sábado, 12 de novembro de 2011

Venezuela: fundada central sindical bolivariana

Nesta quinta-feira, 10 de novembro, uma grande assembleia com exatos 3.462 delegados aprovou a fundação da Central Bolivariana e Socialista dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Venezuela (CBST). O processo de discussão se iniciou em fevereiro e durante esse período foram realizadas 48 assembleias nos estados, 1.523 assembleias nos sindicatos e oito marchas regionais.

O destaque no evento, realizado no ginásio Poliesportivo da capital do estado de Vargas, foi o pronunciamento de Hugo Chávez, transmitido ao vivo pela TV. O presidente lembrou que foi a sua primeira aparição pública, depois da cirurgia de cinco meses atrás.

O congresso fundacional aprovou também a proposta de lutar por uma nova lei orgânica do trabalho para a Venezuela, a incorporação da militância da nova central em trabalho voluntário para a construção de moradias, a criação de milícias bolivarianas nas empresas, solidariedaee aos povos do mundo e um plano de lutas.

A direção eleita, encabeçada por Wills Rangel (foto acima), presidente da Federação Única dos Petroleitos, é formada basicamente por dirigentes das federações que compõem a CBST. A sessão de encerramento aprovou simbolicamente, por unanimidade, tanto a nova direção quanto as resoluções e a Declaração de Princípios.

Participaram do congresso praticamente todos os ministros da Venezuela, os presidentes da Assembleia Nacional e da PDVSA, o governador do Estado de Vargas e outras autoridades locais. A presidenta da CGTP (Peru) representou a delegação internacional.

No seu pronunciamento, que encerrou o congresso, Chávez se comprometeu a promulgar a nova Lei Orgânica do Trabalho no 1º de Maio do ano que vem, além de adotar outras medidas de apoios aos aposentados.

Sobre o seu país, o presidente disse que o grande desafio é consolidar a nova hegemonia nesse período de transição para o socialismo. Alertou sobre a crise atual do capitalismo e enfatizou que o socialismo é a única saída para construir uma sociedade guiada pela lógica do trabalho e não do capital.

Por último, fez uma previsão: o PSUV e o Pólo Patriótico terão 70% dos votos nas eleições do ano que vem. Otimista e com seu costumeiro estilo ferino e mordaz, rechaçou qualquer possibilidade de retorno ao comando do governo das forças conservadoras e neoliberais.