Nesta quinta-feira, 2 de setembro, milhares de trabalhadores lotaram o ginásio do Juventus, no bairro da Móoca, em São Paulo, para expressar o apoio da ampla maioria do movimento sindical brasileiro e paulista às candidaturas de Dilma Rousseff à presidência, Mercadante ao governo paulista e Netinho e Marta, ao Senado.
O ato, bastante representativo, foi convocado pela CUT, CTB, Força Sindical, Nova Central, CGTB e setores da UGT, com destaque para o maior sindicato dessa central (Comerciários). Prestigiaram a atividade dirigentes e militantes do PMDB sindical.
Na tentativa de criar um factóide para se contrapor ao poderoso apoio sindical às candidaturas progressistas, alguns portais e jornais publicaram que, no dia anterior, sindicalistas "dissidentes" das centrais engrossaram uma tímida manifestação de apoio a José Serra. Na verdade, esse ato "alternativo" foi organizado por um setor minoritário da UGT, liderados pelo PPS, e alguns poucos sindicalistas filiados ao PSDB.
A enorme desproporção de representatividade entre os dois atos é um elemento a mais que explica o desespero que tomou conta da campanha de Serra. Sem discurso, sem programa, sem palanques fortes nos estados, o candidato demotucano apela para a velha arma da direita - calúnia, denúncias vazias, um esforço de criar fatos políticos artificiais que impeçam a derrocada completa da campanha.
Essas armações todas cheiram a golpismo e precisam ser rechaçadas vigorosamente. Uma vez mais a mídia faz o jogo sujo de tentar soerguer a moribunda campanha de Serra, fazendo tabelinha com o ex-governador paulista.
Num ambiente da mais ampla democracia, seriam cômicas não fossem sérias as teses levantadas por alguns direitistas segundo as quais o Brasil estaria se transformando em estado policial. Do jeito que as coisas vão, Serra pode perder não só a eleição, mas o que resta de sua biografia.
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