O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou nesta segunda-feira, dia 18, o desempenho do mercado de trabalho no Brasil no mês de abril. Nesse período, as empresas contrataram 1.350.446 trabalhadores e demitiram 1.224.241, saldo positivo de 106.205 empregos.
Embora o saldo positivo de abril reverta a tendência negativa do primeiro trimestre, é digno de registro a grande rotatividade de trabalho no país. Mais de 1,2 milhão de demitidos é a prova cabal de que o Brasil necessita de uma legislação que limite a liberdade absoluta dos patrões de usar o facão sem a menor cerimônia.
Otimista por dever de ofício, o ministro Carlos Lupi afirma que "o principal sintoma de recuperação da economia é a empregabilidade. Onde tem crescimento, tem geração de emprego", filosofa. Lupi avalia que este ano o Brasil pode ter um saldo de um milhão de novos empregos. O estoque atual é de 32,04 milhões de trabalhadores com carteira assinada, para uma população economicamente ativa em torno de 96 milhões.
É o começo do fim da crise? Lula tem afirmado que o Brasil foi o último país a entrar em crise e será o primeiro a sair. Será? É bom por a barba de molho, porque esses exercícios de futurologia atendem mais as conveniências políticas do que a realidade concreta.
Apesar disso, o ministro faz uma comparação importante. Das 20 economias mais importantes do mundo, apenas o Brasil teve saldo positivo no emprego. Os EUA, por exemplo, só em abril tiveram um saldo de 500 mil demissões. Nos últimos doze meses, os ianquis amargam assustadores 5 milhões a mais de desempregados.
Por último, dois registros: de todas as regiões do país, apenas o Nordeste teve saldo negativo no mercado de trabalho. E dos diversos setores da economia, a indústria não acompanha a retomada das contratações. Teve um saldo de pífios 183 empregos, embora a situação do primeiro trimestre tenha sido bem pior.
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