Fiquei estupefato com o chocolate que a Alemanha deu na Argentina. É a terceira partida que ela mete quatro gols nesta Copa (as outras vítimas foram a Austrália e a Inglaterra).
A Alemanha é a maior potência da Europa, cerca de 82 milhões de habitantes e só no século passado perdeu duas guerras mundiais. É um país, por isso mesmo, sempre visto com certa preocupação. Apesar de berço dos comunistas, tenho a impressão de que a direita é sempre muito forte por lá.
Alguém já disse que a Alemanha talvez seja um dos povos mais cultos do mundo. Eles se consideram a "terra dos poetas e pensadores". E tem lá suas razões. Com a reunificação pós-90, a Alemanha é uma espécie de império europeu.
Este país já faturou 103 prêmios Nobel, embora este laurel, principalmente para os que receberam como defensores da paz, esteja meio chamuscado. Na física, só para citar dois gênios, são alemas Einstein e Werher Von Brau. Na música: Beethoven, Bach, Mozart, Brahms, Wagner e por aí vai.
Na filosofia os caras não são fracos: Kant, Hegel, Marx, Engels só para citar alguns. São fortes na pintura e também na literatura, não fazem feio no cinema (Marlene Dietrich é de lá, além de Werner Herzog, Win Wenders, Rainer Werner Fassimber).
A Alemanha ocupa o terceiro lugar no ranking olímpico e é o time mais laureado de futebol da Europa (embora tenham um título a menos que a Itália na Copa).
A Alemanha pode ser campeã mundial pela quarta vez, embora Espanha e Holanda possam jogar água no chope germânico (Uruguai e Paraguai só com a mano de diós).
Pior de tudo é que o Ronaldo Fenômeno, maior artilheiro das copas mundiais com quinze gols, deve perder o trono para o alemão naturalizado Klose. Com os dois tentos que ele fez contra a Argentina, completou catorze e está a um passo de fazer história. Para alegria dos cinco milhões de descendentes alemães que moram no Brasil.
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