A valorização da força de trabalho é uma âncora econômica e social imprescindível na formulação de uma robusta estratégia nacional de desenvolvimento. A renda do trabalho fortalece o mercado interno, pilar importante do crescimento econômico, e dinamiza a mobilidade social, contribuindo, dessa forma, para uma distribuição de renda mais justa.
Um exemplo importante é a atual política de valorização permanente do salário mínimo. O valor atual do salário mínimo brasileiro é de R$ 510,00, o maior valor real do último quarto de século. Durante o governo Lula, o salário mínimo brasileiro teve aumento real de 53,6%. Um dado fala por todos: hoje o salário mínimo compra 2,2 cestas básicas, quando no início do governo Lula adquiria apenas 1,4 cestas.
A importância desse aumento é indiscutível. No governo Lula foram gerados até agora 13 milhões de novos empregos formais. Passou-se de 28,7 milhões, em 2003, para os atuais 41,5 milhões. Noventa por cento dos empregos criados foram na faixa de até três salários mínimos, que incide diretamente na parcela mais vulnerável da população.
O impacto combinado do aumento do emprego formal e da valorização do salário mínimo provocou a grande diminuição do número de pobres no Brasil. Usa-se no Brasil um critério segundo o qual pobre é aquele cuja renda mensal familiar per capita é de até R$ 137,00.
Por esse critério, o número de pobres no Brasil em 2003 era de 50 milhões de pessoas e hoje caiu para 29,9 milhões. O crescimento da economia, que este ano pode bater na casa dos 7,5%, faz com que a taxa de diminuição da pobreza no país fique em torno de 10% ao ano.
As principais causas dessa mobilidade social ascedente (as chamadas classes ABC tiveram um incremento de 31,9 milhões de pessoas) estão ligadas a valorização da força de trabalho. Mais importante do que programas sociais de transferência de renda como o Bolsa-Família, a melhor distribuição de renda no Brasil está diretamente associada ao aumento do emprego formal, aumento da renda do trabalho e valorização do salário mínimo.
Todos esses dados, retirados de matéria publicada neste domingo na Folha de São Paulo, explicam a grande popularidade do presidente Lula e apontam para uma verdade inconteste. Os trabalhadores foram beneficiários diretos dessa política e precisam, portanto, estar na linha de frente para impulsionar o projeto nacional de desenvolvimento.
A vitoriosa realização da Conferência Nacional da Classe trabalhadora no último dia 1º de junho, no Pacaembu, caminha nessa direção. A participação de 30 mil trabalhadores e cinco centrais sindicais (CUT, Força Sindical, CTB, Nova Central e CGTB) e a aprovação de uma agenda dos trabalhadores para o desenvolvimento, contribuem enormente para consolidar e aprofundar as mudanças progressistas em curso no país.
Todo essa mobilização social, neste estratégico ano de 2010, precisa ser direcionada para a principal batalha política do ano, que são as eleições gerais e outubro. Eleger Dilma presidente, além de governadores, senadores e deputados comprometidos com essa política, é fundamental para os trabalhadores brasileiros.
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