Dia 5 de junho é o Dia Mundial do Meio Ambiente. A data foi consagrada pela resolução da Conferência das Nações Unidas de 15 de dezembro de 1972. A definição da data foi produto de uma justa preocupação que, crescentemente, passa a ocupar o topo da agenda mundial - a questão ambiental.
Isso não significa, todavia, que haja um consenso universal sobre a matéria. A verdade é que a temática ambiental também integra a lista de contenciosos entre os países, refletindo interesses contraditórios de cada um deles.
Um exemplo é o desenvolvimento sustentável. A expressão foi cunhada na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Eco-92, realizada no Rio de Janeiro em junho de 1992. A Conferência aprovou um conceito amplo, segundo o qual todos os países deveriam conciliar desenvolvimento econômico com a conservação e proteção dos ecossistemas.
A Eco-92 também apontou os principais responsáveis pelos danos ambientais: os países desenvolvidos. Com isso, estabeleceu-se uma espécie de pacto entre os países: responsabilidades comuns, mas diferenciadas. Bonito na teoria, na hora da prática é que o bicho pega.
O Protocolo de Kyoto é emblemático. Aprovado em dezembro de 1999, no Japão, estabelece cotas máximas e planos de redução de emissão de gases de efeito estufa para os países ricos. Os EUA, maior poluidor do mundo, jogaram água no chope e se recusaram a assinar o documento.
A ação de ONGs sediadas nos EUA e na Europa também expressa interesses dos países centrais encobertos pelo manto da defesa do meio ambiente. Entidades como o Greenpeace e a WWF, por exemplo, posam de campeãs de defesa ambiental, mas na prática fazem o jogo dos países ricos.
Dois exemplos sintomáticos: a campanha contra a atualização do Código Florestal brasileiro e contra a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. Tanto em um caso como em outro, essas Ongs têm postura perniciosa e contrárias à soberania do país para construir o seu desenvolvimento.
Por isso, ao celebrar-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, é fundamental resgatar o conceito de Desenvolvimento Sustentável. Por esse conceito, devemos compatibilizar a necessidade estratégica de o país desenvolver-se de forma duradoura sem se descuidar do meio ambiente.
Criar falsos antagonismos entre crescimento econômico e meio ambiente é militar contra os interesses maiores da nação e do seu povo. Um país de dimensões continentais como o Brasil, com 190 milhões de habitantes, não pode dar-se ao luxo de abrir mão do desenvolvimento.
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