O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou relatório, com dados de dezembro de 2008, apontando que a CTB - Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil - avançou uma posição e agora é a quarta central sindical brasileira com maior número de trabalhadores sindicalizados.
Segundo o MTE, a CTB oficializou o registro de 252 sindicatos com 296.339 sócios e 929.888 trabalhadores na base. Com esses números, a CTB supera a NCST (Nova Central), que tem 264.652 sócios e a CGTB, com 243.096. Esses números de dezembro jáf oram superados. Em meados de abril a CTB já contabilizava 275 sindicatos reconhecidos pelo MTE, 23 a mais do registrado pelo relatório ministerial.
A Cut, com 1.780.079 sindicalizados, é a maior central do país, seguida pela Força Sindical (633.938) e UGT (347.681). Em números totais de trabalhadores representados, há um "empate técnico" entre a CUT e a Força. A primeira tem 4.525.096 e a FS 4.400.887.
Ventos novos no sindicalismo
Mas essa não é a única nem a principal notícia para a CTB. O fato mais relevante foi a vitoriosa articulação de seis federações estaduais de trabalhadores rurais vinculadas à CTB (RS, SC, PR, MG, BA, SE) e lideranças independentes que constituíram maioria no congresso da Contag.
Essa nova maioria aprovou a saída da Contag da CUT e elegeu uma nova direção encabeçada por Alberto Bloch (foto acima), dirigente da Federação dos Trabalhadores Rurais do Rio Grande do Sul, entidade filiada à CTB.
Essa vitória deu um novo status político à CTB e abre caminho para a ampliação de entidades filiadas. Mais de 500 sindicatos já se filiaram à CTB, mas devido a problemas burocráticos cerca de metade dessas filiações ainda não foi reconhecida pelo MTE. Além disso, diversos sindicatos urbanos e centenas de sindicatos de trabalhadores rurais podem engrossar o rol de entidades da CTB.
Em meio a esse crescimento a CTB prepara os Encontros estaduais que antecedem o seu II Congresso Nacional, a ser realizado entre os dias 24 e 26 de setembro, em São Paulo. Com unidade e amplitude a CTB vai se tornando importante protagonista do sindicalismo brasileiro.
Essas vitórias são um indicativo de que é fundamental que a composição plural da CTB seja consolidada e aprofundada não só na direção central como nas CTBs estaduais. Particularmente os sindicalistas originários da Corrente Sindical Classista precisam fazer um imenso esforço para incorporar todos os segmentos que compõem a CTB, superando arestas, divergências ou problemas localizados.
A luta pela unidade das centrais, hoje materializada no Fórum das Centrais, e outras iniciativas que a CTB desenvolve no sentido de dialogar com todas as correntes do sindicalismo nacional, também é um imperativo de primeira ordem.
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