PSDB, DEM e PPS vivem crise de tensão pós-eleitoral. Com bancadas bastante reduzidas no Congresso Nacional e amargando a terceira derrota consecutiva nas eleições presidenciais, os caciques dessas legendas procuram interpretar a nova situação e esboçam mudanças para garantir a sobrevivência futura.
Do alto do poleiro, os tucanos, por exemplo, procuram no seu alfarrábio palavras bonitas para mascarar os seus próprios impasses. Uns falam em "refundar", outros em "reinventar" a legenda, pérolas literárias que, em bom português, podem ser traduzidas como a dramática busca para reconquistar a maioria perdida.
O DEM, para não variar, também curte suas crises existenciais. O labirinto dos antigos pefelês tem pelos menos três atalhos: uns querem se juntar ao PSDB, outros ao PMDB e um terceiro grupo, mais açodado, já tira o time de campo e avisa: "o último que sair, apague a luz".
O PPS, partido-satélite da oposição conservadora, curte o seu inferno astral sem lenço e sem documento. Sem musculatura para bater de frente com o novo governo, ensaia uma oposição mais "light", enquanto alguns de seus líderes não vêem a hora de ir para o colo do PSDB.
Se a oposição conservadora vai mal das pernas, a chamada "oposição de esquerda" também não vive os seus melhores dias. PSTU e PCB mantém o viés de baixa em suas votações e o PSOL patina. Seu candidato presidencial teve votação pífia e sua representação parlamentar se mantém estagnada.
A base real que explica as dificuldades das correntes de oposição no Brasil é o fato puro e simples de que todas elas trafegam na contra-mão. O país vive um período singular de sua História. Desenvolvimento, democracia, soberania e justiça social são os pilares que sustentam esse novo ciclo.
Não é de se admirar, portanto, que a ampla maioria do eleitorado faça ouvidos moucos aos discursos da oposição. Seja ela de direita ou de "esquerda".
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