domingo, 21 de junho de 2009

Crise

Este fim-de-semana, PCdoB e PT, com suas respectivas fundações (Maurício Grabois e Perseu Abramo) e a Rede/Corint, realizaram um alentado seminário sobre a crise do capitalismo. "Tinha gente de todo lugar, no pagode do Vavá..." e também no Seminário.

Ouvindo muito e falando pouco, creio que:
1. há um consenso de que a crise é braba, começa no coração do império e não se sabe quando e como terminará;
2. haverá uma reconfiguração no mundo, tendencialmente pode transitar de uma hegemonia unipolar dos EUA (em declínio) para um mundo multipolar, com a emergência de novos atores mundiais (para usar essa expressão bonitinha), vindas da periferia do capitalismo. Brics?
3. a crise abre uma disjuntiva, para usar uma palavra que só nós entendemos: na barafunda, a coisa vai para a esquerda ou para a direita, ou se equilibra de forma instável no meio - quer dizer, pode acontecer tudo, inclusive nada;
4. uma vantagem: falar em alternativa socialista, coisa impensável no início da década de 90 do século XX, hoje já não provoca urticárias;
5. a Europa se inclina para a direita e a América Latina para a esquerda. Boa, melhor ainda metendo 3 a 0 na Itália do Berlusconi;
6. o Brasil, país-chave da América Latina, passará por 2010. Atravessar esse rubicão é bom para o Brasil, para a América Latina e para todas as forças progressistas do mundo.

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