A expressão acima é da lavra de Leonel Brizola, mostrando que certos segmentos ditos de esquerda, por ingenuidade (às vezes) ou má-fé (quase sempre) defendem posições políticas que a direita teria pouca ou nenhuma credibilidade para defender.
Esse expediente astucioso é muito usado pela grande mídia. Para dar ares de legitimidade para suas posições conservadoras, não se peja de reverberar opiniões de esquerdistas de fachada. É assim nos movimentos sociais, nos meios acadêmicos e artísticos, nos parlamentos, nos governos, em todas as esferas da luta política e ideológica.
Só nestas últimas semanas, o presidente da República já foi chamado de analfabeto, medíocre, devasso, conivente com tudo o que de ruim se produz, se faz, se fala ou se pensa no Brasil. A se dar crédito a esses críticos pescadores de águas turvas, parece que a única saída seria sair do Brasil ou chafurdar no lodaçal.
O pior é que tudo isso é o começo da batalha sucessória de 2010. Divididos e sem candidato definido, sem projeto, despecando nas pesquisas e vendo a viola em cacos em seu próprio terreno, as elites conservadoras e seus acólitos partem para o desespero, usam as armas mais torpes e fazem da vilania prática habitual da disputa política.
Para quem embarca na canoa furada do conservadorismo não se admite a presunção de inocência nem o benefício da dúvida. A polarização está estabelecida e só não a vê quem não quer.
Boa, Santana!
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