sexta-feira, 12 de junho de 2009

Eleições no Irã



Segundo projeções feitas nesta tarde de sexta-feira, o engenheiro Mahmaud Ahmadinejad, de 52 anos, deve ter sido reeleito presidente da República Islãmica do Irã. O país tem cerca de 69 milhões de habitantes e é uma pedra no sapato dos EUA.

O Irã tem uma parlamento unicameral de 290 membros, eleito por um período de quatro anos, como o presidente. O chefe de Estado vitalício é o aiatolá Ali Khamenei, comandante do Exército e responsável pela nomeação do chefe do Poder Judiciário. Ele pode, também, destituir o presidente da República, se este não obedecer a Constituição do país.

Ahmadinejad, se efetivamente vitorioso, terá mais quatro anos de governo, baseado em uma postura teocrática e nacionalista. Ele faz oposição à Israel e aos EUA e a principal tensão é o desenvolvimento da energia nuclear pelo Irã.


O Partido Tudeh, comunista, faz forte oposição e opta pelos chamados reformistas. Os comunistas no Irã atuam na clandestinidade e são perseguidos. É difícil compreender a complexa teia de interesses nesses processos eleitorais, já que toda a chamada mídia ocidental torce pela derrota de Ahmadinejad.


Eleições no Irã



Segundo projeções feitas nesta tarde de sexta-feira, o engenheiro Mahmaud Ahmadinejad, de 52 anos, deve ter sido reeleito presidente da República Islãmica do Irã. O país tem cerca de 69 milhões de habitantes e é uma pedra no sapato dos EUA.

O Irã tem uma parlamento unicameral de 290 membros, eleito por um período de quatro anos, como o presidente. O chefe de Estado vitalício é o aiatolá Ali Khamenei, comandante do Exército e responsável pela nomeação do chefe do Poder Judiciário. Ele pode, também, destituir o presidente da República, se este não obedecer a Constituição do país.

Ahmadinejad, se efetivamente vitorioso, terá mais quatro anos de governo, baseado em uma postura teocrática e nacionalista. Ele faz oposição à Israel e aos EUA e a principal tensão é o desenvolvimento da energia nuclear pelo Irã.


O Partido Tudeh, comunista, faz forte oposição e opta pelos chamados reformistas. Os comunistas no Irã atuam na clandestinidade e são perseguidos. É difícil compreender a complexa teia de interesses nesses processos eleitorais, já que toda a chamada mídia ocidental torce pela derrota de Ahmadinejad.


Ciro Gomes, governador paulista

Volta a frequentar o noticiário informações dando conta de que o deputado federal Ciro Gomes pode transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo e candidatar-se ao governo do estado nas eleições do ano que vem.

Ciro Gomes nasceu em Pindamonhangaba, São Paulo, e reúne todas as credenciais políticas para unificar um amplo campo político de oposição ao tucanato. Não é à toa que o Serra ficou irado com a hipótese, pois teme a língua ferina do ex-governador e ex-ministro.

De todas as opções que circulam e circularam para a disputa ao Palácio dos Bandeirantes, nenhum nome é melhor do que o do Ciro, na minha modesta opinião. De quebra, corremos o saudável risco de ter uma primeira-dama de fazer inveja ao Sarkozy! E afastamos algumas candidaturas fantasmas que poderiam deixar nosotros em saia-justa. Tô com ele e não abro!

Ciro Gomes, governador paulista

Volta a frequentar o noticiário informações dando conta de que o deputado federal Ciro Gomes pode transferir seu domicílio eleitoral para São Paulo e candidatar-se ao governo do estado nas eleições do ano que vem.

Ciro Gomes nasceu em Pindamonhangaba, São Paulo, e reúne todas as credenciais políticas para unificar um amplo campo político de oposição ao tucanato. Não é à toa que o Serra ficou irado com a hipótese, pois teme a língua ferina do ex-governador e ex-ministro.

De todas as opções que circulam e circularam para a disputa ao Palácio dos Bandeirantes, nenhum nome é melhor do que o do Ciro, na minha modesta opinião. De quebra, corremos o saudável risco de ter uma primeira-dama de fazer inveja ao Sarkozy! E afastamos algumas candidaturas fantasmas que poderiam deixar nosotros em saia-justa. Tô com ele e não abro!

quinta-feira, 11 de junho de 2009

República Socialista do Vietnã

No final do mês de julho devo participar de uma conferência sindical na República Socialista do Vietnã, em Hanói (foto).

Para aqueles que somos cinquentões, não há como não guardar uma das maiores epopeias do século XX que foi a derrota que os vietnamistas impuseram aos Estados Unidos. Uma das fotos mais chocantes foi a de Kin Phuc, uma menina com nove anos de idade, queimada pelas bombas dos EUA e fugindo do bombardeio. Hoje com 45 anos, ela é da Unesco e militante pacifista (acima, fotos dela queimada e outra mais recente). Vietnã, capital Hanói, tem 84,2 milhões de habitantes e segue edificando o socialismo. Vizinha da China, esse país tem pelo menos dois nomes que permanecerão de forma indelével em nossas memórias: Ho Chi Minh e Vo Nguyen Giap.




Ho Chi Minh (19/05/1890 a 02/09/1969) dirigiu o Vietnã em períodos turbulentos, sendo um dos heróis daquele país. A antiga capital do Vietnã do Sul, Saigon, hoje recebe seu nome, um tributo a um dos estadistas mais dignos do século XX.
Outra figura legendária é Vo Nguyen Giap, nascido em 25/08/1911 e atualmente Comandante-em-Chefe do Exército do Vietnã e Ministro da Defesa. Giap é considerado um dos maiores estrategistas militares dos tempos modernos e, entre suas façanhas, destacam-se às vitórias contra a França e os EUA.

Para citar um único exemplo, em março de 1954, Giap comandou as tropas de seu país na Batalha de Dien Bien Phu, contra os franceses. Com 70 mil homens, o comandante vietnamita encurralou os colonizadores da França, em uma batalha que teve sete mil franceses mortos e onze mil capturados, acabando com as tropas colonizadoras.

Cabe destacar, por fim, que o Vietnã foi o único país do mundo que conseguiu derrotar militarmente a superpotência estadunidense.

República Socialista do Vietnã

No final do mês de julho devo participar de uma conferência sindical na República Socialista do Vietnã, em Hanói (foto).

Para aqueles que somos cinquentões, não há como não guardar uma das maiores epopeias do século XX que foi a derrota que os vietnamistas impuseram aos Estados Unidos. Uma das fotos mais chocantes foi a de Kin Phuc, uma menina com nove anos de idade, queimada pelas bombas dos EUA e fugindo do bombardeio. Hoje com 45 anos, ela é da Unesco e militante pacifista (acima, fotos dela queimada e outra mais recente). Vietnã, capital Hanói, tem 84,2 milhões de habitantes e segue edificando o socialismo. Vizinha da China, esse país tem pelo menos dois nomes que permanecerão de forma indelével em nossas memórias: Ho Chi Minh e Vo Nguyen Giap.




Ho Chi Minh (19/05/1890 a 02/09/1969) dirigiu o Vietnã em períodos turbulentos, sendo um dos heróis daquele país. A antiga capital do Vietnã do Sul, Saigon, hoje recebe seu nome, um tributo a um dos estadistas mais dignos do século XX.
Outra figura legendária é Vo Nguyen Giap, nascido em 25/08/1911 e atualmente Comandante-em-Chefe do Exército do Vietnã e Ministro da Defesa. Giap é considerado um dos maiores estrategistas militares dos tempos modernos e, entre suas façanhas, destacam-se às vitórias contra a França e os EUA.

Para citar um único exemplo, em março de 1954, Giap comandou as tropas de seu país na Batalha de Dien Bien Phu, contra os franceses. Com 70 mil homens, o comandante vietnamita encurralou os colonizadores da França, em uma batalha que teve sete mil franceses mortos e onze mil capturados, acabando com as tropas colonizadoras.

Cabe destacar, por fim, que o Vietnã foi o único país do mundo que conseguiu derrotar militarmente a superpotência estadunidense.

Serra e Dilma iguais?

Certos setores tentam vender a ideia de que Serra e Dilma são iguais, tanto faz qual dos dois venha a assumir a presidência em primeiro de janeiro de 2011. Por essa tese, os dois seriam desenvolvimentistas na economia, parecidos na política e não mexeriam "no social".

O conhecido jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, em seminário promovido pela Fundação Maurício Grabois, entre críticas ácidas ao governo Lula externou esse ponto de vista, com um acento adicional. Para ele, Serra é até mais crítico à atual política macroeconõmica do que Dilma.

Em uma entrevista a um carderno especial do jornal "Valor Econômico", o sociólogo Gabriel Cohn, professor aposentado da USP, onde foi professor titular e diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, disse o seguinte:

"O que é o Serra? O Serra sempre representou, dentro do PSDB, a ala desenvolvimentista. Não seria uma diferença grande (o governo dele com o governo Lula), apesar da ânsia do Serra em desmontar tudo o que encontrar". Desmontar tudo o quê, ilustre professor?

Essas elocubrações ganham força quanto, por exemplo, o Lula diz, como disse ontem, brincando, que o Serra é o seu plano B, caso Dilma não vingue. Disse isso no contexto de uma reunião reservada de uma hora e meia entre os dois, sem testemunhas. Lula já chegou a dizer que é um luxo o Brasil ser governado por um dos dois (Serra ou Dilma).

Para além do controverso equivalente desenvolvimentista dos dois principais pré-candidatos nas presidenciais de 2010, deixo alguns registros para comparar a trajetória e as perspectivas em disputa.

Serra nunca recebeu lideranças sindicais ou do movimento popular no Estado, por diversas vezes tratou na porrada as mobilizações, alia-se ao que há de mais conservador na elite paulista, é o candidato queridinho da Folha, Estadão e Veja, é espartano nos gastos com políticas sociais (para ficar em um único e expressivo exemplo, São Paulo patina na educação pública com os piores indicadores do país).

Com ele presidente, a política externa do país sofreria uma inflexão negativa. Outro dia eu vi uma revista colombiana pró-Uribe, fazendo uma matéria bastante favorável ao governador paulista, eufórica com o favoritismo (nas pesquisas) do candidato brasileño nas eleições.

É um erro político grosseiro analisar as pessoas fora do contexto, do seu arco de relacionamento político e social, das engrenagens em que estão metidas. Serra tem orabo preso com o atraso, doa a quem doer.

Dilma constrói sua candidatura a partir de uma aliança centro-esquerda. Pode ser até que o centro fique mais forte, com a prioridade que se dá ao PMDB, mas a esquerda está presente na sua engenharia.

Outro é o caminho que segue o governador Serra. Ele navega com desenvolvutura nas águas da direita, firma um pacto importante com o Demo e procurar construir um campo de centro-direita para as eleições.

A verdadeira polarização está colocada. Ou se mantém e se aprofunda o ciclo progressista inaugurado com o governo Lula, ou recuamos e teremos as rédeas do país nas mãos conservadoras do tucananto e seus aliados.

A peroração rebuscada que tenta imacular a imagem do Serra não passa de cortina de fumaça para camuflar as diferenças e pavimentar o caminho do retorno dos conservadores ao governo. Não podemos pisar nessa casca de banana.

Pode-se e deve-se criticar o reformismo mitigado do Lula, sua postura de conciliação e não de reuptura e otras cositas más. Mas não captar as diferenças, aí não dá. Last, but nost least, o cara é palmeirense.

Tucanóides II

Ontem à noite eu encontrei um deputado estadual do PSDB e perguntei a ele quem seria o candidato dos tucanos ao governo de São Paulo. Rindo, ele respondeu: "a Dilma é quem escolhe. Se ela estiver forte, o Serra vai ter que engulir o Alckimin, que é uma candidatura construída. Se o governador achar que vai faturar a presidência, então ele lança o seu preferido, Aloysio Nunes (atual chefe da Casa Civil), nome a ser construído".

PIB

O PIB é o indicador de crescimento da economia. Mensura os dados da agropecuária, da indústria e dos serviços. Pelo lado da demanda, há o consumo das famílias e do do governo, as exportações e as importações (estas tem valor negativo), e a formação bruta de capitalo fixo.

Formação bruta de capital fixo é a expressão econômica para medir o que as empresas aumentam em bens de capital (máquinas, equipamentos, material de construção). Revela, portanto, a capacidade de crescimento do país e o "otimismo" dos empresário com a economia.

A formação bruta de capital fixo desabou 14% no primeiro trimestre deste ano, expressando a grande queda dos investimentos e a desconfiança genereralizada com o tamanho da crise. Esse é um indicador estratégico, precisa ser revertido. A diminuição do custo do dinheiro (menos juros) é um grande incentivo para irrigar o crédito e retomar os investimentos.

O consumo das famílias representa 60% do PIB. Salário, crédito, programas sociais ajudam o consumo, o mercado interno. O consmo também é um importante termômetro do humor da população com o governo.Como o consumo cresce há anos no país, o povão está com o Lula e não abre.

Por últmo, a força asiática. No primeiro trimestre do ano, a China cresceu 6,1% e a Índia 5,8%. Somados, esses dois países tem mais de 2,4 bilhões de habitantes! Todos os outros principais países do mundo recuaram, e bastante. O Japão desabou, no mesmo período, 15,2%, a Rússia, 9,5%, a Alemanha, 6,9%, os EUA 5,7%.

Nessa desgraceira toda, quase que dá para comemorar o fato de o Brasil ter recuado apenas 0,8% do PIB no primeiro trimestre. Esse queda suave permite antever que a curva do PIB brasileiro pode voltar a crescer ao longo do ano, zerando as perdas ou ficando até no azul.

E no ano que vem, o famoso 2010, deve ser melhor, segundo todos os economistas, os campeões mundiais em futurologia equivocada. Fala-se que a economia pode crescer entre 3,5% a 4%, o que daria mais força ao discurso do Lula de que o Brasil seria o último país a entrar na crise e o primeiro a sair.

Essa situação mostra que a crise pegou o Brasil mais bem preparado do que das outras vezes. Reservas cambiais de mais de 200 bilhões de dóalres, relações comerciais mais diversificadas, sistema público de bancos capaz de reverter a escassez de crédito no mercado, tudo isso ao lado de políticas importantes do governo, como a manutenção do PAC, da valorização do salário mínimo e dos programas sociais.

Merece destaque também as chamadas medidas anticíclicas. Denoneração tributária em setores como a indústria automobilística, as empresas da linha branca (geladeira, fogão), material de construção, tudo associado a créditos facilitados para alguns setores e programas como a construção de um milhão de casas populares.

Na contramão desses esforços, a continuada sangria da remessa de lucros e capitais para fora e o renitente conservadosirmo do COPOM. Ontem, em sua reunião, baixou os juros brasileiros para 9,25%, a primeira vez que a taxa Selic tem só um dígito. Se esse movimento tivesse sido mais forte e iniciado no segundo semestre do ano passado, a economia brasileira estaria melhor. Mas a dona banca é forte e domina os burocratas do BC.

Serra e Dilma iguais?

Certos setores tentam vender a ideia de que Serra e Dilma são iguais, tanto faz qual dos dois venha a assumir a presidência em primeiro de janeiro de 2011. Por essa tese, os dois seriam desenvolvimentistas na economia, parecidos na política e não mexeriam "no social".

O conhecido jornalista Raimundo Rodrigues Pereira, em seminário promovido pela Fundação Maurício Grabois, entre críticas ácidas ao governo Lula externou esse ponto de vista, com um acento adicional. Para ele, Serra é até mais crítico à atual política macroeconõmica do que Dilma.

Em uma entrevista a um carderno especial do jornal "Valor Econômico", o sociólogo Gabriel Cohn, professor aposentado da USP, onde foi professor titular e diretor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, disse o seguinte:

"O que é o Serra? O Serra sempre representou, dentro do PSDB, a ala desenvolvimentista. Não seria uma diferença grande (o governo dele com o governo Lula), apesar da ânsia do Serra em desmontar tudo o que encontrar". Desmontar tudo o quê, ilustre professor?

Essas elocubrações ganham força quanto, por exemplo, o Lula diz, como disse ontem, brincando, que o Serra é o seu plano B, caso Dilma não vingue. Disse isso no contexto de uma reunião reservada de uma hora e meia entre os dois, sem testemunhas. Lula já chegou a dizer que é um luxo o Brasil ser governado por um dos dois (Serra ou Dilma).

Para além do controverso equivalente desenvolvimentista dos dois principais pré-candidatos nas presidenciais de 2010, deixo alguns registros para comparar a trajetória e as perspectivas em disputa.

Serra nunca recebeu lideranças sindicais ou do movimento popular no Estado, por diversas vezes tratou na porrada as mobilizações, alia-se ao que há de mais conservador na elite paulista, é o candidato queridinho da Folha, Estadão e Veja, é espartano nos gastos com políticas sociais (para ficar em um único e expressivo exemplo, São Paulo patina na educação pública com os piores indicadores do país).

Com ele presidente, a política externa do país sofreria uma inflexão negativa. Outro dia eu vi uma revista colombiana pró-Uribe, fazendo uma matéria bastante favorável ao governador paulista, eufórica com o favoritismo (nas pesquisas) do candidato brasileño nas eleições.

É um erro político grosseiro analisar as pessoas fora do contexto, do seu arco de relacionamento político e social, das engrenagens em que estão metidas. Serra tem orabo preso com o atraso, doa a quem doer.

Dilma constrói sua candidatura a partir de uma aliança centro-esquerda. Pode ser até que o centro fique mais forte, com a prioridade que se dá ao PMDB, mas a esquerda está presente na sua engenharia.

Outro é o caminho que segue o governador Serra. Ele navega com desenvolvutura nas águas da direita, firma um pacto importante com o Demo e procurar construir um campo de centro-direita para as eleições.

A verdadeira polarização está colocada. Ou se mantém e se aprofunda o ciclo progressista inaugurado com o governo Lula, ou recuamos e teremos as rédeas do país nas mãos conservadoras do tucananto e seus aliados.

A peroração rebuscada que tenta imacular a imagem do Serra não passa de cortina de fumaça para camuflar as diferenças e pavimentar o caminho do retorno dos conservadores ao governo. Não podemos pisar nessa casca de banana.

Pode-se e deve-se criticar o reformismo mitigado do Lula, sua postura de conciliação e não de reuptura e otras cositas más. Mas não captar as diferenças, aí não dá. Last, but nost least, o cara é palmeirense.

Tucanóides II

Ontem à noite eu encontrei um deputado estadual do PSDB e perguntei a ele quem seria o candidato dos tucanos ao governo de São Paulo. Rindo, ele respondeu: "a Dilma é quem escolhe. Se ela estiver forte, o Serra vai ter que engulir o Alckimin, que é uma candidatura construída. Se o governador achar que vai faturar a presidência, então ele lança o seu preferido, Aloysio Nunes (atual chefe da Casa Civil), nome a ser construído".

PIB

O PIB é o indicador de crescimento da economia. Mensura os dados da agropecuária, da indústria e dos serviços. Pelo lado da demanda, há o consumo das famílias e do do governo, as exportações e as importações (estas tem valor negativo), e a formação bruta de capitalo fixo.

Formação bruta de capital fixo é a expressão econômica para medir o que as empresas aumentam em bens de capital (máquinas, equipamentos, material de construção). Revela, portanto, a capacidade de crescimento do país e o "otimismo" dos empresário com a economia.

A formação bruta de capital fixo desabou 14% no primeiro trimestre deste ano, expressando a grande queda dos investimentos e a desconfiança genereralizada com o tamanho da crise. Esse é um indicador estratégico, precisa ser revertido. A diminuição do custo do dinheiro (menos juros) é um grande incentivo para irrigar o crédito e retomar os investimentos.

O consumo das famílias representa 60% do PIB. Salário, crédito, programas sociais ajudam o consumo, o mercado interno. O consmo também é um importante termômetro do humor da população com o governo.Como o consumo cresce há anos no país, o povão está com o Lula e não abre.

Por últmo, a força asiática. No primeiro trimestre do ano, a China cresceu 6,1% e a Índia 5,8%. Somados, esses dois países tem mais de 2,4 bilhões de habitantes! Todos os outros principais países do mundo recuaram, e bastante. O Japão desabou, no mesmo período, 15,2%, a Rússia, 9,5%, a Alemanha, 6,9%, os EUA 5,7%.

Nessa desgraceira toda, quase que dá para comemorar o fato de o Brasil ter recuado apenas 0,8% do PIB no primeiro trimestre. Esse queda suave permite antever que a curva do PIB brasileiro pode voltar a crescer ao longo do ano, zerando as perdas ou ficando até no azul.

E no ano que vem, o famoso 2010, deve ser melhor, segundo todos os economistas, os campeões mundiais em futurologia equivocada. Fala-se que a economia pode crescer entre 3,5% a 4%, o que daria mais força ao discurso do Lula de que o Brasil seria o último país a entrar na crise e o primeiro a sair.

Essa situação mostra que a crise pegou o Brasil mais bem preparado do que das outras vezes. Reservas cambiais de mais de 200 bilhões de dóalres, relações comerciais mais diversificadas, sistema público de bancos capaz de reverter a escassez de crédito no mercado, tudo isso ao lado de políticas importantes do governo, como a manutenção do PAC, da valorização do salário mínimo e dos programas sociais.

Merece destaque também as chamadas medidas anticíclicas. Denoneração tributária em setores como a indústria automobilística, as empresas da linha branca (geladeira, fogão), material de construção, tudo associado a créditos facilitados para alguns setores e programas como a construção de um milhão de casas populares.

Na contramão desses esforços, a continuada sangria da remessa de lucros e capitais para fora e o renitente conservadosirmo do COPOM. Ontem, em sua reunião, baixou os juros brasileiros para 9,25%, a primeira vez que a taxa Selic tem só um dígito. Se esse movimento tivesse sido mais forte e iniciado no segundo semestre do ano passado, a economia brasileira estaria melhor. Mas a dona banca é forte e domina os burocratas do BC.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dias de luta!

Dia 30 de junho, terça-feira, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados irá votar a PEC da redução da jornada de trabalho sem redução do salário. No mesmo dia, à noite, a CTB irá inaugurar sua sede no Distrito Federal.

Dia 14 de agosto, uma sexta-feira, haverá um novo Dia Nacional de Lutas, proposto pelas centrais sindicais e com a participação de outras entidades do movimento popular. A ideia é a realização de manifestações em todos os Estados, defendendo emprego, salário e direitos. A proposta é que no dia 23 de junho as centrais sindicais anunciem o dia de luta, as bandeiras, etc.

Recessão técnica

Segundo alguns critérios, dois índices negativos de PIBs consecutivos configuram o que se denomina de recessão técnica. É o que ocorreu no Brasil, conforme os dados divulgados pelo IBGE dando conta da retração de 0,8% do PIB brasileiro no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior.

Para um país que depois de muito tempo estava crescendo em torno de 5% a 6%, a notícia não é boa. Mas poderia ter sido pior. As previsões eram de que a queda seria maior. O consumo das famílias e os gastos públicos amorteceram a queda.

As exportações, a indústria e os investimentos foram os que mais recuaram. A previsão, agora, é a de que o Brasil inicie um lento processo de retomada do crescimento. Esse ano o PIB deve ficar entre 0% e 1%, mas a expectativa é de que em 2010 ele volte a crescer, algo entre 3,5% e 4%.

Todas essas considerações econõmicas tem suas repercussões políticas. Se Lula passou esse período de vacas magras e ainda viu sua popularidade crescer, é razoável supor que em 2010, se não ocorrer fenômenos imprevistos, ele terá uma influência decisiva na sucessão presidencial.

O crescimento de Dilma e o recuo de Serra, atestados por todas as pesquisas, já começam a causar frisson no ninho dos tucanos. Serra bebe água de canudinho, Aécio pesca em águas turvas, e o tucanato gira como biruta de aeroporto.

Tudo pode acontecer, inclusive nada, filosofava uma pichação que eu vi tempos atrás. Mas o que conta é o seguinte: com as boas possibilidades eleitorais, o ciclo progressita pode ser mantido e aprofundado. Uma repactuação política, colocando no centro o trabalho e a produção, e a constituição de uma ampla frente nucleada pela esquerda, com um projeto nacional de desenvolvimento claro, são as tarefas políticas centrais para o próximo período, para usar um jargão sindical.

Ciclos civilizacionais

O projeto de programa socialista do PCdoB incorpora uma inovação analítica. Trata-se de considerar que a história do Brasil apresenta dois grandes avanços civilizacionais: o primeiro, foi o ciclo que inclui a expulsão dos holandes do Nordeste, a Independência, a Abolição e a República. O segundo foi a Revolução de 1930.

Por essa ótica, o próximo passo civilizacional brasileiro será a transição do capitalismo para o socialismo, com a conquista do poder de Estado para os trabalhadores e a constituição da República de Democracia Popular. Esse é o rumo. No processo de acumulação de forças e aproximação do objetivo estratégico, o caminho é a luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento. Tudo isso estará em debate no 12º Congresso do partido.

Dias de luta!

Dia 30 de junho, terça-feira, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados irá votar a PEC da redução da jornada de trabalho sem redução do salário. No mesmo dia, à noite, a CTB irá inaugurar sua sede no Distrito Federal.

Dia 14 de agosto, uma sexta-feira, haverá um novo Dia Nacional de Lutas, proposto pelas centrais sindicais e com a participação de outras entidades do movimento popular. A ideia é a realização de manifestações em todos os Estados, defendendo emprego, salário e direitos. A proposta é que no dia 23 de junho as centrais sindicais anunciem o dia de luta, as bandeiras, etc.

Recessão técnica

Segundo alguns critérios, dois índices negativos de PIBs consecutivos configuram o que se denomina de recessão técnica. É o que ocorreu no Brasil, conforme os dados divulgados pelo IBGE dando conta da retração de 0,8% do PIB brasileiro no primeiro trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior.

Para um país que depois de muito tempo estava crescendo em torno de 5% a 6%, a notícia não é boa. Mas poderia ter sido pior. As previsões eram de que a queda seria maior. O consumo das famílias e os gastos públicos amorteceram a queda.

As exportações, a indústria e os investimentos foram os que mais recuaram. A previsão, agora, é a de que o Brasil inicie um lento processo de retomada do crescimento. Esse ano o PIB deve ficar entre 0% e 1%, mas a expectativa é de que em 2010 ele volte a crescer, algo entre 3,5% e 4%.

Todas essas considerações econõmicas tem suas repercussões políticas. Se Lula passou esse período de vacas magras e ainda viu sua popularidade crescer, é razoável supor que em 2010, se não ocorrer fenômenos imprevistos, ele terá uma influência decisiva na sucessão presidencial.

O crescimento de Dilma e o recuo de Serra, atestados por todas as pesquisas, já começam a causar frisson no ninho dos tucanos. Serra bebe água de canudinho, Aécio pesca em águas turvas, e o tucanato gira como biruta de aeroporto.

Tudo pode acontecer, inclusive nada, filosofava uma pichação que eu vi tempos atrás. Mas o que conta é o seguinte: com as boas possibilidades eleitorais, o ciclo progressita pode ser mantido e aprofundado. Uma repactuação política, colocando no centro o trabalho e a produção, e a constituição de uma ampla frente nucleada pela esquerda, com um projeto nacional de desenvolvimento claro, são as tarefas políticas centrais para o próximo período, para usar um jargão sindical.

Ciclos civilizacionais

O projeto de programa socialista do PCdoB incorpora uma inovação analítica. Trata-se de considerar que a história do Brasil apresenta dois grandes avanços civilizacionais: o primeiro, foi o ciclo que inclui a expulsão dos holandes do Nordeste, a Independência, a Abolição e a República. O segundo foi a Revolução de 1930.

Por essa ótica, o próximo passo civilizacional brasileiro será a transição do capitalismo para o socialismo, com a conquista do poder de Estado para os trabalhadores e a constituição da República de Democracia Popular. Esse é o rumo. No processo de acumulação de forças e aproximação do objetivo estratégico, o caminho é a luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento. Tudo isso estará em debate no 12º Congresso do partido.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Gangorra

A batalha da sucessão presidencial está na ordem do dia, pelo menos para parte da população (partidos, mídia, etc.). As especulações sobre favoritismo alternam-se como o movimento da gangorra, mas, nos dias atuais, a balança pende para o situacionismo.

"Oposição sem rumo", chora a Folha de São Paulo em editorial, refletindo um sentimento originário de dois fatores interligados: o aumento da popularidade do presidente e o aparente arrefecimento da crise no Brasil.

De fato, depois de tentar, em vão, quebrar a blindagem do presidente Lula, a oposição apostou alto na crise, vendo nela uma oportunidade de reverter o quadro sucessório em prol do conservadorismo.

Embora todas as previsões econômicas corram o risco altíssimo de ir para a lata do lixo, o fato é que alguns indicadores mostram que o Brasil não quebrará, como sonhava a oposição, e pode até iniciar um retorno de recuperação do PIB.

Com isso, algumas tendências apontadas pelas pesquisas (popularidade recorde do presidente, queda do Serra e subida da Dilma), podem apontar para um cenário positivo para o front do campo do governo Lula.

O ciclo progresssista iniciado em 2003 precisa continuar e ser aprofundado. Um novo pacto das forças do trabalho e da produção, alicerçado em uma ampla frente política e social, com um núcleo de esquerda consequente, pode abrir perspectivas alvissareiras para o Brasil.

Novo programa

"A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos". Pensei na frase ao refletir sobre os debates iniciais do 12º Congresso do PCdoB. O Partido vai se debruçar sobre a situação internacional e nacional, a presente crise do capitalismo e a elaboração de um novo programa.

"Nossa teoria não é um dogma, é um guia para a ação", ensinam os mestres. Logo, o nosso programa não é um catatau que, aprovado, adormece nas estantes sem ser incomodado. Ele precisa ser um guia para a ação, estabelecer, como diz o Renato Rabelo, um norte e o caminho para chegar até ele.

É como um plano de voo dos aeronautas. Precisa associar com clareza a tática com a estratégia, as lutas atuais com as lutas futuras, ser claro, objetivo e conciso, ser uma ferramenta que contribua para o fortalecimento partidário, o aumento de sua influência política.

Sem modelo único, traçando um caminho brasileiro para o socialismo, abordando fundamentalmente a etapa de transição do capitalismo para o socialismo e definindo um novo projeto nacional de desenvolvimento como etapa necessária de acumulação de forças, eis os pilares gerais sobre os quais se apoia o projeto em debate do nosso programa.

Trabalho Assalariado

Nosso companheiro Divanilton Pereira, dirigente petroleiro do Rio Grande do Norte e dirigente nacional da CTB, disse que há necessidade de maiores esclarecimentos a respeito do conceito de trabalho assalariado.

Vamos à luta, direto da fonte mais pura. Marx: "o capital pressupõe o trabalho assalariado; o trabalho assalariado pressupõe o capital. Um é condição do outro; eles se criam mutuamente." Mais: "Mesmo a situação mais favorável para a classe operária, o crescimento mais rápido possível do capital, por mais que melhore a vida material do operário, não suprime o antagonismo entre seus interesses e os interesses do patrão, os interesses do capitalista. Lucro e salário permanecem, agora como dantes, na razão inversa um do outro".

Tentando interpretar Marx, podemos dizer que o trabalho tem historicidade própria. Em cada modo de produção ele se manifesta de forma singular. Trabalho escravo, trabalho servil, trabalho assalariado são, pela sucessão histórica, trabalho nos modos de produção escravista, feudal e capitalista.

O socialismo é o sucessor natural do capitalismo. No período de transição de um modo de produção para outro, remanescerá, em certa escala, trabalho assalariado e capital. Mas, em estágios mais desenvolvidos, tanto o capital como o trabalho assalariado deixarão de existir, tal como as classes sociais.

Como todo produto histórico, até o estado deixará de existir, na vigência de uma sociedade sem classes. Dessa forma, creio eu, numa projeção histórica só no museu de antiguidades haverá espaço para o capital e para o trabalho assalariado.

O que eu gostaria de saber - e ninguém me respondeu - é o seguinte: que nome receberá o trabalho humano no pós-trabalho assalariado?

Gangorra

A batalha da sucessão presidencial está na ordem do dia, pelo menos para parte da população (partidos, mídia, etc.). As especulações sobre favoritismo alternam-se como o movimento da gangorra, mas, nos dias atuais, a balança pende para o situacionismo.

"Oposição sem rumo", chora a Folha de São Paulo em editorial, refletindo um sentimento originário de dois fatores interligados: o aumento da popularidade do presidente e o aparente arrefecimento da crise no Brasil.

De fato, depois de tentar, em vão, quebrar a blindagem do presidente Lula, a oposição apostou alto na crise, vendo nela uma oportunidade de reverter o quadro sucessório em prol do conservadorismo.

Embora todas as previsões econômicas corram o risco altíssimo de ir para a lata do lixo, o fato é que alguns indicadores mostram que o Brasil não quebrará, como sonhava a oposição, e pode até iniciar um retorno de recuperação do PIB.

Com isso, algumas tendências apontadas pelas pesquisas (popularidade recorde do presidente, queda do Serra e subida da Dilma), podem apontar para um cenário positivo para o front do campo do governo Lula.

O ciclo progresssista iniciado em 2003 precisa continuar e ser aprofundado. Um novo pacto das forças do trabalho e da produção, alicerçado em uma ampla frente política e social, com um núcleo de esquerda consequente, pode abrir perspectivas alvissareiras para o Brasil.

Novo programa

"A tradição de todas as gerações mortas oprime como um pesadelo o cérebro dos vivos". Pensei na frase ao refletir sobre os debates iniciais do 12º Congresso do PCdoB. O Partido vai se debruçar sobre a situação internacional e nacional, a presente crise do capitalismo e a elaboração de um novo programa.

"Nossa teoria não é um dogma, é um guia para a ação", ensinam os mestres. Logo, o nosso programa não é um catatau que, aprovado, adormece nas estantes sem ser incomodado. Ele precisa ser um guia para a ação, estabelecer, como diz o Renato Rabelo, um norte e o caminho para chegar até ele.

É como um plano de voo dos aeronautas. Precisa associar com clareza a tática com a estratégia, as lutas atuais com as lutas futuras, ser claro, objetivo e conciso, ser uma ferramenta que contribua para o fortalecimento partidário, o aumento de sua influência política.

Sem modelo único, traçando um caminho brasileiro para o socialismo, abordando fundamentalmente a etapa de transição do capitalismo para o socialismo e definindo um novo projeto nacional de desenvolvimento como etapa necessária de acumulação de forças, eis os pilares gerais sobre os quais se apoia o projeto em debate do nosso programa.

Trabalho Assalariado

Nosso companheiro Divanilton Pereira, dirigente petroleiro do Rio Grande do Norte e dirigente nacional da CTB, disse que há necessidade de maiores esclarecimentos a respeito do conceito de trabalho assalariado.

Vamos à luta, direto da fonte mais pura. Marx: "o capital pressupõe o trabalho assalariado; o trabalho assalariado pressupõe o capital. Um é condição do outro; eles se criam mutuamente." Mais: "Mesmo a situação mais favorável para a classe operária, o crescimento mais rápido possível do capital, por mais que melhore a vida material do operário, não suprime o antagonismo entre seus interesses e os interesses do patrão, os interesses do capitalista. Lucro e salário permanecem, agora como dantes, na razão inversa um do outro".

Tentando interpretar Marx, podemos dizer que o trabalho tem historicidade própria. Em cada modo de produção ele se manifesta de forma singular. Trabalho escravo, trabalho servil, trabalho assalariado são, pela sucessão histórica, trabalho nos modos de produção escravista, feudal e capitalista.

O socialismo é o sucessor natural do capitalismo. No período de transição de um modo de produção para outro, remanescerá, em certa escala, trabalho assalariado e capital. Mas, em estágios mais desenvolvidos, tanto o capital como o trabalho assalariado deixarão de existir, tal como as classes sociais.

Como todo produto histórico, até o estado deixará de existir, na vigência de uma sociedade sem classes. Dessa forma, creio eu, numa projeção histórica só no museu de antiguidades haverá espaço para o capital e para o trabalho assalariado.

O que eu gostaria de saber - e ninguém me respondeu - é o seguinte: que nome receberá o trabalho humano no pós-trabalho assalariado?

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Errata

Frase de um escritor americano (parece que o Mark Twain)quando escreveu a um jornal que noticiara a sua "morte": "acho que houve um certo exagero na notícia!". (frase citada pelo Lécio, economista, em seminário da Fundação Maurício Grabois).

Errata

Frase de um escritor americano (parece que o Mark Twain)quando escreveu a um jornal que noticiara a sua "morte": "acho que houve um certo exagero na notícia!". (frase citada pelo Lécio, economista, em seminário da Fundação Maurício Grabois).