quarta-feira, 8 de julho de 2009

Leci Brandão


Leci Brandão, cantora e compositora, nasceu no Rio de Janeiro, bairro de Madureira (local onde ficam a Portela e a Império Serrano). Foi criada na Vila Isabel, bairro carioca de Noel Rosa, Martinho da Vila e da escola de samba do mesmo nome.
Como eu gosto muito do Rio de janeiro, já fui várias vezes à Madureira e à Vila Isabel, curtir samba de raiz, respirar a cultura genuinamente popular.
Descoberta pelo crítico musical e jornalista Sérgio Cabral (pai do atual governador do Rio de Janeiro), Leci já gravou 23 discos, já foi atriz e comenta o carnaval paulista pela Rede Globo.
Atualmente, ela se apresenta todas as terças-feiras no famoso Bar Brahma da capital paulista (no não menos famoso cruzamento da Av. Ipiranga com a Av. São João, esquina imortalizada pela música Sampa, de Caetano Veloso).
Carioca, Leci Brandão adotou São Paulo (ou foi São Paulo quem adotou Leci?). A nossa mulher guerreira, de luta e de esquerda, é reverenciada pelos paulistas e tem prestígio menor no Rio de Janeiro, segundo ela própria, apesar de ter sido a primeira mulher a integrar a ala de compositores da mangueira.
Vinicius de Morais, em uma frase carrega de ironias e inverdades, chegou a dizer que "São Paulo era o túmulo do samba". Na contramão dessa tese furada, foi São Paulo quem recolocou Leci no panteão, local de onde ela nunca deveria ter se afastado.
Ontem eu assisti o espetáculo dela no Bar Brahma, acompanhado de quase duas dezenas de comunistas. Embora reclamasse da hipertensão e outras problemas de saúde, a face de Leci irradiava felicidade por ter sido escolhida a sambista do ano, em evento promovido pela empresa Tim. A premiação foi no Canecão, casa de espetáculo que fica em Botafogo, zona sul do Rio.

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