Assisti pela TV um fato raro no futebol. O Boca perdeu de um a zero para o Defensor do Uruguai em plena "La Bombonera". Precisava de um empate, perdeu e foi desclassificado. Quem deve estar vibrando são os torcedores dos times brasileiros, que morrem de medo do rival argentino. Vejam como a edição digital de El País reportou o fato:
"Histórica hazaña violeta
Con un golazo de Diego De Souza, Defensor le ganó 1 a 0 a Boca en La Bombonera, consiguiendo la clasificación a cuartos y una hazaña histórica."
Aqui no Brasil, além da Libertadores disputada pelo Grêmio, Cruzeiro, São Paulo e Palmeiras, há a Copa Brasil e o Brasileirão. A Copa Brasil é o caminho mais curto para a Libertadores e é uma competição com muitos times fracos. Só na reta final a coisa complica mais.
Pelos resultados de ontem, a final mais provável será entre o Corinthians e o Internacional, embora, como todos sabemos, o futebol seja uma caixinha de surpresas. A torcida do Inter, pelo que leio em alguns blogs fanatizados, está com orgasmos múltiplos com algumas vitórias. Mas numa competição como essa é tudo oito ou oitenta: só vale ser campeão, o resto não serve para nada. As empresas de confecção de São Paulo, depois da faixa de campeão invicto do poderoso Timão, apressam-se em antecipar a produção de novas faixas, para garantir o lucro certo.
Mas a competição mais importante é o Brasileirão. Infelizmente, repito, a Libertadores e a Copa Brasil acabam fazendo dos melhores times reféns de um calendário mal ajustado. Entrar com time reserva nessa que é a maior competição do futebol brasileiro é uma grande contradição.
Mas as coisas são assim, não adianta chorar. Lanço aqui meu palpite. O Brasileirão ficará com o Internacional, o Cruzeiro, o Flamengo ou, mais provavelmente, com um time paulista. E dos paulistas, hoje o mais competitivo é o Corinthians. É a lógica formal aristotélica, para dar um ar professoral à presente análise.
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