sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Reta final das eleições

João Amazonas, histórico dirigente do PCdoB, sempre dizia que sucessão presidencial no Brasil era tensa, carregada de adrenalina. As eleições desse ano não fugirão à regra. Afinal em 3 de outubro se definirá o comando político do país para os próximos quatro anos.

A eleição coloca em pauta a disputa de dois projetos políticos: a continuidade e aprofundamento do curso progressista inaugurado pelo governo Lula ou o retorno piorado do período neoliberal de FHC. Essa a verdadeira disputa. A candidatura Marina serve aos manejos diversionistas dos conservadores, que sempre procuram estimular dissidências no campo popular - na eleição passada quem exerceu esse papel foi Heloísa Helena.

Com o robusto crescimento das intenções de voto em torno de Dilma, a grande mídia, percebendo a fragilidade do seu candidato José Serra, avocou para si a tarefa de se tornar o verdadeiro partido de oposição. A tendência é que, nessa reta final, eles criem factóides e toda uma manipulação da opinião pública com o objetivo de levar a disputa presidencial para o segundo turno.

O segundo turno sempre é uma nova eleição. A direita sabe disso e, para dar consequência aos seus objetivos, o noticiário de hoje até outubro buscará desgastar Dilma, sustentar Serra e alavancar Marina. Tudo somado, eles acreditam, pode-se evitar o desfecho das eleições no próximo dia 3.

Para enfrentar esse bombardeio, a campanha de Dilma precisa manter firmeza e equilíbrio, não pisar nas cascas de banana que a direita jogará em seu caminho. Fazer uma campanha propositiva, afirmativa, e responder na hora e na dosagem corretas as críticas infundadas.

A maioria dos brasileiros quer a continuidade do atual ciclo político. Continuidade com avanços. Só uma minoria desesperada, apartada dos interesses nacionais, populares e democráticos, procura criar um clima artificial de comoção na vã tentativa de reverter o rumo das eleições.

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