sábado, 17 de janeiro de 2009

Good-bye, Bush!


Terça-feira os EUA e o mundo se verão livres de um dos tiranos mais odiados do mundo contemporâneo. Esperamos que com a saída de Bush o mundo consiga empreender novas caminhadas, sem guerra, convivência fraterna entre os povos.
A luta será longa e difícil, mas a saída do Bush é um alento. Vadre reto, Satanás!!!

Vai-Vai, 79 anos









Hoje o Thobias da Vai-Vai está todo prosa. Às 22 horas deste sábado, na Universidade Zumbi dos Palmares, haverá uma chopada para comemorar os 79 anos da Escola de Samba Vai-Vai, completados no dia 1º de janeiro.



A Vai-Vai, desde 1930, é uma referência no bairro da Bela Vista, conhecido popularmente como Bixiga (ou Bexiga, nunca se chega a um consenso). Escola com mais títulos no carnaval paulistano (eu mesmo já desfilei várias vezes, junto com outros comunas com o hoje vereador Jamil Murad, o Wander Geraldo, ex-presidente da Conam e chefe-de-gabinete do Jamil, o Julião, presidente da Unegro/SP.



O Thobias trabalhou na mesma empresa que eu - a Sabesp - e chegou a disputar eleições no meu sindicato em outra chapa. Corintiano, hoje o Thobias tem o nome da escola em seu sobrenome.



O Bixiga é um bairro tradicional de São Paulo, com muitos teatros, cantinas, pizzarias, a igreja Achiropita, e por aí vai. Dois dos mais famosos sambistas de São Paulo - o Adonorin Barbosa e o Geraldo Filme, viveram na região. Eu sou da Freguesia do Ó, mas já morei no Bixiga e é lá que eu passo boa parte do tempo, há muitos anos.



As sedes do Comitê Central e Comitê Estadual do PCdoB, da antiga CSC, da UJS, a Editora Anita Garibaldi, tudo era no Bixiga, daí porque, por proximidade geográfica, eu acabei adotando um boteco de lá - o famoso Portela.



Hoje à noite estarei na festa da Vai-Vai. Para conhecimento, a letra de um samba do Geraldo Filme para celebrar o Bixiga.



Tradição (vai no Bexiga pra ver)

Quem nunca viu o samba amanhecer / vai no Bexiga pra ver, vai no Bexiga pra ver / O samba não levanta mais poeira / Asfalto hoje cobriu o nosso chão Lembrança eu tenho da Saracura Saudade tenho do nosso cordão Bexiga hoje é só arranha-céu / e não se vê mais a luz da Lua mas o Vai-Vai está firme no pedaço é tradição e o samba continua.

E, para completar, o samba da Vai-Vai, campeã, pela 13a. vez no Carnaval de 2008.

"Vai-Vai acorda Brasil"
Eu sou guerreiro de fé
Meu samba é no pé, sou Vai-Vai
Se quero axé meu manto traz
No branco a paz, no preto amor
Sou brasileiro e tenho meu valor
Desperta gigante, é novo amanhecer
A levada do meu samba, vai te enlouquecer (Meu Brasil)
Esbanja talentos musicais, herança de gênios imortais
Do céu ecoam melodias, em sinfonias, que embalam meu cantar
E "carinhosamente" a Bela Vista a desfilar vem mostrar
Que um lindo sonho, nesta vida se torna real
Pra quem lutar, acreditar, buscar um ideal
Um lindo sonho, nesta vida se torna real
Pra quem lutar, acreditar num ideal
Alô Brasil, o nosso povo quer mais
Educação pra ser feliz!
Com união, vencer a corrupção
Passar a limpo este país!
Brilhou na arte a esperança
Iluminou as nossas vidas com o doce afã
De tocar, encantar, transformar as mentes do amanhã
Com o dom da musicalidade, "acordes com dignidade"
Vem ver, na grande ópera do carnaval
O bem vencendo o mal é a força da cidadania a trilhar
Vamos gritar aos quatro cantos desta pátria mãe gentil
Pra sempre vou te amar, "ACORDA BRASIL"

Good-bye, Bush!


Terça-feira os EUA e o mundo se verão livres de um dos tiranos mais odiados do mundo contemporâneo. Esperamos que com a saída de Bush o mundo consiga empreender novas caminhadas, sem guerra, convivência fraterna entre os povos.
A luta será longa e difícil, mas a saída do Bush é um alento. Vadre reto, Satanás!!!

Lula e as centrais


Nesta segunda-feira, às 17 horas, no Palácio do Planalto, o presidente Lula recebe dois representantes de cada uma seis centrais sindicais legalizadas do país. A CTB será representanda pelo seu presidente, Wagner Gomes, e por Joílson Cardoso. Na pauta, medidas para enfrentar o desemprego em crescimento.


A reunião foi agendada imediatamente depois de um encontro das centrais na sede da CTB Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), onde foi formalizado um "Pacto da Ação Sindical" com propostas para os trabalhadores para o enfrentamento da crise.


A semana vai ser importante, porque, além da citada reunião com o Lula, haverá também, no dia 21, a definição do Copom sobre a nova taxa de juros no país, variável importante para o desempenho econômico. Pressionado por todos os lados, essa assembléia de oito ilustres figuras da República tem a oportunidade de recuar do seu conservadorismo exacerbado.


Há um consenso de que os juros do Brasil, em face da desacelaração econômica e da queda da inflação, precisa de um robusto rebaixamento. A turma da banca avalia que a queda variará de meio a um ponto percentual. As centrais exigem, no mínimo, um recuo de 2%. A própria Fiesp, que quer tirar o seu da reta na hora da crise, aponta que o ideal para o país seria uma taxa Selic de 8%, bem abaixo dos atuais 13,75%.

Juros, spreads bancários e superávits primários menores funcionam como antídotos à desaceleração econômica. Essas mudanças na política macroeconômica precisam ser complementadas com estímulos creditícios e fiscais a setores da economia geradores de empregos. Paralelamente, é imprescindível condicionar a oferta de recursos públicos à contrapartida de preservação de empregos.
Os empresários precisam entrar na arena, adotando, por exemplo, medidas como a eliminação de horas extras , bancos de horas e outras medidas que vão na contramão da luta pela ampliação dos empregos.
Por último, mas não menos importante, a bandeira justa e necessária da redução da jornada de trabalho não pode ser abastardada com o rebaixamento dos salários. A participação do trabalho na renda nacional, no Brasil, é uma das menores do mundo. A luta pelo desenvolvimento com valorização do trabalho requer, entre outros itens importantes, o fortalecimento do mercado interno. Neste particular, a ampliação da massa salarial na economia estimula o consumo e cria, por sinergia, um círculo virtuoso na economia - mais consumo, mais produção, mais renda.
Esse é o caminho, não o oportunismo de certos grupos empresariais, que bateram todos os recordes de lucro no último período e ao menor sinal de diminuição dos seus ganhos querem jogar o ônus na costa dos trabalhadores.

Obama

No próximo dia 20, terça-feira, Barack Hussein Obama toma posse como o 44º presidente dos Estados Unidos da América.

Protestante, descendente de muçulmano, filho de pai negro e mãe branca, Obama é advogado, formado na Universidade de Harvard, instituição na qual um dos seus professores foi Mangabeira Unger, ministro do presidente Lula.

O primeiro presidente negro dos EUA iniciará o seu governo em meio a maior crise da economia do seu país desde a grande depressão dos anos 30 do século passado (vide jornal acima à esquerda) e com seu país envolvido em guerra no Iraque e no Afeganistão. Seu mandato coincide também com o massadre promovido por Israel contra os palestinos da Faixa de Gaza.

"Thank you, change can change" (Obrigado, a mudança pode acontecer) é a última mensagem do seu sítio (ilustração abaixo) de sua campanha, que mobilizou corações e mentes dos americanos fartos do pesado legado de George Bush e em busca de rotas alternativas para tirar o big brother do norte do atoleiro em que está metido.

Com 47 anos e com mandato até janeiro de 2013, Obama movimentará as engrenagens do sistema de poder dos EUA com pouca margem de manobra. O poder político, econômico, militar e diplomático dos EUA ainda é muito grande, mas a maioria dos analistas concorda que a hegemonia americana ingressa em viés de baixa, para usar um termo roubado do economês.
Em vez do unilateralismo, da guerra preventiva e permanente, do "hard power", os EUA provavelmente terão que conviver com o multilateralismo, tomar decisões em fóruns mais amplos do que os restritos núcleos duros do seu stablishement, sem abandonar, no entanto, a força bruta, doença congênita do imperialismo.
Ao lado da tarefa de soerguer a combalida economia, Barack Obama conviverá com a emergência de novos concorrentes na liderança econômica, como a China. Parece que as profecias de Paul Kennedy, em "Ascenção e Queda das Grandes Potências", se encaixam no figurino atual dos EUA.
Mas todo império resiste à queda, reorientando posições para predrvar o status quo. Não por acaso, a secretária de Defesa escolhida por Obama, a senadora Hillary Clinton, adota o "smart power" (poder inteligente), como a nova marca da política externa dos EUA. A inteligência desse poder, no entanto, não prescinde de usar a superioridade militar como o último e definitivo argumento.
Rótulos e promessas de mudanças à parte, o grande movimento renovador desatado pela campanha de Obama tende a ser abortado pela blindagem que a grande burguesia americana construiu para preservar o império. Mas as contradições provocadas pela sua vitória devem provocar mudanças. Quais mudanças, sua amplitude e profundidade, só o tempo dirá.

Vai-Vai, 79 anos









Hoje o Thobias da Vai-Vai está todo prosa. Às 22 horas deste sábado, na Universidade Zumbi dos Palmares, haverá uma chopada para comemorar os 79 anos da Escola de Samba Vai-Vai, completados no dia 1º de janeiro.



A Vai-Vai, desde 1930, é uma referência no bairro da Bela Vista, conhecido popularmente como Bixiga (ou Bexiga, nunca se chega a um consenso). Escola com mais títulos no carnaval paulistano (eu mesmo já desfilei várias vezes, junto com outros comunas com o hoje vereador Jamil Murad, o Wander Geraldo, ex-presidente da Conam e chefe-de-gabinete do Jamil, o Julião, presidente da Unegro/SP.



O Thobias trabalhou na mesma empresa que eu - a Sabesp - e chegou a disputar eleições no meu sindicato em outra chapa. Corintiano, hoje o Thobias tem o nome da escola em seu sobrenome.



O Bixiga é um bairro tradicional de São Paulo, com muitos teatros, cantinas, pizzarias, a igreja Achiropita, e por aí vai. Dois dos mais famosos sambistas de São Paulo - o Adonorin Barbosa e o Geraldo Filme, viveram na região. Eu sou da Freguesia do Ó, mas já morei no Bixiga e é lá que eu passo boa parte do tempo, há muitos anos.



As sedes do Comitê Central e Comitê Estadual do PCdoB, da antiga CSC, da UJS, a Editora Anita Garibaldi, tudo era no Bixiga, daí porque, por proximidade geográfica, eu acabei adotando um boteco de lá - o famoso Portela.



Hoje à noite estarei na festa da Vai-Vai. Para conhecimento, a letra de um samba do Geraldo Filme para celebrar o Bixiga.



Tradição (vai no Bexiga pra ver)

Quem nunca viu o samba amanhecer / vai no Bexiga pra ver, vai no Bexiga pra ver / O samba não levanta mais poeira / Asfalto hoje cobriu o nosso chão Lembrança eu tenho da Saracura Saudade tenho do nosso cordão Bexiga hoje é só arranha-céu / e não se vê mais a luz da Lua mas o Vai-Vai está firme no pedaço é tradição e o samba continua.

E, para completar, o samba da Vai-Vai, campeã, pela 13a. vez no Carnaval de 2008.

"Vai-Vai acorda Brasil"
Eu sou guerreiro de fé
Meu samba é no pé, sou Vai-Vai
Se quero axé meu manto traz
No branco a paz, no preto amor
Sou brasileiro e tenho meu valor
Desperta gigante, é novo amanhecer
A levada do meu samba, vai te enlouquecer (Meu Brasil)
Esbanja talentos musicais, herança de gênios imortais
Do céu ecoam melodias, em sinfonias, que embalam meu cantar
E "carinhosamente" a Bela Vista a desfilar vem mostrar
Que um lindo sonho, nesta vida se torna real
Pra quem lutar, acreditar, buscar um ideal
Um lindo sonho, nesta vida se torna real
Pra quem lutar, acreditar num ideal
Alô Brasil, o nosso povo quer mais
Educação pra ser feliz!
Com união, vencer a corrupção
Passar a limpo este país!
Brilhou na arte a esperança
Iluminou as nossas vidas com o doce afã
De tocar, encantar, transformar as mentes do amanhã
Com o dom da musicalidade, "acordes com dignidade"
Vem ver, na grande ópera do carnaval
O bem vencendo o mal é a força da cidadania a trilhar
Vamos gritar aos quatro cantos desta pátria mãe gentil
Pra sempre vou te amar, "ACORDA BRASIL"

Lula e as centrais


Nesta segunda-feira, às 17 horas, no Palácio do Planalto, o presidente Lula recebe dois representantes de cada uma seis centrais sindicais legalizadas do país. A CTB será representanda pelo seu presidente, Wagner Gomes, e por Joílson Cardoso. Na pauta, medidas para enfrentar o desemprego em crescimento.


A reunião foi agendada imediatamente depois de um encontro das centrais na sede da CTB Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), onde foi formalizado um "Pacto da Ação Sindical" com propostas para os trabalhadores para o enfrentamento da crise.


A semana vai ser importante, porque, além da citada reunião com o Lula, haverá também, no dia 21, a definição do Copom sobre a nova taxa de juros no país, variável importante para o desempenho econômico. Pressionado por todos os lados, essa assembléia de oito ilustres figuras da República tem a oportunidade de recuar do seu conservadorismo exacerbado.


Há um consenso de que os juros do Brasil, em face da desacelaração econômica e da queda da inflação, precisa de um robusto rebaixamento. A turma da banca avalia que a queda variará de meio a um ponto percentual. As centrais exigem, no mínimo, um recuo de 2%. A própria Fiesp, que quer tirar o seu da reta na hora da crise, aponta que o ideal para o país seria uma taxa Selic de 8%, bem abaixo dos atuais 13,75%.

Juros, spreads bancários e superávits primários menores funcionam como antídotos à desaceleração econômica. Essas mudanças na política macroeconômica precisam ser complementadas com estímulos creditícios e fiscais a setores da economia geradores de empregos. Paralelamente, é imprescindível condicionar a oferta de recursos públicos à contrapartida de preservação de empregos.
Os empresários precisam entrar na arena, adotando, por exemplo, medidas como a eliminação de horas extras , bancos de horas e outras medidas que vão na contramão da luta pela ampliação dos empregos.
Por último, mas não menos importante, a bandeira justa e necessária da redução da jornada de trabalho não pode ser abastardada com o rebaixamento dos salários. A participação do trabalho na renda nacional, no Brasil, é uma das menores do mundo. A luta pelo desenvolvimento com valorização do trabalho requer, entre outros itens importantes, o fortalecimento do mercado interno. Neste particular, a ampliação da massa salarial na economia estimula o consumo e cria, por sinergia, um círculo virtuoso na economia - mais consumo, mais produção, mais renda.
Esse é o caminho, não o oportunismo de certos grupos empresariais, que bateram todos os recordes de lucro no último período e ao menor sinal de diminuição dos seus ganhos querem jogar o ônus na costa dos trabalhadores.

Obama

No próximo dia 20, terça-feira, Barack Hussein Obama toma posse como o 44º presidente dos Estados Unidos da América.

Protestante, descendente de muçulmano, filho de pai negro e mãe branca, Obama é advogado, formado na Universidade de Harvard, instituição na qual um dos seus professores foi Mangabeira Unger, ministro do presidente Lula.

O primeiro presidente negro dos EUA iniciará o seu governo em meio a maior crise da economia do seu país desde a grande depressão dos anos 30 do século passado (vide jornal acima à esquerda) e com seu país envolvido em guerra no Iraque e no Afeganistão. Seu mandato coincide também com o massadre promovido por Israel contra os palestinos da Faixa de Gaza.

"Thank you, change can change" (Obrigado, a mudança pode acontecer) é a última mensagem do seu sítio (ilustração abaixo) de sua campanha, que mobilizou corações e mentes dos americanos fartos do pesado legado de George Bush e em busca de rotas alternativas para tirar o big brother do norte do atoleiro em que está metido.

Com 47 anos e com mandato até janeiro de 2013, Obama movimentará as engrenagens do sistema de poder dos EUA com pouca margem de manobra. O poder político, econômico, militar e diplomático dos EUA ainda é muito grande, mas a maioria dos analistas concorda que a hegemonia americana ingressa em viés de baixa, para usar um termo roubado do economês.
Em vez do unilateralismo, da guerra preventiva e permanente, do "hard power", os EUA provavelmente terão que conviver com o multilateralismo, tomar decisões em fóruns mais amplos do que os restritos núcleos duros do seu stablishement, sem abandonar, no entanto, a força bruta, doença congênita do imperialismo.
Ao lado da tarefa de soerguer a combalida economia, Barack Obama conviverá com a emergência de novos concorrentes na liderança econômica, como a China. Parece que as profecias de Paul Kennedy, em "Ascenção e Queda das Grandes Potências", se encaixam no figurino atual dos EUA.
Mas todo império resiste à queda, reorientando posições para predrvar o status quo. Não por acaso, a secretária de Defesa escolhida por Obama, a senadora Hillary Clinton, adota o "smart power" (poder inteligente), como a nova marca da política externa dos EUA. A inteligência desse poder, no entanto, não prescinde de usar a superioridade militar como o último e definitivo argumento.
Rótulos e promessas de mudanças à parte, o grande movimento renovador desatado pela campanha de Obama tende a ser abortado pela blindagem que a grande burguesia americana construiu para preservar o império. Mas as contradições provocadas pela sua vitória devem provocar mudanças. Quais mudanças, sua amplitude e profundidade, só o tempo dirá.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Airbus no Rio Hudson


Um airbus com 155 pessoas decola e, logo em seguida, cai em um rio (Hudson) em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Ninguém morre! Dizem que o piloto fez um pouso genial. Deve ser. Eu, quando vejo aquelas instruções de segurança antes da decolagem, sempre imagino: se cair, já era! Este caso provou o contrário. Vale para o episódio, com mil perdões pelo termo chulo, que tem gente que nasce com o cu virado para a lua. Pelo menos 155 pessoas nasceram nestas condições.

Airbus no Rio Hudson


Um airbus com 155 pessoas decola e, logo em seguida, cai em um rio (Hudson) em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Ninguém morre! Dizem que o piloto fez um pouso genial. Deve ser. Eu, quando vejo aquelas instruções de segurança antes da decolagem, sempre imagino: se cair, já era! Este caso provou o contrário. Vale para o episódio, com mil perdões pelo termo chulo, que tem gente que nasce com o cu virado para a lua. Pelo menos 155 pessoas nasceram nestas condições.

Os reis do Brasil


Todo mês o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reúne. Esses oito cavalheiros, diretores do BC, verdadeiros reis do Brasil (veja o nome deles abaixo) definem a chamada taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), baliza para os juros praticados pelo mercado, um vetor essencial para a economia.
1)Henrique de Campos Meirelles – Presidente (foto ao lado)
2)Alexandre Antonio Tombini
3)Alvir Alberto Hoffmann
4)Anthero de Moraes Meirelles
5)Antonio Gustavo Matos do Vale
6)Maria Celina Berardinelli Arraes
7)Mario Gomes Torós
8)Mário Magalhães Carvalho Mesquita
O Copom é tão poderoso que tem gente que chega a afirmar que esses nobres senhores, que não obtiveram um único voto nas eleições, tem poder equivalente ao do presidente da República, já que eles definem as diretrizes da política monetária, a taxa básica de juros do país e a meta de inflação. São os xerifes da moeda, se preocupam com a chamada "estabilidade" macroeconômica e tem verdadeira ojeriza por crescimento acelerado, emprego e consumo. Eles é que fazem jus ao título que o governo recebe de conservadorismo na política macroeconômica, uma posição que se choca com setores desenvolvimentistas desse governo híbrido na economia.

Pois bem: recentemente, o Lula e outros membros do governo, em discursos ou em entrevistas, bateram mais forte na tecla de juros menores, como tem ocorrido em todo o mundo para dinamizar as economias combalidas pela crise. Mas o BC tem "autonomia operacional" e faz ouvidos moucos.

Muitos acham que a reunião dos dias 20 e 21 de janeiro, pode baixar o juro em até um ponto percentual. As centrais sindicais querem, no mínimo, 2% a menos. A Fiesp, neste ponto, foi até mais ousada. Embora a imprensa, nas edições de hoje, só tenham falado na proposta empresarial de reduzir salários e jornada de trabalho sem uma efetiva garantia de emprego, a sugestão do Paulo Skaf de um corte drástico na taxa Selic, dos atuais 13,75% para 8%, não teve repercussão. O silêncio da mídia nessa matéria é uma demonstração inequívoca de seu rabo preso não com os leitores/ouvintes/telespectadores, mas sim com a banca.
No sítio do Banco Central é possível ver a íntegra das atas do Copom. São textos áridos, em economês. Para saciar curiosidades, leiam os tr~es últimos itens da ata dos nossos ortodoxos cavalheiros do Banco Central:
"28. Nesse contexto, tendo a maioria dos membros do Comitê discutido a possibilidade de reduzir a taxa básica de juros já nesta reunião, em ambiente macroeconômico que continua cercado por grande incerteza, o Copom decidiu por unanimidade, ainda manter a taxa Selic em 13,75% a. a., sem viés, neste momento. O Comitê irá monitorar atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação com vistas a definir tempestivamente os próximos passos de sua estratégia de política monetária.

29. No regime de metas para a inflação, o Copom orienta suas decisões de acordo com os valores projetados para a inflação, a análise de diversos cenários alternativos para a evolução das principais variáveis que determinam a dinâmica prospectiva dos preços e o balanço dos riscos associado às suas projeções. Há sinais de que o ritmo de expansão da demanda doméstica, que continuou se expandindo a taxas robustas no terceiro trimestre, estaria, atualmente, contribuindo de forma menos intensa para o dinamismo da atividade econômica, a despeito da persistência de fatores de estímulo, como o crescimento da renda, agindo sobre a economia. Por outro lado, a contribuição do setor externo para um cenário inflacionário favorável, diante da forte depreciação de preços de ativos brasileiros e da aparente redução na capacidade de importar, tornou-se menos efetiva. Nesse ambiente, cabe à política monetária trazer a inflação de volta à trajetória de metas já em 2009, de forma a evitar que a maior incerteza detectada em horizontes mais curtos se propague para horizontes mais longos e, assim, favorecer uma recuperação sustentada da atividade econômica. Evidentemente, na eventualidade de se verificar alteração no perfil de riscos que implique modificação do cenário prospectivo básico traçado para a inflação pelo Comitê neste momento, a postura da política monetária será prontamente adequada às circunstâncias.

30. Ao final da reunião, foi registrado que o Comitê voltará a se reunir em 20 de janeiro de 2009, para as apresentações técnicas, e no dia seguinte, para deliberar sobre a política monetária, conforme estabelecido pelo Comunicado 17.327, de 27/8/2008."




O bicho vai pegar


A eleição da Mesa do Senado, por contar com 81 votos, é mais previsível. Parece que a candidatura do senador Tião Viana (PT/AC) está fazendo água. O PMDB, livre, leve e solto, aposta em um dos seus e desvincula os arranjos da Câmara com os do Senado.


A Câmara Federal, com 513 deputados, é uma outra história. Lá, a quantidade de interesses em jogo torna a disputa sempre permeada de suspense, emoção. Nem sempre o favorito ganha. A aparente vantagem do deputado peemedebista Michel Temer sofre os abalos das crescentes contradições entre o PMDB da Cãmara e o PT.


Quem corre por fora pode levar a taça no segundo turno. Aldo Rebelo, ex-presidente da Câmara (na foto em um evento da campanha eleitoral de 2006) pinta e borda sua candidatura com paciência e sabedoria.

Faixa de Gaza

Não satisfeitos com as mais de mil mortes na Faixa de Gaza, o governo de Israel não quer nem que as vírtimas tenham direito ao sepultamento. Bombardeiam até cemitério, que ao lado das escolas, hospitais, residências e outros alvos civis, como as centenas de crianças mortas, transformam essa invasão em um dos episódios mais hediondos dos últimos tempos.

A luta por juros menores


As centrais sindicais decidiram fazer grandes mobilizações pelo rebaixamento imediato de pelo menos dois pontos percentuais da taxa de juros. A próxima mobilização será no dia 21 de janeiro, quarta-feira, em frente ao Banco Central, para pressionar o Copom a abandonar seu conservadorismo na política monetária.


Em São Paulo o ato será na Av. Paulista, em, frente ao BC, às 10 horas da manhã. A ideia é que todas as capitais que tenham unidades do BC sejam alvos de protestos. A reunião que referendou esta manifestação foi realizada nesta quinta-feira, 15, na sede nacional da CTB e foi coordenada por Wagner Gomes (foto).
Além do presidente da CTB, participaram Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, Ricardo Patah, presidente da UGT, José Calixto, presidente da nova Central, Pereira, secretário geral da CGTB e diversos sindicalistas.
A reunião serviu também para as centrais unificarem o discurso da luta contra o desemprego e pela preservação dos direitos dos trabalhadores. A CUT não participou da reunião, mas seu presidente disse concordar com os termos do que foi discutido.

Os reis do Brasil


Todo mês o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reúne. Esses oito cavalheiros, diretores do BC, verdadeiros reis do Brasil (veja o nome deles abaixo) definem a chamada taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia), baliza para os juros praticados pelo mercado, um vetor essencial para a economia.
1)Henrique de Campos Meirelles – Presidente (foto ao lado)
2)Alexandre Antonio Tombini
3)Alvir Alberto Hoffmann
4)Anthero de Moraes Meirelles
5)Antonio Gustavo Matos do Vale
6)Maria Celina Berardinelli Arraes
7)Mario Gomes Torós
8)Mário Magalhães Carvalho Mesquita
O Copom é tão poderoso que tem gente que chega a afirmar que esses nobres senhores, que não obtiveram um único voto nas eleições, tem poder equivalente ao do presidente da República, já que eles definem as diretrizes da política monetária, a taxa básica de juros do país e a meta de inflação. São os xerifes da moeda, se preocupam com a chamada "estabilidade" macroeconômica e tem verdadeira ojeriza por crescimento acelerado, emprego e consumo. Eles é que fazem jus ao título que o governo recebe de conservadorismo na política macroeconômica, uma posição que se choca com setores desenvolvimentistas desse governo híbrido na economia.

Pois bem: recentemente, o Lula e outros membros do governo, em discursos ou em entrevistas, bateram mais forte na tecla de juros menores, como tem ocorrido em todo o mundo para dinamizar as economias combalidas pela crise. Mas o BC tem "autonomia operacional" e faz ouvidos moucos.

Muitos acham que a reunião dos dias 20 e 21 de janeiro, pode baixar o juro em até um ponto percentual. As centrais sindicais querem, no mínimo, 2% a menos. A Fiesp, neste ponto, foi até mais ousada. Embora a imprensa, nas edições de hoje, só tenham falado na proposta empresarial de reduzir salários e jornada de trabalho sem uma efetiva garantia de emprego, a sugestão do Paulo Skaf de um corte drástico na taxa Selic, dos atuais 13,75% para 8%, não teve repercussão. O silêncio da mídia nessa matéria é uma demonstração inequívoca de seu rabo preso não com os leitores/ouvintes/telespectadores, mas sim com a banca.
No sítio do Banco Central é possível ver a íntegra das atas do Copom. São textos áridos, em economês. Para saciar curiosidades, leiam os tr~es últimos itens da ata dos nossos ortodoxos cavalheiros do Banco Central:
"28. Nesse contexto, tendo a maioria dos membros do Comitê discutido a possibilidade de reduzir a taxa básica de juros já nesta reunião, em ambiente macroeconômico que continua cercado por grande incerteza, o Copom decidiu por unanimidade, ainda manter a taxa Selic em 13,75% a. a., sem viés, neste momento. O Comitê irá monitorar atentamente a evolução do cenário prospectivo para a inflação com vistas a definir tempestivamente os próximos passos de sua estratégia de política monetária.

29. No regime de metas para a inflação, o Copom orienta suas decisões de acordo com os valores projetados para a inflação, a análise de diversos cenários alternativos para a evolução das principais variáveis que determinam a dinâmica prospectiva dos preços e o balanço dos riscos associado às suas projeções. Há sinais de que o ritmo de expansão da demanda doméstica, que continuou se expandindo a taxas robustas no terceiro trimestre, estaria, atualmente, contribuindo de forma menos intensa para o dinamismo da atividade econômica, a despeito da persistência de fatores de estímulo, como o crescimento da renda, agindo sobre a economia. Por outro lado, a contribuição do setor externo para um cenário inflacionário favorável, diante da forte depreciação de preços de ativos brasileiros e da aparente redução na capacidade de importar, tornou-se menos efetiva. Nesse ambiente, cabe à política monetária trazer a inflação de volta à trajetória de metas já em 2009, de forma a evitar que a maior incerteza detectada em horizontes mais curtos se propague para horizontes mais longos e, assim, favorecer uma recuperação sustentada da atividade econômica. Evidentemente, na eventualidade de se verificar alteração no perfil de riscos que implique modificação do cenário prospectivo básico traçado para a inflação pelo Comitê neste momento, a postura da política monetária será prontamente adequada às circunstâncias.

30. Ao final da reunião, foi registrado que o Comitê voltará a se reunir em 20 de janeiro de 2009, para as apresentações técnicas, e no dia seguinte, para deliberar sobre a política monetária, conforme estabelecido pelo Comunicado 17.327, de 27/8/2008."




O bicho vai pegar


A eleição da Mesa do Senado, por contar com 81 votos, é mais previsível. Parece que a candidatura do senador Tião Viana (PT/AC) está fazendo água. O PMDB, livre, leve e solto, aposta em um dos seus e desvincula os arranjos da Câmara com os do Senado.


A Câmara Federal, com 513 deputados, é uma outra história. Lá, a quantidade de interesses em jogo torna a disputa sempre permeada de suspense, emoção. Nem sempre o favorito ganha. A aparente vantagem do deputado peemedebista Michel Temer sofre os abalos das crescentes contradições entre o PMDB da Cãmara e o PT.


Quem corre por fora pode levar a taça no segundo turno. Aldo Rebelo, ex-presidente da Câmara (na foto em um evento da campanha eleitoral de 2006) pinta e borda sua candidatura com paciência e sabedoria.

Faixa de Gaza

Não satisfeitos com as mais de mil mortes na Faixa de Gaza, o governo de Israel não quer nem que as vírtimas tenham direito ao sepultamento. Bombardeiam até cemitério, que ao lado das escolas, hospitais, residências e outros alvos civis, como as centenas de crianças mortas, transformam essa invasão em um dos episódios mais hediondos dos últimos tempos.

A luta por juros menores


As centrais sindicais decidiram fazer grandes mobilizações pelo rebaixamento imediato de pelo menos dois pontos percentuais da taxa de juros. A próxima mobilização será no dia 21 de janeiro, quarta-feira, em frente ao Banco Central, para pressionar o Copom a abandonar seu conservadorismo na política monetária.


Em São Paulo o ato será na Av. Paulista, em, frente ao BC, às 10 horas da manhã. A ideia é que todas as capitais que tenham unidades do BC sejam alvos de protestos. A reunião que referendou esta manifestação foi realizada nesta quinta-feira, 15, na sede nacional da CTB e foi coordenada por Wagner Gomes (foto).
Além do presidente da CTB, participaram Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, Ricardo Patah, presidente da UGT, José Calixto, presidente da nova Central, Pereira, secretário geral da CGTB e diversos sindicalistas.
A reunião serviu também para as centrais unificarem o discurso da luta contra o desemprego e pela preservação dos direitos dos trabalhadores. A CUT não participou da reunião, mas seu presidente disse concordar com os termos do que foi discutido.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

A proposta da Fiesp




Paulo Skaf, presidente da Fiesp, reuniu o Conselho Superior Estratégico da entidade para debater a posição dos industriais paulistas frente à crise e impactos no emprego.


Com a participação de nomes de peso do setor, como os presidentes da Cia. Vale do Rio Doce, Embraer, Votorantim, Gol, Gradiante, entre outros, a reunião aprovou três propostas:

1) Redução em até 25% da jornada de trabalho e do respectivo salário;

2) Redução drástica da taxa Selic (dos atuais 13,75% para algo em torno de 8%); e

3) Diminuição da carga tributária.


A reunião foi realizada na sequência dos entendimentos entre a Fiesp e outras federações patronais com a Força Sindical. O objetivo dessas reuniões, segundo eles, é garantir o nível de emprego em todos os setores, por um prazo consensuado entre patrões e empregados.


Skaf afirma que o Copom, em sua reunião do próximo dia 22, quinta-feira, precisa ser ousado, compatibilizar sua ação com o discurso do governo e baixar algo em torno de 5% da Selic, o que injetaria R$ 70 bilhões na economia.


O presidente da Fiesp alega, também, que as empresas, ao contrário do que se afirma, não receberam dinheiro público e que a diminuição da alíquota do IPI favorece o consumidor, não os segmentos beneficiados.


Das três propostas da Fiesp, podemos dizer que uma é boa, a outra é razoável e outra ruim.


A proposta boa é a redução drástica da taxa básica de juros, verdadeiro clamor nacional, e que deve ter o apoio do movimento sindical. A diminuição seletiva de alíquotas tributárias em alguns segmentos também é possível, para dinamizar determinados setores e evitar a retração na produção e seus impactos sobre o emprego.


A redução de até 25% dos salários (proporcionalmente á redução da jornada de trabalho), é um ataque direto e injustificado ao bolso do trabalhador. Nesse último período, os empresários lavaram a égua com os lucros, bateram recordes de venda (vide a produção recorde da indústria automobilística brasileira).


O rendimento dos trabalhadores, todavia, embora tenha se elevado, em média, acima da inflação, ficou abaixo da produtividade da economia, o que se traduz em diminuição da participação do trabalho na renda nacional.


O justo seria, neste momento, os patrões diminuírem suas margens de lucro, manter os empregos e os direitos dos trabalhadiores. É a velha história que eu sempre repito: quando a economia vai bem, os trabalhadores são os últimos a ganhar; quando a economia vai mal, os trabalhadores são os primeiros a perder.


Não há como o movimento sindical aceitar perdas de emprego e de direitos. A unidade e a luta das centrais, a pressão direta sobre os empresários, o governo federal e os governos estaduais, a articulação com o Congresso Nacional e as entidades democráticas e populares, em um amplo movimento cívico em defesa do emprego e dos direitos, são as tarefas centrais para a conjuntura.
São essas as proposições que a CTB proporá às outras centrais na reunião desta quinta-feira, dia 15, às 10 horas, em sua sede nacional.

Renê Vicente dos Santos


A partir de janeiro de 2009 o Sintaema - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo será presidido por Renê Vicente dos Santos.
Renê tem 35 anos de idade. Quando eu ingressei na Sabesp, ele tinha cinco anos. Eletricista de Manutenção, o novo presidente é funcionário da Sabesp há 10 anos.
Atualmente ele é diretor de Imprensa e Comunicação do Sintaema, encabeçou a vitoriosa Chapa 1, de situação, nas eleições da entidade realizadas nos dias 25, 26 e 27 de novembro, do ano passado. Renê também é sociólogo e passará a presidir um dos mais importantes sindicados filiados à CTB no Estado de São Paulo.
O Sintaema tem cerca de 20 mil trabalhadores da Sabesp (empresa estadual de saneamento), Cetesb (agência ambiental paulista), Fundação Florestal, Saned (empresa de saneamento de Diadema), Ciágua, Ecosama (Mauá).
O Sintaema é dirigido há 21 anos por sindicalistas identificados com a Corrente Sindical Classista, hoje organizados na CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. A direção do sindicato conta também com sindicalistas identificados com a CUT e a Intersindical.
A posse formal será no dia 21 de janeiro de 2009, quarta-feira. A oposição, derrotada, tentou melar o jogo no tapetão, mas não logrou êxito.

Sintaema

Remover formatação da seleção
No próximo dia 21 de janeiro, quarta-feira, toma posse a nova diretoria do Sintaema - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. A entidade é filiada à CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e será presidida na próxima gestão pelo companheiro Renê Vicente dos Santos (foto abaixo).

O Sintaema representa os trabalhadores da Sabesp (empresa de saneamento básico paulista), a Cetesb (agência ambiental), a Saned (empresa de saneamento do município de Diadema), a Fundação Florestal (responsável pela política de preservação das florestas paulistas), e outras empresas menores como a Ecosama e a Desga Ambiental.

A proposta da Fiesp




Paulo Skaf, presidente da Fiesp, reuniu o Conselho Superior Estratégico da entidade para debater a posição dos industriais paulistas frente à crise e impactos no emprego.


Com a participação de nomes de peso do setor, como os presidentes da Cia. Vale do Rio Doce, Embraer, Votorantim, Gol, Gradiante, entre outros, a reunião aprovou três propostas:

1) Redução em até 25% da jornada de trabalho e do respectivo salário;

2) Redução drástica da taxa Selic (dos atuais 13,75% para algo em torno de 8%); e

3) Diminuição da carga tributária.


A reunião foi realizada na sequência dos entendimentos entre a Fiesp e outras federações patronais com a Força Sindical. O objetivo dessas reuniões, segundo eles, é garantir o nível de emprego em todos os setores, por um prazo consensuado entre patrões e empregados.


Skaf afirma que o Copom, em sua reunião do próximo dia 22, quinta-feira, precisa ser ousado, compatibilizar sua ação com o discurso do governo e baixar algo em torno de 5% da Selic, o que injetaria R$ 70 bilhões na economia.


O presidente da Fiesp alega, também, que as empresas, ao contrário do que se afirma, não receberam dinheiro público e que a diminuição da alíquota do IPI favorece o consumidor, não os segmentos beneficiados.


Das três propostas da Fiesp, podemos dizer que uma é boa, a outra é razoável e outra ruim.


A proposta boa é a redução drástica da taxa básica de juros, verdadeiro clamor nacional, e que deve ter o apoio do movimento sindical. A diminuição seletiva de alíquotas tributárias em alguns segmentos também é possível, para dinamizar determinados setores e evitar a retração na produção e seus impactos sobre o emprego.


A redução de até 25% dos salários (proporcionalmente á redução da jornada de trabalho), é um ataque direto e injustificado ao bolso do trabalhador. Nesse último período, os empresários lavaram a égua com os lucros, bateram recordes de venda (vide a produção recorde da indústria automobilística brasileira).


O rendimento dos trabalhadores, todavia, embora tenha se elevado, em média, acima da inflação, ficou abaixo da produtividade da economia, o que se traduz em diminuição da participação do trabalho na renda nacional.


O justo seria, neste momento, os patrões diminuírem suas margens de lucro, manter os empregos e os direitos dos trabalhadiores. É a velha história que eu sempre repito: quando a economia vai bem, os trabalhadores são os últimos a ganhar; quando a economia vai mal, os trabalhadores são os primeiros a perder.


Não há como o movimento sindical aceitar perdas de emprego e de direitos. A unidade e a luta das centrais, a pressão direta sobre os empresários, o governo federal e os governos estaduais, a articulação com o Congresso Nacional e as entidades democráticas e populares, em um amplo movimento cívico em defesa do emprego e dos direitos, são as tarefas centrais para a conjuntura.
São essas as proposições que a CTB proporá às outras centrais na reunião desta quinta-feira, dia 15, às 10 horas, em sua sede nacional.

Renê Vicente dos Santos


A partir de janeiro de 2009 o Sintaema - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo será presidido por Renê Vicente dos Santos.
Renê tem 35 anos de idade. Quando eu ingressei na Sabesp, ele tinha cinco anos. Eletricista de Manutenção, o novo presidente é funcionário da Sabesp há 10 anos.
Atualmente ele é diretor de Imprensa e Comunicação do Sintaema, encabeçou a vitoriosa Chapa 1, de situação, nas eleições da entidade realizadas nos dias 25, 26 e 27 de novembro, do ano passado. Renê também é sociólogo e passará a presidir um dos mais importantes sindicados filiados à CTB no Estado de São Paulo.
O Sintaema tem cerca de 20 mil trabalhadores da Sabesp (empresa estadual de saneamento), Cetesb (agência ambiental paulista), Fundação Florestal, Saned (empresa de saneamento de Diadema), Ciágua, Ecosama (Mauá).
O Sintaema é dirigido há 21 anos por sindicalistas identificados com a Corrente Sindical Classista, hoje organizados na CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil. A direção do sindicato conta também com sindicalistas identificados com a CUT e a Intersindical.
A posse formal será no dia 21 de janeiro de 2009, quarta-feira. A oposição, derrotada, tentou melar o jogo no tapetão, mas não logrou êxito.

Sintaema

Remover formatação da seleção
No próximo dia 21 de janeiro, quarta-feira, toma posse a nova diretoria do Sintaema - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. A entidade é filiada à CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil e será presidida na próxima gestão pelo companheiro Renê Vicente dos Santos (foto abaixo).

O Sintaema representa os trabalhadores da Sabesp (empresa de saneamento básico paulista), a Cetesb (agência ambiental), a Saned (empresa de saneamento do município de Diadema), a Fundação Florestal (responsável pela política de preservação das florestas paulistas), e outras empresas menores como a Ecosama e a Desga Ambiental.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Facão



A pena de morte do trabalhador é apelidada de facão. Facão é sinônimo de demissão. É o que ocorre em todo o mundo hoje, em decorrência de uma das mais graves crises do capitalismo. O drama parece que chegou com tudo no Brasil.

A construção civil, montadoras e as siderúrgicas lideram os primeiros e tenebrosos movimentos. férias coletivas, cortes nos investimentos, redefinição para baixo de suas perspectivas.
Ato em Salvador com dirigentes da CTB e
da UMB
O patronato, como sempre, quer tirar o seu da reta e descarregar o peso da crise nas costas dos trabalhadores e do governo. Falam em diminuição da carga tributária, pedem créditos fartos e baratos e alongamento de suas dívidas tributárias. Para os trabalhadores, oferecem o cardápio amargo da redução da jornada com redução do salário, suspensão do contrato de trabalho, banco de horas ou demissão pura e simples.

Nestas horas, sempre é mais difícil para o movimento sindical atuar. Há que se procurar uma saída que preserve empregos e direitos, o que não é fácil em conjunturas desfavoráveis.

O governo precisa ser protagonista no enfrentamento dessa questão.ç Ao conceder facilidades aos empresários precisa cobrar contrapartida, a mais importante delas é a manutenção do nível de emprego.

A mobilização dos trabalhadores deve pressionar os empresários e o governo no sentido de que o ônus da crise não recaia sobre as costas de quem vive de salário. É uma luta difícil, mas necessária.

Ontem e hoje, pelo menos aqui em São Paulo, o calor está muito forte. Sem brisa marítima para mitigar o ar quente e seco da Paulicéia desvairada, sou obrigado a aceitar, docemente constrangido, o convite da Juliana Paes para uma rodada de cerveja. Vamos?

Novo endereço do blog


http://nivaldosantana.blogspot.com/, eis o novo endereço e uma nova tentativa de tornar o blog menos enfadonho e com maior disponibilidade de ferramentas. Vou tentar. Se der errado, recomeço pelo blog antigo.
Esta primeira postagem é um exercício, que vai da própria mensagem até a inserção de fotos.

Facão



A pena de morte do trabalhador é apelidada de facão. Facão é sinônimo de demissão. É o que ocorre em todo o mundo hoje, em decorrência de uma das mais graves crises do capitalismo. O drama parece que chegou com tudo no Brasil.

A construção civil, montadoras e as siderúrgicas lideram os primeiros e tenebrosos movimentos. férias coletivas, cortes nos investimentos, redefinição para baixo de suas perspectivas.
Ato em Salvador com dirigentes da CTB e
da UMB
O patronato, como sempre, quer tirar o seu da reta e descarregar o peso da crise nas costas dos trabalhadores e do governo. Falam em diminuição da carga tributária, pedem créditos fartos e baratos e alongamento de suas dívidas tributárias. Para os trabalhadores, oferecem o cardápio amargo da redução da jornada com redução do salário, suspensão do contrato de trabalho, banco de horas ou demissão pura e simples.

Nestas horas, sempre é mais difícil para o movimento sindical atuar. Há que se procurar uma saída que preserve empregos e direitos, o que não é fácil em conjunturas desfavoráveis.

O governo precisa ser protagonista no enfrentamento dessa questão.ç Ao conceder facilidades aos empresários precisa cobrar contrapartida, a mais importante delas é a manutenção do nível de emprego.

A mobilização dos trabalhadores deve pressionar os empresários e o governo no sentido de que o ônus da crise não recaia sobre as costas de quem vive de salário. É uma luta difícil, mas necessária.

Ontem e hoje, pelo menos aqui em São Paulo, o calor está muito forte. Sem brisa marítima para mitigar o ar quente e seco da Paulicéia desvairada, sou obrigado a aceitar, docemente constrangido, o convite da Juliana Paes para uma rodada de cerveja. Vamos?

Novo endereço do blog


http://nivaldosantana.blogspot.com/, eis o novo endereço e uma nova tentativa de tornar o blog menos enfadonho e com maior disponibilidade de ferramentas. Vou tentar. Se der errado, recomeço pelo blog antigo.
Esta primeira postagem é um exercício, que vai da própria mensagem até a inserção de fotos.