sexta-feira, 19 de junho de 2009

Petróleo

Segunda-feira passada, Haroldo Lima, o diretor-geral da ANP - Agência Nacional de Petróleo - proferiu uma palestra sobre o petróleo. Falou da história do petróleo no Brasil e no mundo, sua importância estratégica, etc. e tal.

Para Haroldo, a Petrobrás é uma empresa estratégica para um projeto nacional de desenvolvimento soberano. O principal problema, segundo ele, é que 2/3 das ações da empresa hoje são de propriedade de capital privado, a maior parte estrangeira.

Para ele, uma iniciativa importante seria usar recursos da exploração do pré-sal para aumentar a participação da União na composição acionária da Petrobrás. Para, pelo menos, 60%, defende Haroldo.

Sobre a polêmica dos leilões, o diretor-geral da ANP diz que o modelo brasileiro é o mais adotado no mundo. A Petrobrás tem se fortalecido por essa via e o controle estatal sobre a exploração não está em risco. A abertura para a disputa em áreas de risco, sempre segundo ele, é uma opção economicamente mais vantajosa, já que o petróleo só tem valor se for retirado, e os leilões acabam ampliando o número de perfurações.

É uma posição que tem recebido muitas críticas. O jornal Hora do Povo critica bastante o dirigente da ANP e algumas organizações e personalidades políticas ligadas ao setor também. É uma controvérsia que não foi devidamente equacionada.

Quem atua nos movimentos sociais, por exemplo, adotou a posição contrária aos leilões. Hoje mesmo, em ato realizado na Av. Paulista, em frente à sede da petrobrás, veio à tona o bordão "leilão é privatização". O portal da CTB destacou o bordão, e a matéria foi reproduzida no Vermelho.

Considero necessário um posicionamento mais amplo sobre o assunto, já que a imensa maioria das pessoas não domina o assunto e pode cair nesta ou naquela posição sem se ancorar em argumentos sólidos.

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