De domingo à quarta-feira estive eem Buenos Aires, representando a CTB e a FSM no congresso da CTA - Central de Trabalhadores da Argentina. Hoje, quinta-feira, escrevo de um hotel em Porto Alegre. Amanhã vou para Santa Cruz do Sul tratar da filiação de um sindicato local à CTB.
Para quem tem tempo sobrando para fatos irrevelantes, elenco algumas palavritas:
1. A mídia argentina só fala em duas coisas: aumento da violência urbana e epidemia de dengue. Nos dois casos, como no futebol, nós ganhamos fácil dos portenhos;
2. Falei três vezes na Argentinha, sempre em português, que considero mais inteligível do que o portunhol. No congresso da CTA, representei a FSM e fiz uma saudação aos delegados; no seminário sobre a crise promovido pela central argentina, falei em nome da CTB; no ato público em frente ao Ministério do Trabalho, discursei pela CTB. As pessoas pelo menos entenderam o meu português ... se gostaram do que eu falei é um segredo que só águas do La Plata podem dizer.
3. Além dos contatos com sindicalistas da Argentina (CTA e também da corrente classista), falei com dirigentes sindicais de Portugal, Uruguai, Paraguai, Venezuela. Mas o que mais me marcou foi falar com o todo-poderoso Hugo Moyano, secretário-general de la Confederacións General del Trabajo da Argentina, também vice-presidente do Partido Justicialista. Falei com o cara e uma representação da CGT e os convidei para vir ao Congresso da CTB.
4. No mais, no tempo vago aproveitei para conhecer o La Bombonera, a Casa Rosada e a Plaza de Mayo, o Congresso (fui lá no dia do velório do Alfonsín). E rodei o centro, fui a alguns restaurantes e transitei pela zona portuária, passando ao lado do Monumental de Nuñes, o campo do River.
5. Buenos Aires é uma cidade bonita, cheia de restaurantes, bares, cafés, bibliotecas, teatros, etc. e tal. Pena que não pude ir a uma casa de tango e ouvir "Adiós, muchachos, compañeros de mi vida ... "
6. Lá como acá o trânsito é pesado, as motos brigam com os automóveis, o pessoal não respeita muito faixa de segurança, há crianças fazendo malabarismo nos semafóros para ganhar uns trocados, sem-teto dorme na praça em frente ao Congresso, há favelas e crescimento da violência urbana. Mas, ao que me parece, essas mazelas são bem menores do que no Brasil.
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