quarta-feira, 24 de junho de 2009

Projeto de Programa do PCdoB

Está deflagrado o processo de discussão das teses do 12º Congresso do PCdoB, a realizar-se em novembro, no Auditório do Parque Anhembi, em São Paulo. O principal item da pauta será a discussão do novo programa.
Esse documento começa com uma introdução que aborda os avanços civilizacionais do país: a construção de um país gigante e povo uno, produto do contraditório desenvolvimento histórico com a Independência, a Abolição e a República.
O segundo salto civilizacional foi a Revolução de 30, que modernizou o país. Indústria passa a liderar a economia, Brasil se torna urbano e uma das maiores economias do mundo. Aos trancos e barrancos, os trabalhadores conseguem alguns direitos básicos: CLT, direitos sindicais e uma rede de proteção social.
No projeto, o próximo avanço civilizacional é a transição do capitalismo para o socialismo, a partir da realidade política, econômica e social do país. Aproximar a tática da estratégia na abordagem programática é a forma de tornar o programa não um candidato a decorar as estantes dos comunistas, mas em um efetivo guia para a ação.
O projeto analisa também as vicissitudes do capitalismo e suas três crises profundas, as primeiras conquistas da luta pelo socialismo e as lições possíveis de serem extraídas. A principal delas é que não há modelo único para se chegar e construir o socialismo e a transição demandará um largo tempo, período em que, com o poder político nas mãos dos trabalhadores e predominância da propriedade social dos meios de produção, haverá ainda espaço para múltiplas formas de propriedade.
Tudo isso vai requerer a construção de uma ampla frente política e social para viabilizar o projeto estratégico. A meta é o socialismo, o caminho brasileiro é a realização das reformas estruturais. É o que vamos debater nos próximos cinco meses.

Projeto de Programa do PCdoB

Está deflagrado o processo de discussão das teses do 12º Congresso do PCdoB, a realizar-se em novembro, no Auditório do Parque Anhembi, em São Paulo. O principal item da pauta será a discussão do novo programa.
Esse documento começa com uma introdução que aborda os avanços civilizacionais do país: a construção de um país gigante e povo uno, produto do contraditório desenvolvimento histórico com a Independência, a Abolição e a República.
O segundo salto civilizacional foi a Revolução de 30, que modernizou o país. Indústria passa a liderar a economia, Brasil se torna urbano e uma das maiores economias do mundo. Aos trancos e barrancos, os trabalhadores conseguem alguns direitos básicos: CLT, direitos sindicais e uma rede de proteção social.
No projeto, o próximo avanço civilizacional é a transição do capitalismo para o socialismo, a partir da realidade política, econômica e social do país. Aproximar a tática da estratégia na abordagem programática é a forma de tornar o programa não um candidato a decorar as estantes dos comunistas, mas em um efetivo guia para a ação.
O projeto analisa também as vicissitudes do capitalismo e suas três crises profundas, as primeiras conquistas da luta pelo socialismo e as lições possíveis de serem extraídas. A principal delas é que não há modelo único para se chegar e construir o socialismo e a transição demandará um largo tempo, período em que, com o poder político nas mãos dos trabalhadores e predominância da propriedade social dos meios de produção, haverá ainda espaço para múltiplas formas de propriedade.
Tudo isso vai requerer a construção de uma ampla frente política e social para viabilizar o projeto estratégico. A meta é o socialismo, o caminho brasileiro é a realização das reformas estruturais. É o que vamos debater nos próximos cinco meses.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Mercado de Trabalho I

O Ministério do Trabalho divulgou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do mês de maio. Os números são os seguintes: 1.348.575 contratações, 1.217.018 demissões, saldo positivo de 131.557 novos postos de trabalho. Esse saldo é o quinto consevutivo, revertendo as quedas dos últimos meses do ano passados e nos primeiros desses.

Um dado importante, que reforça a luta pelo fim da demissão imotivada, é que a rotatividade do trabalho é alta demais no Brasil. Mais de 1,2 milhão de demitidos em um único mês. Em 2008, o total dos demitidos superou os quinze milhões.

No Brasil há um total de 32.173.313 trabalhadores com carteira assinada. Sem carteira assinada, 36,5% dos trabalhadores, mais de um terço. Em 2007 (último dado disponível), 6.149.789 mil trabalhadores receberam o seguro-desemprego, benefício pago a quem trabalhou pelo menos seis meses nos últimos três anos.

Em 2006, 31,5% dos empregados ficaram até um ano no emprego, sendo despedidos nesse período. O tempo médio para arrumar um novo emprego é de onze meses. Esses números explicam o rebaixamento de salários, e as dificuldades adicionais para a organização sindical.

A luta em defesa do emprego, dos salários e dos direitos dos trabalhadores não pode passar ao largo desses milhões de demissões.

Outros dados: Distribuição de assalariados por rendimento: até um salário mínimo (SM): 33,1%; de 1 a 2 SM: 37,5%; 2 a 3 SM: 11,8%; 3 a 5 SM: 8,2%; 5 a 10 SM: 5,8%; 10 a 20 SM: 1,8%; mais de 20 SM: 0,5%. Universo: 50.055.523 empregados + 6.782.111 trabalhadores domésticos.

Fontes: Dieese, MTE, IBGE, PNAD.

Mercado de Trabalho I

O Ministério do Trabalho divulgou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do mês de maio. Os números são os seguintes: 1.348.575 contratações, 1.217.018 demissões, saldo positivo de 131.557 novos postos de trabalho. Esse saldo é o quinto consevutivo, revertendo as quedas dos últimos meses do ano passados e nos primeiros desses.

Um dado importante, que reforça a luta pelo fim da demissão imotivada, é que a rotatividade do trabalho é alta demais no Brasil. Mais de 1,2 milhão de demitidos em um único mês. Em 2008, o total dos demitidos superou os quinze milhões.

No Brasil há um total de 32.173.313 trabalhadores com carteira assinada. Sem carteira assinada, 36,5% dos trabalhadores, mais de um terço. Em 2007 (último dado disponível), 6.149.789 mil trabalhadores receberam o seguro-desemprego, benefício pago a quem trabalhou pelo menos seis meses nos últimos três anos.

Em 2006, 31,5% dos empregados ficaram até um ano no emprego, sendo despedidos nesse período. O tempo médio para arrumar um novo emprego é de onze meses. Esses números explicam o rebaixamento de salários, e as dificuldades adicionais para a organização sindical.

A luta em defesa do emprego, dos salários e dos direitos dos trabalhadores não pode passar ao largo desses milhões de demissões.

Outros dados: Distribuição de assalariados por rendimento: até um salário mínimo (SM): 33,1%; de 1 a 2 SM: 37,5%; 2 a 3 SM: 11,8%; 3 a 5 SM: 8,2%; 5 a 10 SM: 5,8%; 10 a 20 SM: 1,8%; mais de 20 SM: 0,5%. Universo: 50.055.523 empregados + 6.782.111 trabalhadores domésticos.

Fontes: Dieese, MTE, IBGE, PNAD.

domingo, 21 de junho de 2009

Crise

Este fim-de-semana, PCdoB e PT, com suas respectivas fundações (Maurício Grabois e Perseu Abramo) e a Rede/Corint, realizaram um alentado seminário sobre a crise do capitalismo. "Tinha gente de todo lugar, no pagode do Vavá..." e também no Seminário.

Ouvindo muito e falando pouco, creio que:
1. há um consenso de que a crise é braba, começa no coração do império e não se sabe quando e como terminará;
2. haverá uma reconfiguração no mundo, tendencialmente pode transitar de uma hegemonia unipolar dos EUA (em declínio) para um mundo multipolar, com a emergência de novos atores mundiais (para usar essa expressão bonitinha), vindas da periferia do capitalismo. Brics?
3. a crise abre uma disjuntiva, para usar uma palavra que só nós entendemos: na barafunda, a coisa vai para a esquerda ou para a direita, ou se equilibra de forma instável no meio - quer dizer, pode acontecer tudo, inclusive nada;
4. uma vantagem: falar em alternativa socialista, coisa impensável no início da década de 90 do século XX, hoje já não provoca urticárias;
5. a Europa se inclina para a direita e a América Latina para a esquerda. Boa, melhor ainda metendo 3 a 0 na Itália do Berlusconi;
6. o Brasil, país-chave da América Latina, passará por 2010. Atravessar esse rubicão é bom para o Brasil, para a América Latina e para todas as forças progressistas do mundo.

Pôr-do-Sol no Mário Quintana


Timão deu um chocolate de 3 a 1 no São Paulo. A torcida, eufórica, cantava "o freguês voltou". Vitória com olé e tudo. Já o famoso Colorado, desaba ladeira abaixo. Depois de perder o rumo de casa diante do poderoso Timão, naufragou com cuia e tudo no Maracanã, levando humilhantes quatro gols do Flamengo.
E há ainda quem sonhe com o dia primeiro de julho. Anotem: o sonho de outono vai se tornar um pesadelo de inverno! As lágrimas coloradas escorrerão para o Guaíba... Eu vou até ver o pôr-do-sol no Mário Quintana, tomar um vinho ao som de piano e pedir aos músicos para que toquem "Salve o Corinthians, campeão dos campeões..."

Crise

Este fim-de-semana, PCdoB e PT, com suas respectivas fundações (Maurício Grabois e Perseu Abramo) e a Rede/Corint, realizaram um alentado seminário sobre a crise do capitalismo. "Tinha gente de todo lugar, no pagode do Vavá..." e também no Seminário.

Ouvindo muito e falando pouco, creio que:
1. há um consenso de que a crise é braba, começa no coração do império e não se sabe quando e como terminará;
2. haverá uma reconfiguração no mundo, tendencialmente pode transitar de uma hegemonia unipolar dos EUA (em declínio) para um mundo multipolar, com a emergência de novos atores mundiais (para usar essa expressão bonitinha), vindas da periferia do capitalismo. Brics?
3. a crise abre uma disjuntiva, para usar uma palavra que só nós entendemos: na barafunda, a coisa vai para a esquerda ou para a direita, ou se equilibra de forma instável no meio - quer dizer, pode acontecer tudo, inclusive nada;
4. uma vantagem: falar em alternativa socialista, coisa impensável no início da década de 90 do século XX, hoje já não provoca urticárias;
5. a Europa se inclina para a direita e a América Latina para a esquerda. Boa, melhor ainda metendo 3 a 0 na Itália do Berlusconi;
6. o Brasil, país-chave da América Latina, passará por 2010. Atravessar esse rubicão é bom para o Brasil, para a América Latina e para todas as forças progressistas do mundo.

Pôr-do-Sol no Mário Quintana


Timão deu um chocolate de 3 a 1 no São Paulo. A torcida, eufórica, cantava "o freguês voltou". Vitória com olé e tudo. Já o famoso Colorado, desaba ladeira abaixo. Depois de perder o rumo de casa diante do poderoso Timão, naufragou com cuia e tudo no Maracanã, levando humilhantes quatro gols do Flamengo.
E há ainda quem sonhe com o dia primeiro de julho. Anotem: o sonho de outono vai se tornar um pesadelo de inverno! As lágrimas coloradas escorrerão para o Guaíba... Eu vou até ver o pôr-do-sol no Mário Quintana, tomar um vinho ao som de piano e pedir aos músicos para que toquem "Salve o Corinthians, campeão dos campeões..."