A Federação Sindical Mundial (FSM) realiza entre os dias 6 e 10 de abril o seu 16º Congresso. O evento será realizado em Atenas e são aguardados sindicalistas de mais de 105 países. A CTB terá seis delegados e duas dezenas de observadores.
A FSM, como se sabe, foi fundada em 3 de outubro de 1945, logo depois do fim da II Guerra Mundial. Sua constituição foi uma resposta unitária dos trabalhadores para defender os seus interesses em um mundo em reconstrução.
Com o advento da Guerra Fria, uma parte das organizações filiadas saiu da FSM e fundou, em 1949, a Confederação Internacional das Organizações Sindicais Livres, a Ciosl. Posteriormente, a Ciosl se fundiu com a Confederação Mundial do Trabalho e criou, no ano de 2006, a Confederação Sindical Internacional - CSI, com hegemonia do sindicalismo conservador.
A CSI afirma representar 350 organizações de 200 países, tem sede em Bruxelas e o seu secretário-geral é o britânico Guy Ryder. A CSI tem representações regionais na Ásia, na África e nas Américas. Nesta, a organização é chamada Confederação Sindical de Trabalhadores das Américas, fundada em 2008. No Brasil, são filiadas à CSI a CUT, a Força Sindical e a UGT.
A FSM passou por um período de retração no período posterior a crise dos países ditos socialistas do Leste Europeu. Hoje a entidade passa por um processo de reestruturação e a partir de uma concepção sindical classista constrói um pólo mais avançado o sindicalismo internacional. Ela é dirigida pelo sindicalista grego George Mavrikos, secretário-geral da entidade.
A CTB e a CGTB são as centrais sindicais brasileiras legalizadas que compõem a FSM. Neste 16º Congresso, a FSM pretende discutir os efeitos da crise do capitalismo sobre os trabalhadores e adotar resoluções que fortaleçam a luta de resistência contra os ataques do capital.
Um dos grandes desafios da FSM é construir o justo equilíbrio entre sua orientação classista e uma orientação política mais ampla, capaz de atrair setores independentes dispostos a fazer avançar a luta em defesa dos direitos dos trabalhadores, da da democracia, da soberania das nações, da paz e do desenvolvimento independente com valorização do trabalho, passos necessários para acumular forças rumo às transformações mais de fundo.
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