João Amazonas, histórico dirigente do PCdoB, sempre dizia que sucessão presidencial no Brasil era tensa, carregada de adrenalina. As eleições desse ano não fugirão à regra. Afinal em 3 de outubro se definirá o comando político do país para os próximos quatro anos.
A eleição coloca em pauta a disputa de dois projetos políticos: a continuidade e aprofundamento do curso progressista inaugurado pelo governo Lula ou o retorno piorado do período neoliberal de FHC. Essa a verdadeira disputa. A candidatura Marina serve aos manejos diversionistas dos conservadores, que sempre procuram estimular dissidências no campo popular - na eleição passada quem exerceu esse papel foi Heloísa Helena.
Com o robusto crescimento das intenções de voto em torno de Dilma, a grande mídia, percebendo a fragilidade do seu candidato José Serra, avocou para si a tarefa de se tornar o verdadeiro partido de oposição. A tendência é que, nessa reta final, eles criem factóides e toda uma manipulação da opinião pública com o objetivo de levar a disputa presidencial para o segundo turno.
O segundo turno sempre é uma nova eleição. A direita sabe disso e, para dar consequência aos seus objetivos, o noticiário de hoje até outubro buscará desgastar Dilma, sustentar Serra e alavancar Marina. Tudo somado, eles acreditam, pode-se evitar o desfecho das eleições no próximo dia 3.
Para enfrentar esse bombardeio, a campanha de Dilma precisa manter firmeza e equilíbrio, não pisar nas cascas de banana que a direita jogará em seu caminho. Fazer uma campanha propositiva, afirmativa, e responder na hora e na dosagem corretas as críticas infundadas.
A maioria dos brasileiros quer a continuidade do atual ciclo político. Continuidade com avanços. Só uma minoria desesperada, apartada dos interesses nacionais, populares e democráticos, procura criar um clima artificial de comoção na vã tentativa de reverter o rumo das eleições.
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