sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Centrais sindicais retomam mobilização

Reunidas nesta manhã de sexta-feira na sede da Força Sindical, cinco centrais sindicais (CTB, Força, UGT, Nova Central e CGTB) definiram uma proposta de calendário de mobilização para o primeiro semestre. A ideia é realizar eventos que tenham como centro a luta pelo desenvolvimento e a valorização do trabalho.

A primeira atividade, a ser realizada em março, prevê uma grande manifestação de massa na Av. Paulista, aglutinando os movimentos sociais e setores produtivos, com a bandeira de "Desenvolvimento com menos juros, mais emprego e salário".

Posteriormente, deve ser realizada uma marcha de sindicalistas para Brasília e um grande 1º de Maio Unificado, para colocar no centro do debate político nacional a agenda dos trabalhadores. Unidade com base em uma plataforma unificada é essencial para que os trabalhadores façam valer suas demandas.

Enquanto isso, a CUT, uma vez mais, se afasta das mobilizações unitárias e dá um passo em falso: prefere fazer coro com o DEM, que ingressou com uma representação no Supremo Tribunal Federal questionando o reconhecimento formal das centrais sindicais e suas fontes de sustentação.

Em carta endereçada aos ministros do STF, a CUT disse que não tem nada contra a legalização das centrais sindicais, mas reforça a posição do DEM no sentido de cortar o repasse de 10% da contribuição sindical para elas. A quem serve essas posições?

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Adeus ao automóvel

Andar de ônibus e metrô diariamente faz parte do meu ritual. Ao contrário de muita gente, eu não mantenho uma rigidez horária nos períodos de pico, o que, de certa forma, explica o fato de que eu, se consultado, me colocaria fora dos 41% de brasileiros que acham ruim o transporte público.

Pesquisa de mobilidade urbana, realizada nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, aponta que a grande maioria da população opta ou sonha com o transporte individual: automóvel, para quem tem melhores condições, e motocicletas para os mais pobres.

Claro que ônibus, trens e metrôs (foto acima) lotam demais, são lentos, desconfortáveis e nem sempre primam pela pontualidade. Certo que o transporte sobre trilhos é mais rápido, não polui, mas tem uma rede pequena demais.

Tudo isso é verdade, mas há uma verdade muito maior: há uma verdadeira ideologização das vantagens comparativas do transporte individual. Utilizar-se do transporte público parece que é um castigo imposto ao cidadão, uma espécie de exclusão social.

Vivemos, assim, uma realidade contraditória. A indústria automobilística é poderosa, sua cadeia produtiva é ampla e diversificada e um dos remédios sempre lembrados para aquecer a economia é justamente fortalecer esse segmento industrial.

De uma forma ou de outra, essa obsessão pelo automóvel acaba rebaixando a luta por um transporte público avançado, eficiente, rápido e confortável. Para prejuízo daqueles usuários inveterados de transporte público. Fica registrado o protesto daquele que disse adeus ao automóvel...