A expressão tapetão vem do futebol. Refere-se ao time derrotado em campo e que apela para os tribunais desportivos para reverter o resultado. Independentemente do juízo de valor que se faça desse "direito", o que a torcida quer é o jogo jogado, não a marmelada dos bastidores.
A oposição brasileira, depois de sucessivas derrotas eleitorais, anda muito mal das pernas. Sem projeto e sem lideranças confiaveis, PSDB, DEM e PPS se apoiam na verdadeira oposição brasileira, a mídia monopolizada.
As grandes redes de TV, os jornalões e as revistas, incapazes de se contrapor programaticamente ao governo, reeditam o velho enredo dos filmes da direita, que é achar que o Brasil está mergulhado em uma corrupção sem fim.
Foi assim em outras épocas, não chega a ser novidade. "Mar de lama no Catete", por exemplo, foi uma manchete de um jornal conservador na época de Getúlio Vargas. Catete, como se sabe, é a rua onde ficava localizada a sede do govero, hoje o belo Museu da República, no Rio de Janeiro.
Para dar ares de veracidade às arengas midiáticas, a bola da vez, agora, é mitificar o STF e endeusar o seu atual presidente, Joaquim Barbosa. Ventríloquo dos conservadores, Barbosa já é citado como presidenciável, tudo por que fez o jogo das elites no julgamento do chamado "mensalão".
Uma outra linha de ataque dos conservadores é a crítica ao que chamam de "soberba intervencionista" do governo. Com as mudanças na política macroeconômica (juros mais baixos, câmbio mais competitivo), os rentistas passam a ganhar menos.
Essas mudanças, ao lado de outras (como a MP de diminuição das tarifas de energia elétrica) geram a grita dos neoliberais recalcitrantes, antes acostumados com o ganho fácil e rápido na especulação financeira.
Os arautos da oposição sabem que, a persistir o andar da carruagem, o campo governista conta com a elevada popularidade de Dilma e o reserva de luxo no bando, o ex-presidente Lula, duas invencíveis alternativas nas próximas presidenciais.
Tentar destruir Lula e fragilizar o governo Dilma, estigmatizar a esquerda, em geral, e o PT, em particular, bater bumbo no crescimento baixo do PIB e tentar desqualificar grandes empreendimentos em curso, como as obras da Copa e outras de infraestrutura, compõem a agenda atual da direita.
Os trabalhadores não podem fazer coro com essa toada antinacional e antipopular da oposição conservadora. Devem erguer bem alto suas bandeiras de luta, cobrar avanços do governo Dilma e se contrapor ao golpismo genético das elites brasileiras.
A reunião das direções das centrais sindicais, reunidas nesta segunda-feira, dia 17 de dezembro, em São Paulo, deliberaram por resgatar a Agenda da Classe Trabalhadora e a definição de uma jornada de lutas no próximo dia 6 de março, em Brasília.
O movimento sindical cobra uma maior interlocução com a presidenta Dilma e avanço em propostas de interesse dos trabalhadores, como o fim do fator previdenciário, a redução da jornada de trabalho para quarenta horas e outras medidas de valorização salarial e dos proventos.
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