Vencer eleições presidenciais é uma tarefa complexa, principalmente em um país heterogêneo e imenso como o Brasil. Pelas singularidades do nosso país, é condição indispensável a construção de uma ampla frente política e social para garantir o êxito eleitoral.
Frentes amplas são carregadas de contradições. Trazem dentro de si interesses e objetivos diversos. A engenharia política consiste em consolidar a unidade em meio a diversidade. Não é serviço para amadores.
O palanque de Dilma é nucleado por partidos de esquerda, mas incorpora também forças políticas moderadas e até conservadoras. Tem apoio de praticamente todo o movimento sindical, dos movimentos sociais, da intelectualidade progressista, mas também de diferentes setores empresariais, inclusive de grandes empresários.
Foquei matutando, por exemplo, em duas reuniões públicas da nossa candidata com mulheres da alta sociedade paulista e carioca. Antes, na casa da família Abílio Diniz. Ontem, um almoço na casa de Lily Marinho, viúva do poderoso Roberto Marinho.
Dilma se saiu bem nesses ambientes mais refratários à sua candidatura. A Senhora Lily chegou a dizer que não vai marcar eventos desse tipo com outros candidatos e que veria com bons olhos a vitória de Dilma.
Essa reportagem, no momento em que escrevo, era a mais acessada e comentada no portal UOL. A vida como ela é. Vencer eleições no Brasil não é brincadeira de criança nem disputa para escolher o orador da turma.
É preciso ter posição, fazer uma campanha programática, ter rumo e coerência. Mas é preciso saber dialogar com um espectro mais amplo do que imagina a nossa vã consciência. É a regra do jogo. Viajar é preciso. Acumular forças também!
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