.

A cultura política brasileira criou partidos assim, sem configuração programática nacional, regionalistas, pragmáticos, as mais das vezes dependentes e apêndices dos governantes de plantão. Nas Minas Gerais de Aécio é a mesma coisa.

Nós mesmos, bombardeados pela mídia, às vêzes caímos no canto de sereia e também passamos a criticar o Sarney, o Michel Temer, o Jader Barbalho e por aí vai. Os políticos "éticos" como Gabeira, Jarbas Vasconcelos, Suplicy e Pedro Simon são, todos eles, lobos vestidos com pele de cordeiro. Querem surfar na onda do moralismo udenista e posar de campeões dos bons costumes políticos. Não dou uma pataca furada por eles!

Cair nesse esquematismo fácil e maniqueísta de querer dividir as posições por critérios morais e não políticos e ideológicos é fazer o jogo do conservadorismo, é navegar nas águas rasas do senso comum, essa miséria acrítica que não consegue distinguir a diferença entre essência e aparência.

Campanhas desse tipo podem abrir caminho para ditaduras. É o que penso.

H1N1


Uma mutação genética, especulam os especialistas, deve ter gerado o influenza A subtipo H1N1, a tal gripe suína. Eu mesmo acabei uma gripe agora. Durou dez dias, um saco! Tosse, espirros, calafrios, vontade de não fazer nada. Sorte que foi uma gripe corintiana, campeã invicta, e não uma gripe suína. Eu, hein!

Massacre ao parlamento

A nova (nova?) campanha midiática tem o objetivo de jogar merda no ventilador do parlamento e dos seus ocupantes. Para isso, adotam o lema das delegacias (transformar lagartixa em jacaré) quando o indigitado não cai nas boas graças da autoridade de plantão.

A mídia verbera contra o caixa dois mas não aceita financiamento público de campanha. Execra o troca-troca partidário e a falta de organicidade dos partidos, mas põe o mundo abaixo quando se fala em votação em lista partidária.

É pura hipocricia. Essa campanha toda acaba irrigando a horta da direita. A base social da esquerda é muito mais crítica e sensível à essa campanha de desmoralização do parlamento. A base social da direita é palatável, aceita o vale-tudo, mesmo docemente constrangida.

Toda essa marola pode estar associada a uma tentativa de, preventivamente, demonizar possível aliança ampla em prol da continuidade política em 2010. É um saco de gatos os acordos políticos heterogêneos, na opinião esquemática dos publicistas midiáticos.

Vislumbrando uma situação em que o palanque de Serra ou de Aécio seja bem menos nutrido do que aquele do campo lulista, procura-se nublar o panorama e semear confusão. Eu, por exemplo, nunca vi ninguém criticar o amplo leque de apoio ao governo Serra na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Aqui, vários partidos que apoiam Lula em plano federal estão muito bem, obrigado, com o governador Serra. É o caso, por exemplo, de partidos como o PSB, PDT, sem falar no PMDB, PTB, PV. Oposição só o PT, PCdoB e PSOL.

A cultura política brasileira criou partidos assim, sem configuração programática nacional, regionalistas, pragmáticos, as mais das vezes dependentes e apêndices dos governantes de plantão. Nas Minas Gerais de Aécio é a mesma coisa.

Nós mesmos, bombardeados pela mídia, às vêzes caímos no canto de sereia e também passamos a criticar o Sarney, o Michel Temer, o Jader Barbalho e por aí vai. Os políticos "éticos" como Gabeira, Jarbas Vasconcelos, Suplicy e Pedro Simon são, todos eles, lobos vestidos com pele de cordeiro. Querem surfar na onda do moralismo udenista e posar de campeões dos bons costumes políticos. Não dou uma pataca furada por eles!

Cair nesse esquematismo fácil e maniqueísta de querer dividir as posições por critérios morais e não políticos e ideológicos é fazer o jogo do conservadorismo, é navegar nas águas rasas do senso comum, essa miséria acrítica que não consegue distinguir a diferença entre essência e aparência.

Campanhas desse tipo podem abrir caminho para ditaduras. É o que penso.

Para não dizer que não falei das flores

http://www.youtube.com/watch?v=efKbR1If3VQ

Deu Inter!


O Internacional é um dos melhores times do Brasil e um dos favoritos ao título do Brasileirão. Sendo assim, sua vitória hoje contra um Corinthians desfigurado (entrou em campo com oito reservas) não chega a ser surpresa. Tenho grandes dúvidas nessa tática de poupar jogadores para uma competição principal.


A Copa do Brasil é um atalho para a Libertadores, mas não chega nem no pé do Brasileirão. O Inter sai bem na foto, principalmente com o golaço de Nilmar *(na foto, em homenagem à Sônia), e os cabeças-de-bagre que o Mano Menezes escalou para substituir os titulares não tinham como superar o Colorado.
A perda da invencibilidade de 26 jogos no Pacaembu não é uma tragédia, mas tenho aquela velha opinião de que derrotas não servem para nada em futebol.
*A medicina esportiva evoluiu tanto que cirurgias no joelho hoje não acabam com os craques. Um deles é o Nilmar, que já jogou no Corinthians mas teve uma passagem traumática. O outro é o Ronaldo Fenômeno, o maior Fênix do futebol mundial.

Para não dizer que não falei das flores

http://www.youtube.com/watch?v=efKbR1If3VQ

Deu Inter!


O Internacional é um dos melhores times do Brasil e um dos favoritos ao título do Brasileirão. Sendo assim, sua vitória hoje contra um Corinthians desfigurado (entrou em campo com oito reservas) não chega a ser surpresa. Tenho grandes dúvidas nessa tática de poupar jogadores para uma competição principal.


A Copa do Brasil é um atalho para a Libertadores, mas não chega nem no pé do Brasileirão. O Inter sai bem na foto, principalmente com o golaço de Nilmar *(na foto, em homenagem à Sônia), e os cabeças-de-bagre que o Mano Menezes escalou para substituir os titulares não tinham como superar o Colorado.
A perda da invencibilidade de 26 jogos no Pacaembu não é uma tragédia, mas tenho aquela velha opinião de que derrotas não servem para nada em futebol.
*A medicina esportiva evoluiu tanto que cirurgias no joelho hoje não acabam com os craques. Um deles é o Nilmar, que já jogou no Corinthians mas teve uma passagem traumática. O outro é o Ronaldo Fenômeno, o maior Fênix do futebol mundial.