Lênin dizia que "sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário". Engels falava que há três tipos principais de luta de classes: luta econômica, luta política e luta teórica. O PCdoB aponta que, na acumulação de forças para avançar a luta pelo socialismo, os comunistas atuam na luta social, na luta política e na luta de ideias.
A luta econômica e/ou social é a expressão mais próxima e concreta da ação das massas(sindicatos, associações de moradores e estudantis, etc.). A luta política, em uma dimensão mais elevada, é, a disputa pelo poder político, pelo governo e outros espaços do arcabouço institucional.
A luta teórica e de ideias, mais refinada e superior, é a luta para disputar a consciência das pessoas, dos segmentos e das classes sociais (universidades, centros de inteligência, etc.). Talvez seja a mãe de todas as lutas. E viva o Dia das Mães!
A luta de ideias tem vários palcos, várias dimensões. A universidade talvez seja o locus principal dessa luta, a arena onde se realiza o embate estratégico sobre os paradigmas e as concepções que norteiam as grandes definições teóricas que, em seus desdobramentos, impulsionam a luta política, econômica e social.
Há também, no Brasil, centros avançados do pensamento estratégico. A Escola Superior de Guerra, o Itamaraty, artistas de vanguarda, intelectualidade avançada, centros de estudo e formação dos partidos políticos, etc.
No terreno da grande disputa teórica, estamos em dificuldade. Além da surra diária que sofremos da mídia oligopolizada, são rarefeitos os espaços que ocupamos onde as ideias rolam e acontecem.
Talvez eu esteja traumatizado esta semana, por ter participado de uma mesa de doutorandos, na PUC paulista, onde a mestra-doutora era de um direitismo de dar dó. Abordo tudo isso para, finalmente, concluir o seguinte: a luta de ideias é multidimensional, se realiza em vários terrenos, tem múltiplos instrumentos.
Talvez nem seja o caso de hierarquizar a importância relativa de cada um, mas quando Marx deu o salto na elaboração teórica, sistematizando e superando a economia clássica inglesa, a filosofia clássica alemã e o socialismo francês, ele demonstrou que, ao fim e ao cabo, é na fronteira do conhecimento que se decide a porfia teórica.
É uma briga de gigantes do pensamento, anos-luz à frente dos pigmeus que fazem nossos jornais, revistas, tvs e rádios da chamada mídia dominante. Os arautos do senso-comum pontificam enquanto não forem derrotados teórica e politicamente. Em uma frase: enquanto os expropriadores não forem expropriados!
Opiniões, comentários e notas sobre política, sindicalismo, economia, esporte, cultura e temas correlatos.
sábado, 9 de maio de 2009
Luta de ideias
Lênin dizia que "sem teoria revolucionária não há movimento revolucionário". Engels falava que há três tipos principais de luta de classes: luta econômica, luta política e luta teórica. O PCdoB aponta que, na acumulação de forças para avançar a luta pelo socialismo, os comunistas atuam na luta social, na luta política e na luta de ideias.
A luta econômica e/ou social é a expressão mais próxima e concreta da ação das massas(sindicatos, associações de moradores e estudantis, etc.). A luta política, em uma dimensão mais elevada, é, a disputa pelo poder político, pelo governo e outros espaços do arcabouço institucional.
A luta teórica e de ideias, mais refinada e superior, é a luta para disputar a consciência das pessoas, dos segmentos e das classes sociais (universidades, centros de inteligência, etc.). Talvez seja a mãe de todas as lutas. E viva o Dia das Mães!
A luta de ideias tem vários palcos, várias dimensões. A universidade talvez seja o locus principal dessa luta, a arena onde se realiza o embate estratégico sobre os paradigmas e as concepções que norteiam as grandes definições teóricas que, em seus desdobramentos, impulsionam a luta política, econômica e social.
Há também, no Brasil, centros avançados do pensamento estratégico. A Escola Superior de Guerra, o Itamaraty, artistas de vanguarda, intelectualidade avançada, centros de estudo e formação dos partidos políticos, etc.
No terreno da grande disputa teórica, estamos em dificuldade. Além da surra diária que sofremos da mídia oligopolizada, são rarefeitos os espaços que ocupamos onde as ideias rolam e acontecem.
Talvez eu esteja traumatizado esta semana, por ter participado de uma mesa de doutorandos, na PUC paulista, onde a mestra-doutora era de um direitismo de dar dó. Abordo tudo isso para, finalmente, concluir o seguinte: a luta de ideias é multidimensional, se realiza em vários terrenos, tem múltiplos instrumentos.
Talvez nem seja o caso de hierarquizar a importância relativa de cada um, mas quando Marx deu o salto na elaboração teórica, sistematizando e superando a economia clássica inglesa, a filosofia clássica alemã e o socialismo francês, ele demonstrou que, ao fim e ao cabo, é na fronteira do conhecimento que se decide a porfia teórica.
É uma briga de gigantes do pensamento, anos-luz à frente dos pigmeus que fazem nossos jornais, revistas, tvs e rádios da chamada mídia dominante. Os arautos do senso-comum pontificam enquanto não forem derrotados teórica e politicamente. Em uma frase: enquanto os expropriadores não forem expropriados!
A luta econômica e/ou social é a expressão mais próxima e concreta da ação das massas(sindicatos, associações de moradores e estudantis, etc.). A luta política, em uma dimensão mais elevada, é, a disputa pelo poder político, pelo governo e outros espaços do arcabouço institucional.
A luta teórica e de ideias, mais refinada e superior, é a luta para disputar a consciência das pessoas, dos segmentos e das classes sociais (universidades, centros de inteligência, etc.). Talvez seja a mãe de todas as lutas. E viva o Dia das Mães!
A luta de ideias tem vários palcos, várias dimensões. A universidade talvez seja o locus principal dessa luta, a arena onde se realiza o embate estratégico sobre os paradigmas e as concepções que norteiam as grandes definições teóricas que, em seus desdobramentos, impulsionam a luta política, econômica e social.
Há também, no Brasil, centros avançados do pensamento estratégico. A Escola Superior de Guerra, o Itamaraty, artistas de vanguarda, intelectualidade avançada, centros de estudo e formação dos partidos políticos, etc.
No terreno da grande disputa teórica, estamos em dificuldade. Além da surra diária que sofremos da mídia oligopolizada, são rarefeitos os espaços que ocupamos onde as ideias rolam e acontecem.
Talvez eu esteja traumatizado esta semana, por ter participado de uma mesa de doutorandos, na PUC paulista, onde a mestra-doutora era de um direitismo de dar dó. Abordo tudo isso para, finalmente, concluir o seguinte: a luta de ideias é multidimensional, se realiza em vários terrenos, tem múltiplos instrumentos.
Talvez nem seja o caso de hierarquizar a importância relativa de cada um, mas quando Marx deu o salto na elaboração teórica, sistematizando e superando a economia clássica inglesa, a filosofia clássica alemã e o socialismo francês, ele demonstrou que, ao fim e ao cabo, é na fronteira do conhecimento que se decide a porfia teórica.
É uma briga de gigantes do pensamento, anos-luz à frente dos pigmeus que fazem nossos jornais, revistas, tvs e rádios da chamada mídia dominante. Os arautos do senso-comum pontificam enquanto não forem derrotados teórica e politicamente. Em uma frase: enquanto os expropriadores não forem expropriados!
Brasileirão
Começa hoje o Brasileirão. Despontam como favoritos o Internacional, o Cruzeiro e o Corinthians. Acredito que, na média, os times paulistas estão todos no páreo (incluo o São Paulo, o Palmeiras e o Santos) e talvez o Mengão, campeão carioca.
Um problema: a disputa simultânea de mais de uma competição - Libertadores, Copa Brasil - atrapalha os melhores times. Amanhã, por exemplo, o Timão pega o fortíssimo Inter com um time misto.´E os resultados negativos acumulados, em qualquer fase da competição, pesam bastante na hora dos finalmente.
Betim
Um das mais importantes entidades filiadas à CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - é o Sindicato dos Metalúrgicos de Betim. A principal empresa do sindicato é a montadora Fiat.
Ontem, sexta-feira, eu tive a oportunidade de participar em um debate com os companheiros de lá. Ao lado do assessor econômico da bancada federal do PCdoB, Lécio Moraes, e da deputada federal Jô Moraes, falamos de quase tudo: crise do capitalismo, sindicalismo, aniversário do PCdoB e experiência de construção do socialismo na China.
O presidente do sindicato, Marcelino da Rocha (foto ao lado), e o presidente do Sinpro e da CTB/MG, Gílson Reis, além de outras lideranças políticas e sindicais também estavam presentes. A noite acabou com o lançamento de um livro sobre a China, regado a um bom coquetel, que ninguém é de ferro.
Ontem, sexta-feira, eu tive a oportunidade de participar em um debate com os companheiros de lá. Ao lado do assessor econômico da bancada federal do PCdoB, Lécio Moraes, e da deputada federal Jô Moraes, falamos de quase tudo: crise do capitalismo, sindicalismo, aniversário do PCdoB e experiência de construção do socialismo na China.
O presidente do sindicato, Marcelino da Rocha (foto ao lado), e o presidente do Sinpro e da CTB/MG, Gílson Reis, além de outras lideranças políticas e sindicais também estavam presentes. A noite acabou com o lançamento de um livro sobre a China, regado a um bom coquetel, que ninguém é de ferro.
Brasileirão
Começa hoje o Brasileirão. Despontam como favoritos o Internacional, o Cruzeiro e o Corinthians. Acredito que, na média, os times paulistas estão todos no páreo (incluo o São Paulo, o Palmeiras e o Santos) e talvez o Mengão, campeão carioca.
Um problema: a disputa simultânea de mais de uma competição - Libertadores, Copa Brasil - atrapalha os melhores times. Amanhã, por exemplo, o Timão pega o fortíssimo Inter com um time misto.´E os resultados negativos acumulados, em qualquer fase da competição, pesam bastante na hora dos finalmente.
Betim
Um das mais importantes entidades filiadas à CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - é o Sindicato dos Metalúrgicos de Betim. A principal empresa do sindicato é a montadora Fiat.
Ontem, sexta-feira, eu tive a oportunidade de participar em um debate com os companheiros de lá. Ao lado do assessor econômico da bancada federal do PCdoB, Lécio Moraes, e da deputada federal Jô Moraes, falamos de quase tudo: crise do capitalismo, sindicalismo, aniversário do PCdoB e experiência de construção do socialismo na China.
O presidente do sindicato, Marcelino da Rocha (foto ao lado), e o presidente do Sinpro e da CTB/MG, Gílson Reis, além de outras lideranças políticas e sindicais também estavam presentes. A noite acabou com o lançamento de um livro sobre a China, regado a um bom coquetel, que ninguém é de ferro.
Ontem, sexta-feira, eu tive a oportunidade de participar em um debate com os companheiros de lá. Ao lado do assessor econômico da bancada federal do PCdoB, Lécio Moraes, e da deputada federal Jô Moraes, falamos de quase tudo: crise do capitalismo, sindicalismo, aniversário do PCdoB e experiência de construção do socialismo na China.
O presidente do sindicato, Marcelino da Rocha (foto ao lado), e o presidente do Sinpro e da CTB/MG, Gílson Reis, além de outras lideranças políticas e sindicais também estavam presentes. A noite acabou com o lançamento de um livro sobre a China, regado a um bom coquetel, que ninguém é de ferro.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Escola Nacional Florestan Fernandes
Passei esta quarta-feira na Escola Nacional Florestan Fernandes, vinculada ao MST, situada em Guararema, a 65 quilômetros de São Paulo. O prospecto diz que "a escola tem condições para a realização de encontros, seminários, cursos e atividades culturais, atendendo simultaneamente mais de 200 pessoas".
O espaço, amplo e conforável, em meio a áreas verdes e exploração de pequenas atividades agroecológicas, como eles dizem, tem três salas de aula com capacidade total para 210 pessoas, plenária para 200 pessoas, dois auditórios para 100 pessoas cada um, biblioteca com 40 mil títulos, laboratório de informática, alojamento para 200 pessoas, refeitório para 400 e por aí vai.
No ano passado, a escola realizou 77 atividades, com 3.568 educandos, com 50,53% de participação feminina.
Bem, eu fui lá participar da posse dos novos delegados sindicais do Sintaema - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Na parte da manhã houve uma palestra sobre a crise, proferida pelo professor Anselmo, da Unicamp, e à tarde eu castiguei os tímpanos dos empossas abordando o tema "O governo Serra e os Trabalhadores".
Como ontem eu havia ido à PUC participar de uma mesa sobre reestruturação produtiva, aproveitei e comprei, na livraria da escola do MST, o livro "Organização do Trabalho no Século 20 - Taylorismo, Fordismo e Toyotismo", de Geraldo Augusto Pinto, Expressão Popular.
O livro é pequeno - uma brochura de 100 páginas - e eu já estou quase no fim. Recomendo a leitura, enquanto aguardo a dissertação da professora doutora Márcia Silva sobre o tema.
O espaço, amplo e conforável, em meio a áreas verdes e exploração de pequenas atividades agroecológicas, como eles dizem, tem três salas de aula com capacidade total para 210 pessoas, plenária para 200 pessoas, dois auditórios para 100 pessoas cada um, biblioteca com 40 mil títulos, laboratório de informática, alojamento para 200 pessoas, refeitório para 400 e por aí vai.
No ano passado, a escola realizou 77 atividades, com 3.568 educandos, com 50,53% de participação feminina.
Bem, eu fui lá participar da posse dos novos delegados sindicais do Sintaema - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Na parte da manhã houve uma palestra sobre a crise, proferida pelo professor Anselmo, da Unicamp, e à tarde eu castiguei os tímpanos dos empossas abordando o tema "O governo Serra e os Trabalhadores".
Como ontem eu havia ido à PUC participar de uma mesa sobre reestruturação produtiva, aproveitei e comprei, na livraria da escola do MST, o livro "Organização do Trabalho no Século 20 - Taylorismo, Fordismo e Toyotismo", de Geraldo Augusto Pinto, Expressão Popular.
O livro é pequeno - uma brochura de 100 páginas - e eu já estou quase no fim. Recomendo a leitura, enquanto aguardo a dissertação da professora doutora Márcia Silva sobre o tema.
Escola Nacional Florestan Fernandes
Passei esta quarta-feira na Escola Nacional Florestan Fernandes, vinculada ao MST, situada em Guararema, a 65 quilômetros de São Paulo. O prospecto diz que "a escola tem condições para a realização de encontros, seminários, cursos e atividades culturais, atendendo simultaneamente mais de 200 pessoas".
O espaço, amplo e conforável, em meio a áreas verdes e exploração de pequenas atividades agroecológicas, como eles dizem, tem três salas de aula com capacidade total para 210 pessoas, plenária para 200 pessoas, dois auditórios para 100 pessoas cada um, biblioteca com 40 mil títulos, laboratório de informática, alojamento para 200 pessoas, refeitório para 400 e por aí vai.
No ano passado, a escola realizou 77 atividades, com 3.568 educandos, com 50,53% de participação feminina.
Bem, eu fui lá participar da posse dos novos delegados sindicais do Sintaema - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Na parte da manhã houve uma palestra sobre a crise, proferida pelo professor Anselmo, da Unicamp, e à tarde eu castiguei os tímpanos dos empossas abordando o tema "O governo Serra e os Trabalhadores".
Como ontem eu havia ido à PUC participar de uma mesa sobre reestruturação produtiva, aproveitei e comprei, na livraria da escola do MST, o livro "Organização do Trabalho no Século 20 - Taylorismo, Fordismo e Toyotismo", de Geraldo Augusto Pinto, Expressão Popular.
O livro é pequeno - uma brochura de 100 páginas - e eu já estou quase no fim. Recomendo a leitura, enquanto aguardo a dissertação da professora doutora Márcia Silva sobre o tema.
O espaço, amplo e conforável, em meio a áreas verdes e exploração de pequenas atividades agroecológicas, como eles dizem, tem três salas de aula com capacidade total para 210 pessoas, plenária para 200 pessoas, dois auditórios para 100 pessoas cada um, biblioteca com 40 mil títulos, laboratório de informática, alojamento para 200 pessoas, refeitório para 400 e por aí vai.
No ano passado, a escola realizou 77 atividades, com 3.568 educandos, com 50,53% de participação feminina.
Bem, eu fui lá participar da posse dos novos delegados sindicais do Sintaema - Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo. Na parte da manhã houve uma palestra sobre a crise, proferida pelo professor Anselmo, da Unicamp, e à tarde eu castiguei os tímpanos dos empossas abordando o tema "O governo Serra e os Trabalhadores".
Como ontem eu havia ido à PUC participar de uma mesa sobre reestruturação produtiva, aproveitei e comprei, na livraria da escola do MST, o livro "Organização do Trabalho no Século 20 - Taylorismo, Fordismo e Toyotismo", de Geraldo Augusto Pinto, Expressão Popular.
O livro é pequeno - uma brochura de 100 páginas - e eu já estou quase no fim. Recomendo a leitura, enquanto aguardo a dissertação da professora doutora Márcia Silva sobre o tema.
terça-feira, 5 de maio de 2009
PUC
Hoje de manhã, participei de uma mesa sobre reestruturação produtiva. Foi com uma turma de doutorandos em Ciências Sociais da PUC/SP. Compartilhei a exposição com um professor da área, todos sob o tacão de uma professora-doutora em Ciências Sociais e coordenadora dessa turma de futuros doutores.
Não vou resumir o debate, que durou três horas, mas fiquei impressionado com o conservadorismo político dos titulares do curso. Há uma certa aversão à interpretação marxista do capitalismo e de seus múltiplos fenômenos.
A professora chegou a afirmar, de forma peremptória, que o socialismo e o comunismo fracassaram e a única alternativa é o capitalismo, mesmo com todas suas crises. Com relação ao desemprego crescente, ela propõe flexibilização dos direitos trabalhistas, mais terceirização, profunda reforma sindical e amplo movimento de empreendedorismo, já que o trabalho como o concebemos está com os dias contados.
Com um professora como essa, imaginem que tipo de formação teremos ... Fiz as minhas contestações, polarizei bastante a discussão, mas foi só hoje, o resto do tempo ela reina absoluta com seus títulos acadêmicos para dar ares de veracidade às suas posições pró-capital.
Não vou resumir o debate, que durou três horas, mas fiquei impressionado com o conservadorismo político dos titulares do curso. Há uma certa aversão à interpretação marxista do capitalismo e de seus múltiplos fenômenos.
A professora chegou a afirmar, de forma peremptória, que o socialismo e o comunismo fracassaram e a única alternativa é o capitalismo, mesmo com todas suas crises. Com relação ao desemprego crescente, ela propõe flexibilização dos direitos trabalhistas, mais terceirização, profunda reforma sindical e amplo movimento de empreendedorismo, já que o trabalho como o concebemos está com os dias contados.
Com um professora como essa, imaginem que tipo de formação teremos ... Fiz as minhas contestações, polarizei bastante a discussão, mas foi só hoje, o resto do tempo ela reina absoluta com seus títulos acadêmicos para dar ares de veracidade às suas posições pró-capital.
PUC
Hoje de manhã, participei de uma mesa sobre reestruturação produtiva. Foi com uma turma de doutorandos em Ciências Sociais da PUC/SP. Compartilhei a exposição com um professor da área, todos sob o tacão de uma professora-doutora em Ciências Sociais e coordenadora dessa turma de futuros doutores.
Não vou resumir o debate, que durou três horas, mas fiquei impressionado com o conservadorismo político dos titulares do curso. Há uma certa aversão à interpretação marxista do capitalismo e de seus múltiplos fenômenos.
A professora chegou a afirmar, de forma peremptória, que o socialismo e o comunismo fracassaram e a única alternativa é o capitalismo, mesmo com todas suas crises. Com relação ao desemprego crescente, ela propõe flexibilização dos direitos trabalhistas, mais terceirização, profunda reforma sindical e amplo movimento de empreendedorismo, já que o trabalho como o concebemos está com os dias contados.
Com um professora como essa, imaginem que tipo de formação teremos ... Fiz as minhas contestações, polarizei bastante a discussão, mas foi só hoje, o resto do tempo ela reina absoluta com seus títulos acadêmicos para dar ares de veracidade às suas posições pró-capital.
Não vou resumir o debate, que durou três horas, mas fiquei impressionado com o conservadorismo político dos titulares do curso. Há uma certa aversão à interpretação marxista do capitalismo e de seus múltiplos fenômenos.
A professora chegou a afirmar, de forma peremptória, que o socialismo e o comunismo fracassaram e a única alternativa é o capitalismo, mesmo com todas suas crises. Com relação ao desemprego crescente, ela propõe flexibilização dos direitos trabalhistas, mais terceirização, profunda reforma sindical e amplo movimento de empreendedorismo, já que o trabalho como o concebemos está com os dias contados.
Com um professora como essa, imaginem que tipo de formação teremos ... Fiz as minhas contestações, polarizei bastante a discussão, mas foi só hoje, o resto do tempo ela reina absoluta com seus títulos acadêmicos para dar ares de veracidade às suas posições pró-capital.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Reestruturação Produtiva
Amanhã, terça-feira, vou à PUC de São Paulo participar de uma mesa sobre "reestruturação produtiva". O tema faz parte do curso de mestrado de estudantes de Ciências Sociais. Em meio a especialistas sobre o assunto, vou destacar os impactos sobre os trabalhadores e o sindicalismo da tal da reestruturação.
Inovações tecnológicas e novos métodos de gerenciamento - a substituição do fordismo/taylorismo pelo toyotismo - é o que se convencionou chamar de reestruturação produtiva. Associando esse fenômeno com a globalização neoliberal, pronto!, está feito o cardápio de maldades contra os trabalhadores.
Demissões estruturais e não apenas conjunturais, rebaixamento salarial, precarização das relações de trabalho, terceirização, novos doenças profissionais e por aí vai...
Vou defender a redução da jornada de trabalho como uma demanda essencial para enfrentar esse problema. No alvorecer da revolução industrial, a jornada de trabalho chegou a ser de 16 horas diárias, hoje está a metade e tem de cair muito mais.
Essas novas circunstãncias produtivas e gerenciais também provocam abalos no sindicalismo. Nossa tradição vem do sindicalismo da fase fordista/taylorista, grandes unidades produtivas, grandes linhas de produção com enorme contigente de trabalhadores.
O sindicalismo dessa época vivia de carro de som, panfletagem, piquetes etc. e tal. Essa reestruturação toda introduziu novas dinâmicas na relação dirigente e base. O centro de gravidade se desloca para o interior das empresas, para o chão da fábrica, e não para a direção sindical propriamente dita.
Ocorre que, também neste particular, o chão de fábrica pode mudar de cidade, de estado e de país, já que o capital não precisa necessariamente ficar em um local determinado, embora os centros de produção e consumo ainda joguem papel na definição dos local da empresa. Mas, só para se ter uma ideia, empresas de telemarketing dos EUA podem operar mais barato a partir da Índia...
Vou ver se pego mais novidades no debate para socializar no espaço...
Inovações tecnológicas e novos métodos de gerenciamento - a substituição do fordismo/taylorismo pelo toyotismo - é o que se convencionou chamar de reestruturação produtiva. Associando esse fenômeno com a globalização neoliberal, pronto!, está feito o cardápio de maldades contra os trabalhadores.
Demissões estruturais e não apenas conjunturais, rebaixamento salarial, precarização das relações de trabalho, terceirização, novos doenças profissionais e por aí vai...
Vou defender a redução da jornada de trabalho como uma demanda essencial para enfrentar esse problema. No alvorecer da revolução industrial, a jornada de trabalho chegou a ser de 16 horas diárias, hoje está a metade e tem de cair muito mais.
Essas novas circunstãncias produtivas e gerenciais também provocam abalos no sindicalismo. Nossa tradição vem do sindicalismo da fase fordista/taylorista, grandes unidades produtivas, grandes linhas de produção com enorme contigente de trabalhadores.
O sindicalismo dessa época vivia de carro de som, panfletagem, piquetes etc. e tal. Essa reestruturação toda introduziu novas dinâmicas na relação dirigente e base. O centro de gravidade se desloca para o interior das empresas, para o chão da fábrica, e não para a direção sindical propriamente dita.
Ocorre que, também neste particular, o chão de fábrica pode mudar de cidade, de estado e de país, já que o capital não precisa necessariamente ficar em um local determinado, embora os centros de produção e consumo ainda joguem papel na definição dos local da empresa. Mas, só para se ter uma ideia, empresas de telemarketing dos EUA podem operar mais barato a partir da Índia...
Vou ver se pego mais novidades no debate para socializar no espaço...
Reestruturação Produtiva
Amanhã, terça-feira, vou à PUC de São Paulo participar de uma mesa sobre "reestruturação produtiva". O tema faz parte do curso de mestrado de estudantes de Ciências Sociais. Em meio a especialistas sobre o assunto, vou destacar os impactos sobre os trabalhadores e o sindicalismo da tal da reestruturação.
Inovações tecnológicas e novos métodos de gerenciamento - a substituição do fordismo/taylorismo pelo toyotismo - é o que se convencionou chamar de reestruturação produtiva. Associando esse fenômeno com a globalização neoliberal, pronto!, está feito o cardápio de maldades contra os trabalhadores.
Demissões estruturais e não apenas conjunturais, rebaixamento salarial, precarização das relações de trabalho, terceirização, novos doenças profissionais e por aí vai...
Vou defender a redução da jornada de trabalho como uma demanda essencial para enfrentar esse problema. No alvorecer da revolução industrial, a jornada de trabalho chegou a ser de 16 horas diárias, hoje está a metade e tem de cair muito mais.
Essas novas circunstãncias produtivas e gerenciais também provocam abalos no sindicalismo. Nossa tradição vem do sindicalismo da fase fordista/taylorista, grandes unidades produtivas, grandes linhas de produção com enorme contigente de trabalhadores.
O sindicalismo dessa época vivia de carro de som, panfletagem, piquetes etc. e tal. Essa reestruturação toda introduziu novas dinâmicas na relação dirigente e base. O centro de gravidade se desloca para o interior das empresas, para o chão da fábrica, e não para a direção sindical propriamente dita.
Ocorre que, também neste particular, o chão de fábrica pode mudar de cidade, de estado e de país, já que o capital não precisa necessariamente ficar em um local determinado, embora os centros de produção e consumo ainda joguem papel na definição dos local da empresa. Mas, só para se ter uma ideia, empresas de telemarketing dos EUA podem operar mais barato a partir da Índia...
Vou ver se pego mais novidades no debate para socializar no espaço...
Inovações tecnológicas e novos métodos de gerenciamento - a substituição do fordismo/taylorismo pelo toyotismo - é o que se convencionou chamar de reestruturação produtiva. Associando esse fenômeno com a globalização neoliberal, pronto!, está feito o cardápio de maldades contra os trabalhadores.
Demissões estruturais e não apenas conjunturais, rebaixamento salarial, precarização das relações de trabalho, terceirização, novos doenças profissionais e por aí vai...
Vou defender a redução da jornada de trabalho como uma demanda essencial para enfrentar esse problema. No alvorecer da revolução industrial, a jornada de trabalho chegou a ser de 16 horas diárias, hoje está a metade e tem de cair muito mais.
Essas novas circunstãncias produtivas e gerenciais também provocam abalos no sindicalismo. Nossa tradição vem do sindicalismo da fase fordista/taylorista, grandes unidades produtivas, grandes linhas de produção com enorme contigente de trabalhadores.
O sindicalismo dessa época vivia de carro de som, panfletagem, piquetes etc. e tal. Essa reestruturação toda introduziu novas dinâmicas na relação dirigente e base. O centro de gravidade se desloca para o interior das empresas, para o chão da fábrica, e não para a direção sindical propriamente dita.
Ocorre que, também neste particular, o chão de fábrica pode mudar de cidade, de estado e de país, já que o capital não precisa necessariamente ficar em um local determinado, embora os centros de produção e consumo ainda joguem papel na definição dos local da empresa. Mas, só para se ter uma ideia, empresas de telemarketing dos EUA podem operar mais barato a partir da Índia...
Vou ver se pego mais novidades no debate para socializar no espaço...
domingo, 3 de maio de 2009
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