Do jeito que as coisas vão, qualquer dia desses o TSE, para economizar, vai suspender as eleições e consultar os institutos de pesquisa para saber quem serão os eleitos. Para evitar erros, o método mais eficaz seria fazer uma média de todas as pesquisas.
Falo isso para lembrar que o Datafolha e a Folha de S.Paulo são de uma mesma empresa. A Folha não esconde de ninguém que tem o rabo preso com a candidatura Serra. Só isso já seria o suficiente para se desconfiar desse instituto.
Um exemplo: no fim de março, quando o governador paulista preparava sua renúncia, só pintavam notícias ruins para ele: greves no funcionalismo, atrasos nas obras do Metrô, do Rodoanel Sul e da Marginal do Tietê, crescimento de Dilma nas pesquisas e por aí vai...
Como um raio em céu azul, veio a boa notícia para as ambições presidenciais do tucano. Como um milagre, a gangorra eleitoral muda de lado: Serra sobe e Dilma cai. A pesquisa foi celebrada pela Folha e instantaneamente reverberada em outros veículos. Com isso, voltou a reinar a paz no poleiro dos tucanos.
Quando voltava a bruxulear as lamparinas tucanas, eis que a Vox Populi joga água no chope do Serra. Esse instituto valida uma tendência de empate técnico entre Dilma e o ex-governador paulista.
Com quem a razão? Na guerra, a primeira vítima é a verdade, diz o dito popular. Mas, cá com os meus botões, parece-me mais lógica e coerente a sequência da Vox Populi.
A base multipartidária, a popularidade do presidente, a economia e o consumo crescendo, os palanques fortes nos estados, tudo conspira a favor da melhora da pré-candidata Dilma.
Só a mídia não enxerga isso, por confesso partidarismo. Essas constações não devem corroborar a tese, como falam os advogados, do "já ganhou". Em eleições, se começa a perder quando se acha que já ganhou.
Por isso, quem quer a paz da vitória, que se prepare para a guerra eleitoral. Certo, Dr. Carl von Klausewitz?