O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) disponibilizou em sua página na Internet - www.ipea.gov.br - análise sobre o Brasil rural produzida a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2008.
Os números mostram a importância econômica e social desse contigente populacional. Se fosse país, compara o IPEA, o Brasil rural (30 milhões), pouco mais de 16% do total de habitantes brasileiros, seria 0 40º país do mundo e o terceiro da América do Sul em população.
Destaca-se a região Nordeste com 27,6% de sua população no campo, o que corresponde a 48% do Brasil rural. Os dados levantados pelo PNAD/2008 apontam que o índice de analfabetismo rural é mais de três vezes do que o registrado na zona urbana e a renda domiciliar rural per capita é de R$ 360,00 contra R$ 786,00 (zona urbana).
A pobreza, a baixa escolaridade e a carência de orientação técnica provocam, entre outros problemas, danos ambientais e prejuízos à saúde dos trabalhadores rurais pelo uso inadequado de adubos e agrotóxicos. Tudo isso se soma ao aumento da concentração fundiária no Brasil, o que aumenta a polarização social no campo.
Para o IPEA, mesmo com o grande avanço da industrialização e urbanização no Brasil, principalmente no período compreendido entre 1930 e 1980, a luta pela reforma agrária permanece atual. Os que se opõem a ela, lembra o Instituto, são os mesmos que buscam criminalizar os movimentos sociais que lutam pela terra no Brasil.
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