Dois fenômenos combinados devem estar provocando dor na cabeça da oposição no Brasil: primeiro é o aumento da popularidade de Dilma, exemplificada na última pesquisa CNI/Ibope; a segunda, é a desidratação dos partidos oposicionistas: caso mais emblemático é a criação do PSD, em boa medida racha do DEM.
O fracassado receituário neoliberal - base programática do PSDB e do próprio DEM - é a demonstração inequívoca que o povo brasileiro defende outro caminho - o caminho do desenvolvimento com progresso social, democracia, soberania e integração latino-americana.
Muitos tucanos de alta plumagem captam esse realidade e procuram se reposicionar. O exemplo mais forte é o do governador Geraldo Alckmin, que não se cansa de posar para fotos ao lado de Dilma para divulgar obras, parcerias, programas e ações comuns.
O inusitado é que durante o governo Serra em nenhuma oportunidade Lula chegou a ir ao Palácio dos Bandeirantes e só em raras e inevitáveis circunstâncias os dois participaram do mesmo palco. Não por acaso, Serra curte um amargo ostracismo político e vê se desafeto Alckmin sobreviver em São Paulo.
Já o senador mineiro Aécio Neves bebe água de canudinho. Um dos prováveis candidatos do PSDB à presidência da República, o ex-governador das Minas Gerais percebe que o mar não está para peixe e tem postura opaca no Senado. Pouco aparece e, quando aparece, produz mais calor do que luz.
Mas a política é dinâmica e tudo pode acontecer. As disputas eleitorais de 2012 poderão desenhar um novo quadro político. Com a declarada intenção de Kassab e seu PSD de fincarem bandeiras no arraial de Dilma, pode-se prever um resultado eleitoral pífio para a oposição.
As querelas políticas devem continuar, pelo lado da oposição, no udenismo requentado da mídia, e pelo lado do governo, em eventuais dissenssões provocadas por uma coalizão partidária ampla que eventualmente não consiga compor todos os múltiplos interesses em jogo. Aguardemos.
Opiniões, comentários e notas sobre política, sindicalismo, economia, esporte, cultura e temas correlatos.
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Avanços no Governo Dilma
Um das deliberações essenciais da última reunião da direção nacional do PCdoB, realizada nos dias 17 e 18 de setembro, foi a aprovação de um documento que propõe impulsionar o governo a liderar um novo pacto político para promover mudanças estruturais no país.
Para o PCdoB, um fato relevante da atual quadra política do país é a presidenta Dilma, que progressivamente firma sua autoridade e liderança. Destaca-se, nesse rumo, a manutenção da agenda em defesa do desenvolvimento, da distribuição de renda e da erradicação da pobreza.
A Resolução aprovada pelo Comitê Central lembra ainda os planos Brasil sem Miséria e Brasil Maior, de defesa da indústria, e os esforços para aumentar os investimentos para o Sistema Único de Saúde e para a educação pública.
Mas a grande novidade foi a redução dos juros em 0,5% na última reunião do Copom, afrontando o mercado financeiro e os neoliberais e harmonizando as políticas do Banco Central com o Ministério da Fazenda. Esse fato sinaliza uma mudança de rumo da política macroeconômica do país!
Acontecimento promissor, a mudança na política macroeconômica abre caminhos alternativos que podem desembocar em novo pacto político envolvendo trabalhadores e setor produtivo nacional, alicerce para um estágio mais avançado do desenvolvimento nacional, enfatiza a resolução do Partido.
Para o PCdoB, um fato relevante da atual quadra política do país é a presidenta Dilma, que progressivamente firma sua autoridade e liderança. Destaca-se, nesse rumo, a manutenção da agenda em defesa do desenvolvimento, da distribuição de renda e da erradicação da pobreza.
A Resolução aprovada pelo Comitê Central lembra ainda os planos Brasil sem Miséria e Brasil Maior, de defesa da indústria, e os esforços para aumentar os investimentos para o Sistema Único de Saúde e para a educação pública.
Mas a grande novidade foi a redução dos juros em 0,5% na última reunião do Copom, afrontando o mercado financeiro e os neoliberais e harmonizando as políticas do Banco Central com o Ministério da Fazenda. Esse fato sinaliza uma mudança de rumo da política macroeconômica do país!
Acontecimento promissor, a mudança na política macroeconômica abre caminhos alternativos que podem desembocar em novo pacto político envolvendo trabalhadores e setor produtivo nacional, alicerce para um estágio mais avançado do desenvolvimento nacional, enfatiza a resolução do Partido.
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
1818 e a América Latina
No ano de 1818, as tropas de Napoleão Bonaparte invadiram Portugal. A Família Real Portuguesa, protegida pelos ingleses, fugiu para o Brasil. Ambicioso, Bonaparte decidiu coroar seu irmão rei da Espanha. Duas consequências importantes podem ser registradas:
1. A insatisfação dos espanhois com o domínio francês abriu espaço para a independência dos países hispanoamericanos - a maioria dos quais se livraram do colonialismo em 1811; sem um centro unificador, a América espanhola se dividiu em vários países;
2. Diferentemente, o Brasil colonial, com a presença da Família Real no país, se tornou capital do Reino e, com isso, retardou sua Independência, que viria a ocorrer em 1822. Em compensação, por diversas circunstâncias, a América portuguesa se tornou um imenso país unitário, o Brasil.
Senhoras e senhores historiadores, eis um bom tema para aprofundamento.
1. A insatisfação dos espanhois com o domínio francês abriu espaço para a independência dos países hispanoamericanos - a maioria dos quais se livraram do colonialismo em 1811; sem um centro unificador, a América espanhola se dividiu em vários países;
2. Diferentemente, o Brasil colonial, com a presença da Família Real no país, se tornou capital do Reino e, com isso, retardou sua Independência, que viria a ocorrer em 1822. Em compensação, por diversas circunstâncias, a América portuguesa se tornou um imenso país unitário, o Brasil.
Senhoras e senhores historiadores, eis um bom tema para aprofundamento.
domingo, 25 de setembro de 2011
PCdoB e a luta pela Educação
Neste final de semana, o PCdoB reuniu seus principais quadros ligados à Educação para debater as resoluções da Conferência Nacional da Educação (CONAE), o Plano Nacional de Educação (2011/2020) e o Pronatec (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego).
Participaram da reunião professores, estudantes e sindicalistas. Como se sabe, o PCdoB tem destacada atuação nesse setor. Dirige as principais entidades estudantis, lidera os professores da rede privada e tem destacada atuação entre os professores do ensino superior e do ensino fundamental públicos.
As discussões partiram de uma base comum - o compromisso em lutar pela implemntação das resoluções consagradas na CONAE. A plenária final da CONAE foi realizada de 28 de março a 1º de abril de 2010. Em todo o processo, participaram expressivos 3,5 milhões de pessoas!
A CONAE se colocou cinco grandes desafios:
1) construir o Sistema Nacional de Educação (SNE);
2) promover debate permanente de suas resoluções;
3) garantir que os acordos do CONAE se transformem em políticas públicas;
4) garantir direito à formação integral com qualidade, qualificação profissional, gestão democrática, financiamento com controle social e política nacional deavaliação;
5) lutar pela universalização com qualidade social.
O documento aprovado na CONAE contém seis eixos temáticos:
I) papel do Estado na garantia do direito à educação de qualidade;
II) educação de qualidade com gestão democrática e avaliação;
III) democratização do acesso, permanência e sucesso escolar;
IV) formação e valorização profissional;
V) financiamento e controle social;
VI) justiça social, educação e trabalho, inclusão, diversidade e igualdade.
O Plano Nacional de Educação (PNE, 2011/2020) e o Pronatec estão em tramitação no Congresso Nacional e são desdobramentos da CONAE. Ocorre que a Conferência serve de parâmetro indicativo para o governo e nem sempre coincide com o PNE.
Uma diferença importante, por exemplo, é que o próximo PNE prevê até 2020 um montante de 7% do PIB em investimentos para a educação, enquanto a CONAE aprovou o índice de 10%. Outro ponto polêmico é a destinação de recursos públicos para instituições privadas de ensino.
O Encontro do PCdoB conseguiu ouvir as diferentes opiniões de todos os segmentos sobre as principais questões educacionais que se encontram na agenda da Educação brasileira. Não foi conclusivo, mas teve debates de conteúdo altamente qualificados.
Participaram da reunião professores, estudantes e sindicalistas. Como se sabe, o PCdoB tem destacada atuação nesse setor. Dirige as principais entidades estudantis, lidera os professores da rede privada e tem destacada atuação entre os professores do ensino superior e do ensino fundamental públicos.
As discussões partiram de uma base comum - o compromisso em lutar pela implemntação das resoluções consagradas na CONAE. A plenária final da CONAE foi realizada de 28 de março a 1º de abril de 2010. Em todo o processo, participaram expressivos 3,5 milhões de pessoas!
A CONAE se colocou cinco grandes desafios:
1) construir o Sistema Nacional de Educação (SNE);
2) promover debate permanente de suas resoluções;
3) garantir que os acordos do CONAE se transformem em políticas públicas;
4) garantir direito à formação integral com qualidade, qualificação profissional, gestão democrática, financiamento com controle social e política nacional deavaliação;
5) lutar pela universalização com qualidade social.
O documento aprovado na CONAE contém seis eixos temáticos:
I) papel do Estado na garantia do direito à educação de qualidade;
II) educação de qualidade com gestão democrática e avaliação;
III) democratização do acesso, permanência e sucesso escolar;
IV) formação e valorização profissional;
V) financiamento e controle social;
VI) justiça social, educação e trabalho, inclusão, diversidade e igualdade.
O Plano Nacional de Educação (PNE, 2011/2020) e o Pronatec estão em tramitação no Congresso Nacional e são desdobramentos da CONAE. Ocorre que a Conferência serve de parâmetro indicativo para o governo e nem sempre coincide com o PNE.
Uma diferença importante, por exemplo, é que o próximo PNE prevê até 2020 um montante de 7% do PIB em investimentos para a educação, enquanto a CONAE aprovou o índice de 10%. Outro ponto polêmico é a destinação de recursos públicos para instituições privadas de ensino.
O Encontro do PCdoB conseguiu ouvir as diferentes opiniões de todos os segmentos sobre as principais questões educacionais que se encontram na agenda da Educação brasileira. Não foi conclusivo, mas teve debates de conteúdo altamente qualificados.
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