terça-feira, 7 de setembro de 2010

Brasil Independente, Dilma Presidente!

Neste 7 de setembro celebramos a data magna da Independência do Brasil. Um acontecimento fundamental para a história do país. Em 2022, daqui a doze anos, portanto, comemoraremos o bicentenário. Em muitos países latinoamericanos, o bicentenário é comemorado este ano. Argentina, Venezuela, Colômbia e Chile, para citar alguns exemplos, começaram ou proclamaram sua Independência no emblemático ano de 1810.

A guerra pela Independência dos EUA, formalmente declarada em 4 de julho de 1776,  inaugurou o ciclo e foi a mais radical da América. As treze colônias que se rebelaram contra os britânicos conquistaram, além da Independência, vasta área territorial. Resultado: um século após sua Independência, os EUA já eram uma das grandes potências mundiais.

A América espanhola, liderada por figuras proeminentes como Simón Bolívar, José de San Martín e Bernardo O'Higgins, conquistaram a Independência, proclamaram a Repúblia e aboliram a escravidão. Mas o sonho da unidade territorial não se concretizou e a América Espanhola se fragmentou em diversos países.

A Revolução Francesa e as guerras napoleônicas, ao lado da Independência dos EUA, influenciaram bastante os movimentos de descolonização da América espanhola e portuguesa. Em 1808, por exemplo, a França de Napoleão passa a dominar a Espanha e invade Portugal.

Dois resultados importantes. A Espanha debilitada abre caminho para a Independência de suas colônias na América e, no caso do Brasil, a fuga da Família Real portuguesa para o país provoca uma inédita situação em que o Brasil colônia passa a ser também capital da metrópole, provavelmente caso único na história.

Com isso, a Independência brasileira segue um caminho particular - só é proclamada em em 7de setembro de 1822, com a particularidade de se manter a escravidão até 1888 e a monarquia até 1889. O atraso na abolição da escravatura e na proclamação da República teve, no entanto, pelo menos um resultado positivo. Ao contrário da América espanhola, aqui manteve-se a unidade territorial, uma das vantagens estratégicas do Brasil contemporâneo.

Esse assunto é matéria para historiadores. A peroração feita é apenas para ilustrar o artigo e registrar que a melhor forma de se celebrar o aniversário da Independência do nosso país é lutar para dar continuidade virtuosa ao ciclo histórico progressista do Brasil. Hoje isso se traduz na eleição de Dilma para presidente da República. É com ela que eu vou!