Os jornalões paulistas de hoje não conseguem esconder. Os investimentos públicos e privados devem aumentar bastante em 2010, dando base real às previsões de que o PIB/2010 supere a casa dos 5%.
Programas como Minha Casa, Minha Vida, pré-sal, Copa do Mundo, Olimpíada e principalmente as boas perspectivas da economia brasileira explicam esse boom.
Paulo Godoy, presidente da Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), diz que os investimentos no Brasil passarão dos atuais R$ 100 bilhões para R$ 160 bilhões.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, é mais otimista. Para ele, já em 2010 o Brasil pode alcançar uma taxa de investimento de 20% do PIB, essencial para garantir crescimento robusto da economia.
Os investimentos são a principal variável para se obter um crescimento consistente da economia. Com isso, depois das turbulências de 2009, o Brasil pode iniciar um novo e sustentado ciclo de crescimento.
Os investimentos ampliados somam-se ao aumento da massa salarial, aos programas de transferência de renda e as facilidades no crédito, gerando vigor adicional ao mercado interno brasileiro.
Com as dificuldades do comércio internacional, reside no mercado interno as principais possibilidades de energização da economia. E o mercado interno, registre-se, é elemento chave para o humor das pessoas.
Dois exemplos: as vendas de shopping cresceram 7% neste Natal e o número de pessoas que fizeram pelo menos uma viagem nos últimos dois anos aumentou 83% em comparação com 2007, segundo o Ministério do Turismo. É a nova "classe média" comprando e viajando como nunca.
O ponto fora da curva desse processo são os ganhos exorbitantes do setor financeiro. Segundo estudo da Fiesp, as empresas e os consumidores brasileiros pagaram aos bancos R$ 261 bilhões de spread bancário.
Se os bancos brasileiros seguissem o padrão internacional, estes custos seriam de R$ R$ 71,5 bilhões. A sangria do spread limita os investimentos e diminui a produtividade no país, acrescenta a Fiesp.
Apesar desse desequilíbrio, a economia vai bombar em 2010. Popularidade do presidente continua em alta e economia positiva, as eleições devem realizar-se como céu de brigadeiro para aqueles que querem continuar e aprofundar o ciclo progressista inaugurado por Lula. Que os anjos digam amém!
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