O nome da bola da Copa Mundial da Fifa se chama jabulani. O nome provém do idioma Bantu isiZulu e seu significado é "celebrar". A polêmica bola tem onze cores, para representar os onze idiomas e onze etnias da África do Sul, número também de jogadores de cada equipe.
Dizem que a bola é mais leve e mais rápida do que as habituais, o que tem dificultado o controle e os chutes para o gol. O Luiz Fernando Veríssimo, em sua crônica, zomba dessa tese, dizendo que a bola é infiel com alguns jogadores, mas se apaixona por outros, os que tem intimidade com a dita-cuja.
No futebol, diante das derrotas, muitos culpavam o juiz, o campo, a torcida adversária ou qualquer outra desculpa esfarrapada. Esta Copa inaugura uma nova desculpa: a vilã de plantão é a pobre bola, a nossa famosa jabulani.
Depois da overdose de jogos da Copa, o tema dominante serão as eleições. É a luta não pela gol, mas pelo voto. Nesta modalidade de disputa, é tão duro conquistar voto quanto marcar gol no futebol.
Só se espera que os derrotados nas eleições não responsabilizem os eleitores pelo insucesso. Chamar o voto do povo de errático como a trajetória da jabulani é, para tomar emprestada uma expressão filosófica, um argumento falacioso.
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