Do alto dos seus 84% de aprovação, Nosso Guia, para usar a expressão jocosa de Elio Gaspari, mexe nos tabuleiro político nacional da seguinte forma: 1. Consolidar a aliança com o PMDB, dando-lhe a vice e otras cositas más; 2. Isolar o Serra e flertar com o Aécio; 3. Inviabilizar ou fragilizar o "bloquinho". Assim agindo, Lula procura dar curso à sua própria sucessão, com a sorridente e repaginada Dilma sempre a tiracolo.
No caso do PMDB, há uma reviravolta. Um exemplo: em São Paulo, Quércia era mais lulista e Michel Temer mais serrista. Pelos interesses concretos de cada um, houve uma inversão. Temer agora é Lula desde criancinha e o ex-governador Orestes Quércia, que já foi tachado de tudo pelos líderes tucanos, se tornou um porta-estandarte da candidatura do governador José Serra. O Geddeel da Bahia navega em águas fluidas: namora Lula e não vê a hora de sentar na cadeira do petista Jacques Wagner.
O sistema de equações tem mais de uma variável: uma delas é o rumo que tomará o bloquinho. Lideranças do PSB como Ciro Gomes e Eduardo Campos estão incomodadas com o status quo pós-eleição da Mesa da Cãmara e do Senado. Há socialistas que sonham tem ter Patrícia Pillar como primeira-dama do Brasil.
O PDT velho de guerra, até então um dos sustentáculos do bloquinho, parece que, pragmaticamente, migrou para a nau do Lula, de olho nos espaços do governo.
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