A verdadeira overdose publicitária durante a Copa do Mundo procura levar ao paroxismo a rivalidade futebolística entre o Brasil e Argentina. A mensagem nada subliminar é de que todo produto é bom se satisfaz ao fanático torcedor brasileiro e humilha nossos hermanos.
Na verdade, Brasil e Argentina são duas potências futebolísticas e a disputa é absolutamente natural. Nesta Copa, por exemplo, há uma imensa torcida, da qual eu participo, para que as duas seleções façam a finalíssima da Copa.
Tudo isso, no entanto, não impediu que um argentino se mostrasse deslumbrado com o Brasil. Não apenas com o futebol, mas com o próprio modo de ser dos celebrados jogadores brasileiros.
A edição digital deste domingo do jornal argentino "Clarin" tem uma bela matéria sobre a seleção brasileira de futebol. O título diz tudo: "O Mundial Invisível - Brasil e a magia de seduzir".
O texto afirma que o Brasil é, entre todas, a seleção mais estrelada, com craques milionários e alguns fenômenos midiáticos globais. Apesar disso, acrescenta o jornalista Carlos Sarraf, a seleção brasileira também é campeã em simpatia e onde quer que vá sempre tem a torcida a seu lado.
Na matéria, o jornalista diz não saber se é no sangue, no gen ou na alma, o fato é que a alegria contagiante da seleção deslumbra a todos. Ao ler o artigo, cheguei a óbvia conclusão: a rivalidade entre Brasil e Argentina deve se limitar apenas as quatro linhas do campo.
No fundo no fundo, deve haver uma admiração recíproca, um encantamento simbiótico entre o samba e o tango.
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