Amanhã, terça-feira, vou à PUC de São Paulo participar de uma mesa sobre "reestruturação produtiva". O tema faz parte do curso de mestrado de estudantes de Ciências Sociais. Em meio a especialistas sobre o assunto, vou destacar os impactos sobre os trabalhadores e o sindicalismo da tal da reestruturação.
Inovações tecnológicas e novos métodos de gerenciamento - a substituição do fordismo/taylorismo pelo toyotismo - é o que se convencionou chamar de reestruturação produtiva. Associando esse fenômeno com a globalização neoliberal, pronto!, está feito o cardápio de maldades contra os trabalhadores.
Demissões estruturais e não apenas conjunturais, rebaixamento salarial, precarização das relações de trabalho, terceirização, novos doenças profissionais e por aí vai...
Vou defender a redução da jornada de trabalho como uma demanda essencial para enfrentar esse problema. No alvorecer da revolução industrial, a jornada de trabalho chegou a ser de 16 horas diárias, hoje está a metade e tem de cair muito mais.
Essas novas circunstãncias produtivas e gerenciais também provocam abalos no sindicalismo. Nossa tradição vem do sindicalismo da fase fordista/taylorista, grandes unidades produtivas, grandes linhas de produção com enorme contigente de trabalhadores.
O sindicalismo dessa época vivia de carro de som, panfletagem, piquetes etc. e tal. Essa reestruturação toda introduziu novas dinâmicas na relação dirigente e base. O centro de gravidade se desloca para o interior das empresas, para o chão da fábrica, e não para a direção sindical propriamente dita.
Ocorre que, também neste particular, o chão de fábrica pode mudar de cidade, de estado e de país, já que o capital não precisa necessariamente ficar em um local determinado, embora os centros de produção e consumo ainda joguem papel na definição dos local da empresa. Mas, só para se ter uma ideia, empresas de telemarketing dos EUA podem operar mais barato a partir da Índia...
Vou ver se pego mais novidades no debate para socializar no espaço...
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