Está deflagrado o processo de discussão das teses do 12º Congresso do PCdoB, a realizar-se em novembro, no Auditório do Parque Anhembi, em São Paulo. O principal item da pauta será a discussão do novo programa.
Esse documento começa com uma introdução que aborda os avanços civilizacionais do país: a construção de um país gigante e povo uno, produto do contraditório desenvolvimento histórico com a Independência, a Abolição e a República.
O segundo salto civilizacional foi a Revolução de 30, que modernizou o país. Indústria passa a liderar a economia, Brasil se torna urbano e uma das maiores economias do mundo. Aos trancos e barrancos, os trabalhadores conseguem alguns direitos básicos: CLT, direitos sindicais e uma rede de proteção social.
No projeto, o próximo avanço civilizacional é a transição do capitalismo para o socialismo, a partir da realidade política, econômica e social do país. Aproximar a tática da estratégia na abordagem programática é a forma de tornar o programa não um candidato a decorar as estantes dos comunistas, mas em um efetivo guia para a ação.
O projeto analisa também as vicissitudes do capitalismo e suas três crises profundas, as primeiras conquistas da luta pelo socialismo e as lições possíveis de serem extraídas. A principal delas é que não há modelo único para se chegar e construir o socialismo e a transição demandará um largo tempo, período em que, com o poder político nas mãos dos trabalhadores e predominância da propriedade social dos meios de produção, haverá ainda espaço para múltiplas formas de propriedade.
Tudo isso vai requerer a construção de uma ampla frente política e social para viabilizar o projeto estratégico. A meta é o socialismo, o caminho brasileiro é a realização das reformas estruturais. É o que vamos debater nos próximos cinco meses.
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