A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) estima que os países do G-7 terão crescimento médio do PIB abaixo de 1%. A causa principal é o grande endividamente dos EUA e da Europa (problema estrutural) e os efeitos do terremoto no Japão (problema conjuntural).
A OCDE lista seis pontos para esboçar os contornos das dificuldades econômicas dos países capitalistas centrais:
1. atividade econômica se aproxima da estagnação;
2. comércio mundial se contrai;
3. desequilíbrios globais aumentaram;
4. confiança das empresas e das famílias despencou;
5. percepção de risco nos mercados financeiros se deteriorou em razão da crise das dívidas soberanas;
6. reação do mercado de trabalho menor do que o esperado.
Resumo da ópera: a crise, que já dura cinco anos, continua, não tem prazo para acabar e sinaliza a mudança do centro de gravidade da economia mundial para outro eixo, o eixo asiático, principalmente para a China, que rapidamente se aproxima do país líder da economia mundial.
Por uma série de fatores, a América Latina consegue se safar dos efeitos mais perversos da crise e mantém nível de crescimento acima da média. A dúvida é o contágio aportará com força em nosso Continente. Muitas são as dúvidas que estão no ar.
Como se sabe, boa parte dos países da região surfa no crescimento da demanda e dos preços das commodities. Ocorre que a crise nos países do Norte tende a diminuir a demanda por essas commodities e não se tem certeza se a China e a Índia manterão os altos volumes de importação.
Seja como for, as placas tectônicas da economia mundial parecem se movimentar. A crise pode ser uma janela de oportunidades para a América Latina, em geral, e o Brasil, em particular. A integração solidária desses países e o desenvolvimento econômico soberano e com progresso social podem abrir um nova era para nuestra América.
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